segunda-feira, 13 de outubro de 2008

REVOLUÇÃO DO PENSAMENTO

Aos ideais que nortearam a Revolução Francesa, Liberdade, Igualdade, Fraternidade, juntamos outros, que, ao lado daqueles, deverão ser a base da civilização do porvir: Espiritualidade, Universalismo, Pacifismo.

Não podemos encarar como normais a rapina internacional, a criminalidade crescente nas diferentes latitudes geográficas, o uso de armas de destruição em massa, a grande concentração de renda e os desníveis regionais, as guerras, o terrorismo, a violência nos mais diversos matizes, a fome, o analfabetismo, o totalitarismo, a tortura, o abuso de poder, a corrupção, a pena de morte e tudo o que atente contra a vida e a dignidade dos seres vivos, humanos ou não.

O respeito às diferenças e a busca do Bem Comum e não os privilégios ou os direitos excepcionais, a exploração ou a dominação devem ser a tônica de uma nova mentalidade. A redução contínua das desigualdades e a garantia do mínimo necessário para que todos possam viver com dignidade, tendo-se como base o trabalho e não posturas clientelistas ou assistencialistas, podem evitar o acúmulo excessivo por parte de uma pequena camada da população, enquanto a maioria vive em condições precárias.

Um dos conceitos que precisam ser revistos é o da Soberania Nacional, tendo em vista a crescente interdependência entre os Povos e a premência de se eliminar os conflitos armados no campo internacional e de se ampliar o intercâmbio e a livre circulação de pessoas, mercadorias e de recursos.

Cremos, igualmente, na necessidade de fortalecimento e de reestruturação dos organismos internacionais, eliminando-se mecanismos que privilegiem Países ou grupos de Países e que dêem a todas as Nações o mesmo peso e status, abrindo-se caminho, a médio e longo prazos, para a constituição de um Governo Mundial, submetendo-se todos os Povos, por decisão democrática e não por imposição de dirigentes, a uma Diretriz que contemple os interesses das diversas nacionalidades, raças e etnias, sem o domínio de uns sobre os outros. Ao lado disso, defendemos a internacionalização de projetos e ações que atendam aos interesses de toda a Humanidade.

O respeito a todas as Crenças, Religiões, Filosofias e Doutrinas e ao direito de opinião e à livre expressão, assim como a coexistência pacífica entre os diferentes grupos e indivíduos devem ser uma garantia em todos os quadrantes.

A supressão da pena de morte, das armas de destruição em massa, da tortura, do trabalho escravo, tal como ainda é encontrado em algumas regiões do Brasil, conforme denúncias rotineiras são essenciais para que nós possamos estruturar um novo regime de vida neste planeta, mais solidário e em harmonia com a Natureza.

A elevação dos padrões espirituais e a revisão de conceitos, fazendo com que caiam por terra dogmas e equívocos que não correspondem à Verdade não é algo que se faça de modo impositivo. Há pontos em comum nos conceitos originais transmitidos pelos grandes iniciadores daquelas que vieram a constituir-se nas principais Religiões da Humanidade terrena, os quais, infelizmente, foram deturpados para atender a interesses de grupos ou de detentores do poder. Cremos que estamos em meio a uma profunda mudança de paradigma, uma verdadeira Revolução do Pensamento, com reflexos em todos os setores.

Na medida em que o Amor for uma constante entre nós e as nossas Leis, Instituições e modo de vida o refletirem, seremos capazes de encontrar soluções para os problemas aflitivos do presente e direcionaremos os nossos recursos e habilidades para novas linhas de ação, distantes do atual quadro marcado pela violência, pela exploração, pela beligerância.

Todos os grandes líderes religiosos, dignos deste nome, colocaram o seu Exemplo e os seus Ensinamentos na Crença em um Deus Único, na irmandade entre os seres, no Amor. É este elo comum que devemos buscar, aproximando os Povos e os indivíduos, colocando abaixo os muros, as fronteiras, os ódios, as armas.

Homens e mulheres devem andar lado a lado, tendo o Respeito e a Assistência Recíproca como fundamentos de suas relações, e, a Família, célula mater das sociedades, deve ser fortalecida, com base em novos padrões, distantes do patriarcalismo, da homofobia, dos preconceitos, da submissão cega, do medo, do desrespeito, da falta de confiança mútua e da violência.

Podemos iniciar uma era de Paz e de Fraternidade, desde que apliquemos os conhecimentos acumulados ao longo dos milênios na construção de um novo modelo de civilização que será, de fato, genuinamente humana, porquanto reconhecerá a dignidade de todos os seres, o caráter sagrado da vida e o primado do Bem Comum.

ADMILSON QUINTINO SALES JUNIOR
13/10/2008

domingo, 12 de outubro de 2008

SUPRACONSCIÊNCIA CÓSMICA, SUPERCONSCIÊNCIAS, EVOLUÇÃO E MULTIVERSOS






Acreditamos que há uma Supraconsciência Cósmica, assim como Superconsciências com amplitude crescente de ação e de entendimento. A evolução seria contínua, progressiva e sem limites. Vemos tal Supraconsciência como o Princípio Criador, Regulador, Vivificador, Mantenedor e Aglutinador da Criação Eterna, Universal, Infinita, Cíclica e Pluridimensional (o Incriado Criante).



A Teoria dos Universos Múltiplos - dos Multi-Universos ou Universos Paralelos - está novamente em discussão ... Basicamente, esta teoria advoga a hipótese da existência de diferentes universos, diferentes dimensões, paralelamente ao nosso universo físico (ou melhor, ao universo percebido pelos nossos sentidos físicos ou pelos instrumentos desenvolvidos pela Ciência ao longo dos últimos séculos e milênios neste planeta). Apesar de algumas considerações desta teoria parecerem, por vezes, "devaneios excessivos", o fato é que não deixa de invocar o postulado ocultista da existência de diferentes planos vibratórios de substância e de consciência.”

OS PLANOS DO UNIVERSO SÃO INFINITOS

Para os desencarnados da minha esfera, o primeiro dia do Espírito é tão obscuro como o primeiro dia do homem o é para a Humanidade. Somente sabemos que todos nós, indistintamente, possuímos germens de santidade e de virtude, que podemos desenvolver ao infinito.
Podendo conhecer a causa de alguns dos fenômenos do vosso mundo de formas, não conhecemos o mundo causal dos efeitos que nos cercam, os quais constituem para vós outros, encarnados, matéria imponderável em sua substância.

Se para o vosso olhar existem seres invisíveis, também para o nosso eles existem, em modalidade de vida que ainda estudamos nos seus primórdios, porquanto os planos da evolução se caracterizam pela sua multiplicidade dentro do Infinito.

Aqui reconhecemos quão sublime é a lei de liberdade das consciências e dessa emancipação provém a necessidade da luta e do aprendizado.

(Emmanuel, Chico Xavier)

O FUTURO É A PERFEIÇÃO

Integrada no conhecimento de suas próprias necessidades de aprimoramento, a
alma jamais abandona a luta. Volta às existências preparatórias do seu futuro glorioso. Reúne-se aos seres que lhe são afins, desenvolvendo a sua atividade perseverante e incansável nos carreiros da evolução.

Em existências obscuras, ao sopro das adversidades, amontoa os seus tesouros imortais, simbolizados nas lições que aprende, devotadamente, nos sofrimentos que lhe apuram a sensibilidade. Cada etapa alcançada é um ciclo de dores vencidas e de perfeições conquistadas.

(Emmanuel, Chico Xavier)

Não há evolução sem Reencarnação, sem esforço, sem auto-aperfeiçoamento, sem dilatação da consciência, sem auto-conhecimento...

Lemos em “A Grande Síntese”, de Pietro Ubaldi (ACONSELHAMOS A LEITURA DESTA OBRA MAGNÍFICA):

CONSCIÊNCIA E SUPERCONSCIÊNCIA - SUCESSÃO DOS SISTEMAS TRIDIMENSIONAIS
Enquanto o primeiro sistema a ®b ®g), em seu desenvolvimento, completa a dimensão espacial. Isto é, na fase g, está completa a dimensão espacial, mas é nulo o desenvolvimento da dimensão conceptual: é apenas o ponto, um germe.

A consciência, que neste sistema evoluiu:

Da dimensão linear para dimensão superfície e adquire a dimensão de volume.A consciência na matéria, não tem dimensão (o volume, neste sistema, é a dimensão espacial completa, mas diante do sistema sucessivo é uma não-dimensão, o ponto).

O segundo sistema g ®b ®a), superior, que é vossa fase no nível humano, completa a dimensão conceptual, aquela cujas unidades de medida são as propriedades da consciência. Tal como ocorre nos universos precedentes quanto à gênese progressiva do espaço, temos nesta unidade superior a gênese progressiva da dimensão conceptual. Em b aparece sua primeira manifestação: o tempo. O ponto movimentou-se, não mais em direção espacial, mas em nova direção conceptual, e nasce a reta, a primeira dimensão nova. Ao deslocar-se no tempo, o fenômeno adquire, em b uma consciência própria, linear, a primeira dimensão conceptual. O fenômeno, que não é ainda vida, nem consciência, sabe apenas o seu isolado progredir no tempo; não se expande além da linha de seu devenir, não se eleva a julgamento, como a consciência humana, não sabe sequer dizer “Eu”, porque ignora qualquer distinção e a consciência do não-eu, aqui, é o inconcebível. Compreendamos, também aqui, não um tempo universal, isto é, a medida do devenir fenomênico; mas a dimensão desta fase, ou seja, a consciência (linear) do devenir. Entendido assim, esse tempo só nasce em b como propriedade da energia. Com efeito, apenas as forças tomam a iniciativa do movimento, tendo como dominante a característica dinâmica e dominam g, a terceira dimensão espacial, característica da matéria, que sofre esse movimento, não o inicia. Nas fases inferiores só existe o tempo em sentido mais amplo, entendido como ritmo do devenir, propriedade de todos os fenômenos; mas não como consciência do transformismo, propriedade das forças. Facilmente compreendeis que revolução trazem esses conceitos em vossa ordem habitual de idéias.

A consciência, no campo das forças, assume dimensão linear;
no campo da vida, a consciência, alcança a dimensão superfície;
no campo absolutamente abstrato do puro
espírito, a consciência, adquire a dimensão de volume.

Em a estamos na fase subumana e humana de consciência mais completa, e temos a segunda dimensão conceptual, correspondente, no sistema espacial, à superfície. Tal como da linha se passa à superfície, com deslocamentos em novas direções extralineares, assim, por deslocamentos semelhantes, a consciência humana invade o
devenir de outros fenômenos, diferencia-se deles, aprende a dizer “eu”, a perceber a própria individualidade distinta das outras, dobra-se sobre o ambiente, projeta-se para fora (a nova dimensão), observa e julga. Os sentidos são os meios dessa projeção para fora, característica da segunda dimensão, meios que na primeira eram desconhecidos.

Em a+x aparece a terceira manifestação de dimensão conceptual que completa o segundo sistema, correspondente ao volume do primeiro sistema.

As limitações de vosso concebível impede-me de lançar-me aos sistemas sucessivos, cada vez mais espirituais e rarefeitos, que se estendem ao infinito. Ao invés, expliquemos as características da segunda dimensão (consciência) em relação às da terceira (superconsciência).

Da mesma forma que a superfície absorve a linha, a consciência absorve o tempo e o domina; enquanto as forças precisam do tempo, o pensamento o supera. Na passagem da fase b à fase a, a dimensão tempo tende a desvanecer-se, embora subsistindo, mas em tal aceleração de ritmo (onda) que vos pareceria quase desaparecer em nova dimensão. Com efeito, quanto mais baixa e material é a consciência, tanto mais é lenta e se assemelha a b; enquanto mais concreto o pensamento, mais denso é o ritmo e mais vagarosa a onda.

O pensamento implica tempo, somente enquanto, e na medida em que ainda é energia; quanto mais é cerebral, racional, analítico, tanto menos é abstrato, intuitivo, sintético. Neste segundo sistema tridimensional, assistis a uma aceleração contínua de ritmo. Nessa aceleração o tempo é gradualmente absorvido. Por sua vez, a superconsciência domina e absorve a consciência, tal como o volume o fez com a superfície.

Explico: a consciência humana, derivada por evolução de b, através da profunda elaboração da vida, não é linear; isto é, não é limitada em si mesma nem a um fenômeno, e pode sair e mover-se em todas as linhas de superfície, em todas as direções, abraçando como conseqüência, muitíssimos fenômenos. Por isso, é absolutamente hiper-espacial.
Mas, de qualquer forma, é sempre dimensão de superfície, à qual está inexoravelmente ligada enquanto não evoluir. Isso significa que está presa ao relativo, que só pode mover-se no finito, que só sabe conceber por análise, isto é, por meio da observação e da experimentação, tal como vossa ciência. Domina todas as linhas do devenir fenomênico, mas toda a sua vida está na superfície e dela não pode sair. Jamais vos perguntastes a razão dessa vossa insuperável relatividade, desses limites que restringem vosso concebível, dessa vossa incapacidade de visão direta da essência das coisas?
Eis a resposta com expressão geométrica. Vossa consciência é segunda dimensão, de superfície e, como superfície, é uma contínua impotência diante do volume, sua dimensão superior. Para atingir o volume, é indispensável que a superfície se mova em nova direção; para atingir a superconsciência é necessário multiplicar a consciência por novo movimento.
Dessa forma e só por multiplicação de análise podeis aproximar-vos da síntese. A superconsciência é dimensão conceptual volumétrica, que se obtém ao elevar uma perpendicular sobre o plano da superfície da consciência, conquistando, dessa maneira, um ponto de vista fora do plano: o único ponto que pode dominá-la totalmente. Por isso, só a superconsciência sobrepuja os limites de vosso concebível, domina o relativo na visão direta do absoluto, domina o finito, movendo-se no infinito; não mais concebe por análise, mas por síntese.

São esses conceitos que escapam à vossa consciência e, nesse nível, não podem ser alcançados. Somente assim se passa do relativo ao absoluto, do finito ao infinito. Este não constitui uma sucessão nem uma soma de relativos, mas algo qualitativamente diferente: diferença de qualidade, de natureza, não de quantidade, nem de medida.
O verdadeiro infinito é isso, bem diferente de tudo o que costumais chamar, é simplesmente um indefinido ou incomensurável. A superconsciência move-se numa esfera mais alta que a consciência humana, em contato direto com os princípios que vós laboriosamente procurais, tentando alcançá-los em sínteses parciais, e que só sentireis diretamente por meio de vossa evolução. Como vedes, diferença substancial.
Não se trata de somar fatos, observações e descobertas; de multiplicar as conquistas de vossa ciência; trata-se de mudar-vos a vós mesmos. Não mais o lento e imperfeito mecanismo da razão, mas da intuição rápida e profunda. Não mais projeção da consciência para o exterior, por meios sensórios que apenas tocam a superfície das coisas, mas expansão em direção totalmente diversa, para o interior: percepção anímica direta, contato imediato com a essência das coisas.

Eis a consciência maior que vos aguarda. Essa é a consciência que no princípio chamamos latente, dilata-se continuamente, aumentando-se com os produtos de vossa consciência. Em vós, a superconsciência está em estado de germe, que espera o desenvolvimento para revelar-se.
Agora compreendeis que valor dar às palavras razão, análise, ciência, que vos parecem ser tudo. Para progredir mais, tereis de sair do plano de vossa consciência, a que penosamente estais presos, e conquistar um ponto fora dela. As intuições do gênio e as criações morais do santo são apenas perpendiculares levantadas no plano da superconsciência por antecipação.
Por isso vos disse que a intuição é a nova forma de pesquisa da ciência futura; somente ela pode dar-vos, não mais ciência, mas sabedoria. Isto vos explica o inexorável relativismo de vossos conhecimentos, vossa limitação e relatividade de sínteses, a escravidão da análise, uma impotência apriorística de alcançar o absoluto. A superfície jamais vos dará, embora percorrida em todos os sentidos, a síntese volumétrica. Razão e intuição, análise e síntese, relativo e absoluto, finito e infinito são dimensões diferentes, produzidas em planos diferentes. Absoluto e infinito estão em vós em estado de germe, tremem na profundidade de vosso eu como um pressentimento: nada mais.
Aí vos espera a maior aproximação conceptual da divindade. Eu estou neste plano mais alto, de cons­ciência volumétrica, onde se domina todo o tempo, até mesmo o futuro, porque estamos fora e acima de vosso tempo; aqui a concepção é visão global instantânea de tudo o que só concebeis sucessivamente; aqui tenho, por visão direta a síntese que agora vos transmito. Destes planos mais altos, descem as revelações que se comunicam a vós por sintonização de ondas psíquicas, partindo de seres de outra esfera; consciências imateriais não perceptíveis aos vossos sentidos, que vossa razão não pode individualizar.

Assim sucedem-se as três dimensões de b, a, a+x. Tal como g, matéria, vos deu o espaço, assim temos:

1º O tempo, isto é, o ritmo, onda, unidade de medida de dimensão de b = energia.

2º A consciência, isto é, a percepção externa, razão, análise, finito, relativo, dimensão de a, a fase vida, que se culmina no
psiquismo humano.

3º A superconsciência, isto é, a percepção interna, intuição, síntese, infinito, absoluto, dimensão de a+x, a fase
super-humana.

Assim, as dimensões sucedem-se por trindades sucessivas e contíguas, na escala progressiva da evolução: desde o ponto, até a linha, a superfície, o volume, o tempo, a consciência, a superconsciência, numa contínua dilatação de princípio. Tudo evolui. E, com os universos, também suas dimensões. Agora, podeis compreender como a abertura de uma espiral maior, produzida pela abertura de uma menor... não ocorre em sentido espacial, porque a dimensão muda a cada abertura de ciclo, mas no sentido da evolução que é, como dissemos, a dimensão do infinito. O infinito + e o infinito - (+ e - ) que, no diagrama, aparecem com ex­pressão espacial, têm, assim, na realidade, outro valor totalmente diferente. As dimensões aparecem e desaparecem ao progredirem. Assim, morrerá o espaço com a matéria, o tempo com a energia, a relatividade com a consciência; mas a Substância ressurgirá em formas e dimensões mais altas, assumindo sempre novas direções.
Cada dimensão é relativa e, na evolução, segue uma precedente, mas vem antes de uma seguinte e existe sempre um degrau mais alto para subir, uma fase superior o aguarda. A cada salto para frente conquista-se o domínio da própria dimensão, que antes não era acessível senão sucessivamente. O campo de ação e visão dilata-se: do alto se domina o que está embaixo. Reencontramos ainda o princípio da trindade em toda a parte; nas três fases de vosso universo:

matéria (g) - aspecto estático

energia (b) - aspecto dinâmico

espírito (a) - aspecto conceptual (ou mecânico)

Nos dois sistemas dimensionais observamos:

Sistema espacial - (a ®b ®g): (espaço)

Sistema conceptual - (g ®b ®a): 1ª dimensão: tempo2ª dimensão:
consciência (relativo)3ª dimensão: superconsciência (absoluto)


A
consciência, que hoje é de superfície e analítica, transformar-se-á num organismo ainda mais complexo de movimentos vorticosos, numa animadora de nova potência, a dimensão superconsciência sintética de intuição, a dimensão volumétrica, máxima de vosso sistema.

Então a matéria se
desmaterializará de sua forma atômica e o ser sobreviverá além do fim de vosso universo físico e de suas dimensões.

Agora, observemos o que diz Ramatís:

Os Engenheiros Siderais e o Plano da Criação

PERGUNTA: — Qual a idéia que poderíamos fazer dos Engenheiros Siderais e de suas atividades?
RAMATÍS: — Os Engenheiros Siderais são entidades espirituais de elevada hierarquia no Cosmo, as quais interpretam e plasmam o pensamento de Deus na forma dos mundos e de suas humanidades. Através da ação dinâmica do Verbo — que podeis conceituar como pensamento “fora de Deus” — aquilo que permaneceria em condições abstratas na Mente Divina revela-se na figura de mundos exteriores. Embora saibais que o pensamento puro do Onipotente é o princípio de todas as coisas e seres, pois “no princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”, como elucida João Evangelista, existem os elos intermediários entre o “pensar” e o “materializar” divino, que se constituem de leis vivas, operantes e imutáveis, que dão origem à matéria e à energia condensada. Esses conjuntos e leis vivas são os Engenheiros Siderais ou Espíritos Arcangélicos, que apreendem o pensamento divino e o revelam no plano denso da Criação, proporcionando até a vida microscópica, para formação das consciências menores. Essas entidades, que os iniciados conhecem desde os pródromos da Atlântida, são dotadas do poder e da força criadora no “sexto plano cósmico”, no qual se disciplina a primeira descida dos espíritos virginais a caminho da matéria, através das sete regiões da ascensão angélica. Como os mais altos intermediários do pensamento incriado do Absoluto, até se plasmar a substância física, os Arcanjos Siderais consolidam os mundos e os alimentam em suas primeiras auras constelatórias ou planetárias, assim como as aves aconchegam os seus rebentos sob o calor afetuoso do amor materno. Todas as formas de vida estão impregnadas dos princípios espirituais; tudo tem alma e tudo evolui para estados mais sublimes, desde o elétron que rodopia no seio do átomo até às galáxias que giram envolvidas pelos poderosos “rios etéricos”, que as arrastam como paina de seda ao sabor da corrente líquida. “Assim é o macrocosmo, assim é o microcosmo” — reza a tradição espiritual desde os primórdios da consciência humana.A separatividade é grande ilusão, uma aparência própria da ignorância humana, que está situada nos mundos materiais, pois o sonho de Ventura é um só para todos!Os Engenheiros Siderais, ou Arcanjos da mais alta hierarquia cósmica, como entidades super-planetárias, ainda condensam e avivam o espírito descido até o microcosmo e ativam-lhe a dinâmica ascensional.

PERGUNTA: — Poderíeis descrever-nos a figura dessas entidades superplanetárias?
RAMATIS: — Impossível é descrevê-las em sua exata estrutura e morfologia sideral, porque na forma do vosso mundo não há qualquer idéia ou vocábulo capaz de identificá-las como Espíritos cujas auras se extravasam além dos orbes ou das constelações a que dão forma, ao mesmo tempo que presidem à ascensão de todas as coisas e seres para a Ventura Eterna. Talvez fosse possível à gota d’água descrever o seu mundo, que é o oceano, por encontrar-se ainda ligada ao meio líquido; no entanto, teria de fracassar lamentavelmente se lhe pedissem que descrevesse o espírito do oceano!

PERGUNTA: — Qual seria uma idéia aproximada, para entendermos como esses Engenheiros Siderais, ou Anjos Planetários, operam na figura de intermediários entre Deus e os mundos físicos?
RAMATIS: — Esforçando-se para que chegueis a uma compreensão aproximada do seu modo de agir desde o potencial do Pensamento Original Divino, pedimos que simbolizes Deus, o Absoluto que é a Fonte Máxima de energia do Cosmo, em algo semelhante a uma usina central, da Terra. É óbvio que, em virtude da multiplicidade de aparelhamentos heterogêneos que vivem na dependência desse potencial energético, há necessidade de ser a corrente elétrica graduada na voltagem adequada à exigência restrita de cada coisa ou objeto. O modesto fogareiro doméstico, que se contenta com apenas 110 volts, não suportaria o potencial de 50.000 volts; mesmo os motores de 220 ou mais volts fundir-se-iam sob o impacto direto da força produzida pela usina central. No entanto, a técnica humana construiu complexo e extenso aparelhamento que, na figura de condensadores e transformadores, interpõem-se entre a usina e o fogareiro doméstico, abrandando pouco a pouco a poderosa corrente virgem, de 50.000 volts.Indubitavelmente, os transformadores que se colocam sob os primeiros impactos, na alta voltagem da usina produtora, também devem possuir maior capacidade de suportação e de receptividade, a fim de não desperdiçarem o potencial mais vigoroso e poderem graduá-lo como energia de baixa tensão. Sob essa disposição preventiva da técnica humana, operam-se duas soluções inteligentes e lógicas: - economia de força, aplicada só ao gasto necessário, e a suportacão exata na conformidade receptiva de cada elemento eletrificado. É óbvio que o modesto aparelho elétrico, de barbear, ignora a complexa multiplicidade de operações que o antecederam no curso da energia, reduzindo-se até à modesta cota de força para mover sem perigo o seu delicado maquinismo! Assim também ocorre convosco: ignorais, na realidade, a complexidade de consciências e de valores espirituais que se enfileiram no Cosmo, absorvendo e reduzindo o “Potencial Virgem” do Criador, para que o vosso espírito se situe na percepção consciencial humana e possa recepcionar o “quantum” exato de luz que deve alimentar-vos o psiquismo e a noção diminuta de “ser” ou de “existir”. Assemelhai-vos ao singelo aparelho de barbear, que vive um mundo de emoções com apenas 110 volts de energia elétrica, e ignora o abrandamento dos 50.000 volts, que a usina produz para verdadeira corrente de sua vida mecânica.Também viveis a sensação de uma “consciência total”, apenas com um modesto sopro de energia cósmica, mas comumente ignorais a assombrosa Usina Divina, que é verdadeira fonte criadora do potencial do vosso singelo viver humano! Assim como o modesto aparelho de barbear se fundiria sob uma carga potentíssima além de sua capacidade mecânica, os vossos espíritos desagregar-se-iam, retornando à fusão no Cosmo, se fossem submetidos diretamente ao potencial virgem e poderoso da consciência criadora da Vida, que é Deus! A alma deve crescer conscientemente em todos os sentidos cósmicos, a fim de desenvolver a sua capacidade e suportar a progressiva voltagem de energia transmitida pelos transformadores arcangélicos, que lhe sucedem indefinidamente em potencial cada vez mais alto.
PERGUNTA: — Como poderíamos assimilar a idéia de esses espíritos “condensarem” e “avivarem” o próprio potencial de Deus, na recepção da Luz mais alta para o alcance da consciência humana?
RAMATIS: — Embora as imagens do mundo físico não satisfaçam a quem precisa explicar a realidade do que é sem forma, podemos figurar os Arcanjos Construtores como “Divinos Condensadores” que se interpõem entre a Luz Máxima, refulgente, de Deus, e a graduam pouco a pouco para a razão do homem, através de suas próprias consciências hemisféricas, galáxicas, constelatórias, planetárias e mesmo as que operam no comando dos quatro elementos da matéria, nos reinos, continentes e raças humanas. A série hierárquica dessas entidades, que agrupam em si mesmas o potencial mais alto e depois o transmitem à faixa vibratória mais reduzida em suas próprias auras conscienciais, é que permite logicamente o crescimento e a ascensão dos vossos espíritos para a sublime angelitude. Essa indescritível e sucessiva redução arcangélica, do alto potencial de Deus, identifica tradicionalmente a “grande descida” do macro ao microcosmo, quando Deus está manifesto tanto na probalidade de onda do elétron como nas galáxias estelares.

PERGUNTA: — Podeis dar-nos um exemplo mais acessível à nossa mente humana, acerca do que seja um Arcanjo Constelatório?
RAMATIS: — O Sol do vosso sistema planetário é o local exato em que atua a consciência do Arcanjo, Engenheiro, Construtor ou Logos da Constelacão Solar, que é o Alento e a própria Vida de todo o conjunto de seus planetas, orbes, satélites ou poeiras siderais, inclusive os seres e as coisas viventes em suas crostas materiais. Esse Logos não se situa, com o seu sistema Planetário, num local ou latitude geográfica do Cosmo; o que o distingue principalmente é o seu estado espiritual vibratório, inacessível ao entendimento humano.O homem ainda concebe o “alto” e o “baixo”, ou o “puro” e o “impuro”, quando só existe uma Unidade Cósmica, indescritível, visto que não há outra Unidade ou outro Deus para termo de comparação. O Espírito, Arcanjo ou Logos Solar, do vosso sistema, está presente e interpenetra todo o campo constelatório solar que emanou de si mesmo, em harmoniosa conexão com as demais constelações e galáxias que se disseminam pelo Cosmo e que, por sua vez, são presididas, respectivamente, por outras consciências arcangélicas, e que formam progressivamente a inconcebível humanidade sideral. Desde o astro solar até à órbita mais distante do vosso sistema, a consciência arcangélica se estende em todos os sentidos e coordena todas as ações que ocorrem nesse campo de vida, constituído de orbes e humanidades, e sob a supervisão excelsa da Mente Divina. Através do oceano etérico concentrado pela sua Consciência Mental, e que banha e interpenetra também as fímbrias dos átomos dos mundos que condensou em si mesmo, o Logos do sistema solar também atua na consciência dos outros Arcanjos menores que corporificaram os planetas e os governos em espírito. Dificilmente podereis conceber a operação harmônica de uma consciência constelatória, quando comanda instantaneamente as humanidades que palpitam sobre a Terra, Marte, Júpiter, Saturno e outros mundos que apresentam os mais variados matizes conscienciais. O Logos Solar é o condensador sideral que absorve o elevado energismo demasiadamente poderoso da Mente Divina e retém em si mesmo o “quantum” sideral inalcançado pelos Espíritos menores. Ele materializa, na forma de um sistema planetário e viveiro de almas sedentas de ventura, uma das peças componentes da engrenagem cósmica, que faz parte de um Grande Plano ou do conhecido “Manvantara” da tradição oriental.
PERGUNTA: — Como poderíamos entender melhor o fato de a consciência do Logos Solar estender-se pelo sistema planetário e operar no núcleo solar?
RAMATÍS: — Lembrai-vos de que o corpo físico é apenas o prolongamento ou instrumento de ação do espírito, mas não representa a sua consciência real; esta atua pelo cérebro, porque este é a porta de entrada do mundo oculto para o físico. O homem-carne é somente a emanacão de sua consciência espiritual, que o aciona através do plano mental e etéreo-astral. Não é o volume ou a extensão do corpo humano que identifica o modo de pensar e de agir da consciência espiritual, a qual sempre preexiste e sobrevive à desintegração material. Se não fora assim, uma criatura com 150 quilos de peso teria consciência mais vasta que a do anão de 80 centímetros de altura, quando geralmente é o inverso, pois o gigante comumente se debilita no campo mental.No dizer dos antigos do vosso mundo, “a alma está presa ao cérebro por um fio”; assim, quando se corta esse “fio” da vida é que o espírito se sente realmente na plenitude da sua consciência. O sistema de globos, satélites e asteróides, em torno do Sol, significa também o corpo “astro-físico” do Arcanjo Solar; mas a sua consciência espiritual é independente da maior ou menor extensão desse sistema planetário, que é apenas o prolongamento ou a sua emanação, assim como o corpo físico é o instrumento do espírito humano reencarnado na Terra. O Logos Solar interpenetra todo o cortejo da vossa constelação, e vós viveis mergulhados na sua Essência Imortal, assim como ele também se situa intimamente na aura de outro espírito imensurável que, sucessivamente, se liga a outro, até cessar o poder conceptual em Deus, que é a última e absoluta Consciência Universal.O refulgente Arcanjo Solar do vosso sistema situa o seu comando no núcleo do Sol, porque este é, na realidade, o centro “astrofísico” da constelação, do qual emanam todas as ações e providências necessárias para o governo dos mundos e das humanidades em evolução. A sua aura abrange todo o sistema, desde o protozoário na gota dágua, até os orbes rodopiantes. Vós vos nutris nele e também materializais a sua vontade na matéria, tal como se revitalizam as coletividades microbianas, que se renovam no vosso corpo.Mas o Logos Solar é uma entidade viva, pensante e progressista; inconcebivelmente mais viva do que qualquer um dos mais evoluídos seres do vosso sistema, assim como sois superlativamente mais vivos do que qualquer um dos micróbios que habitam qualquer uma das moléculas do vosso fígado!Assim como a vossa alma, através dos seus veículos mental, astral, etérico e físico, coordena, ajusta e comanda toda a rede atômica do corpo humano perecível, o Arcanjo Solar é o Espírito que faz a conexão perfeita entre todos os liames de ação e de vida na constelação que habitais.

Mensagens do AstralRamatís / Hercílio MaesEditora do Conhecimento

JULGAMOS OPORTUNO CITAR O TEXTO ABAIXO, DE PEDRO COELHO:

MATÉRIA:


A maioria das doutrinas espiritualistas defende a teoria de que Deus criou dois princípios básicos:

1- Princípio Espiritual - É o ego, a alma, o espírito dos seres vivos que anima a matéria, é a criação privilegiada, o que evolui nas sucessivas reencarnações.


2- Principio Material - Não evolui e só sofre transformações, substância inanimada, instrumento de utilização dos seres vivos. Refugo da criação.



Princípio Único: Aqui nós defendemos a teoria do princípio único, ou seja, que existe só um princípio; o Espiritual, que gradativamente vai se capacitando expandindo-se, evoluindo nas suas sucessivas remanifestações e reencarnações.

A matéria não é o capacho do princípio espiritual e sim o próprio em suas primeiras manifestações físicas existencial.

Vamos desarmar esse impacto, não crie bloqueio mental no momento, deixe as informações fluírem, depois analise com calma e com os sentimentos racionalizados.

A adoção do princípio único é com base no quê?

O princípio único aqui teorizado é uma sobra de informação, a sua aceitação vai ser gradativa (assim como ocorreu com outras verdades), já que enraizou profundamente, até mesmo nas doutrinas espiritualistas avançadas, a teoria dos dois princípios o Espiritual e o Material.

Se alguém souber de uma doutrina/religião espiritualista que já adota o princípio único por gentileza, informe, por e-mail o plebeu, que antecipadamente agradece.
A partir do momento que atribuirmos um nível de competência a Deus estamos limitando a sua capacidade. Para limitarmos o Criador teríamos que literalmente conhecê-lo profundamente e toda a sua obra. (Alguém com tais atributos que se apresente).

Só isso bastaria para responder filosoficamente a pergunta, contudo, não responde a adoção do princípio único, então vamos a ele:
O que é matéria?

É um conjunto de princípios espirituais indestrutíveis na fase embrionária evolutiva, afins e sintonizados (estágio evolutivo próximo), que formam corpos/massas e que evolui lentamente através do processo de: nascer, viver e morrer e voltar a renascer... Em todos os seres animados é administrado por um micro indivíduo superior e mais evoluído do que o conjunto, em conivência pacífica e que em certas condições e volume podem apresentar infinitas variações (algumas já conhecemos - as existentes em nosso planeta) e na sua individualidade apresenta a qualidade da imperceptibilidade (para nós), apesar de preencherem todo o Universo e manifestarem-se em tudo o que existe.
Simplificando: É uma manifestação provisória, um estágio evolutivo do princípio espiritual e que deixa de existir nessa forma física que conhecemos quando esse princípio inteligente melhora o seu desempenho.

Se a matéria não existe na sua essência e a teoria quântica está preste a descobrir isso com a divisão das partículas atômicas e que nada restará da matéria como a conhecemos. Poderia dar mais detalhes do que realmente ela é?
Para diferenciar das idéias preestabelecidas e desgastadas pelo uso, definimos como um principio inteligente (prin), (sinônimo de principio espiritual, princípio ativo) e que evolui.

Na sua individualidade o principio inteligente é uma micro partícula (mipar), indivisível, inacessível, imaterial, invisível e infinitamente menor do que as partículas descobertas até o momento pela física. Daí a confusão que irá causar na teoria quântica de campos.

A mipar ocupa (o termo não é adequado, já que não é matéria/energia nessa forma que conhecemos), todo e qualquer espaço existencial, até mesmo o espaço existente na divisão de uma partícula do elétron, por exemplo. A mipar é uma paraenergia (= energia etérea) que preenche todo o Universo, está presente em tudo, pois é parte integrante.

A partir daí esse princípio inteligente passa a estagiar (aprender) nos "corpos" já existentes, fazendo uma fantástica carreira evolutiva através do processo da remanifestação e reencarnação, expandindo-se em capacitações.

A matéria que conhecemos e que nos dá condições de existirmos nessa forma física, só passa a existir, formando corpos organizados (átomos), quando ocorre a formação dos corpos celestes, ou seja, quando ocorrem as interações nucleares e um dia deixará de existirem, as manifestações atuais, é claro. Devido a essa dinâmica evolutiva e que serão substituídas por outros prins em início de carreira que enchem todo o Universo.

Qual a origem dessa paraenergia (prin - mipar)?

Seria muita pretensão nossa querer defini-la por inteiro e estabelecer a sua gênese, no entanto, podemos dizer: que ela jorra do plano mental para o plano extrafísico mais evoluído, como uma paraenergia. Então vamos esperar um pouco mais e até lá aceitá-la como uma criação Divina.

Na medida em que vamos evoluindo, nosso corpo etéreo passa a ser constituído dessa paraenergia mais pura. Resulta desse processo uma melhor qualidade de vida existencial para o ser.

Como essa paraenergia banha tudo o que existe (é a própria criação), ela passa a sustentar toda a criação e nesse processo de manutenção, sofre as influências dos seres mais evoluídos, que já passaram por esse processo de aprimoramento existencial.

Qual a diferença dessa energia "Divina" para a energia única (fundamental)?
Por analogia, só podemos fazer uma comparação grotesca entre as duas: A paraenergia em seu estado original vai além do ar puro que respiramos - Já a energia 'fundamental, que a física conhece, não passa de um lodo gelatinoso.
O que é o átomo?

É um conjunto de prins, que apresentam vários estágios evolutivos (ver uma tabela química), constituídos de partículas atômicas diferenciadas (estágio evolutivo diferenciado) e administrado por um outro princípio espiritual mais evoluído (etéreo) que administra todo o conjunto.

O átomo é um veículo (um ser vivo portanto) de manifestação física administrado por um principio inteligente que evoluiu da centelha divina (mipar) até esse nível de capacitação, através do processo da remanifestação (nascer, viver, morrer, intermissão, renascer, viver...).

Na formação de um corpo celeste, estas partículas fundamentais vão aos poucos, muito lentamente, sendo reunidas pela lei da afinidade, formando bolas etéreas energéticas, esses campos eletromagnéticos passam aos poucos agenciar elementos com maior valor agregado... (leia a sinopse da teoria da remanifestação dos corpos celestes para saber mais sobre esse assunto).
Esse prin que administra um átomo não se capacitou de uma hora para a outra, estagiou e aprendeu, remanifestando-se incansavelmente como uma das partículas atômicas. E vai continuar neste reino mineral a sua escolarização, servindo de base física para outros princípios espirituais mais evoluídos e aprendendo com eles.

Quer dizer que o átomo pode mudar?

Não - ele não muda (numa condição de influência zero - isolamento total que não existe). Esse conjunto de prin tende a morrer (separar as partículas), agora se misturado com um outro grupo de prins, passa a sofrer alterações, permutando energias. O átomo só muda em condições naturais quando ocorre a formação dos corpos celestes. Essa fissão nuclear provoca a evolução do princípio espiritual, ou seja, o prin que administrava um átomo com pequeno valor agregado passa a administrar um outro de maior complexidade.

Todo os corpos físicos influenciam e sofrem as influências do meio ambiente onde eles se manifestam. Isso significa, que um princípio espiritual se adapta ao meio ambiente que está se manifestando devido as interações atômicas que pode sofrer.

Essas influências energéticas são os causadores da evolução do principio espiritual, sem esses choques evolutivos, os prin(s) permaneceriam estáveis, ou seja, não evoluiriam dessa forma tão dinâmica.

Observações:

O veículo em que um princípio espiritual está estagiando/utilizando só sofre transformações (o que não deixa de ser uma evolução, já que é formado por prins inferiores), de acordo com o meio onde vive e vai servir de escola (maquete) de aprendizado para os princípios espirituais retardatários e novos, que ainda não passaram por esse corpo/escola de aprendizado.

Um ser vivo não reproduz uma espécie diferente da sua, isso passou a ser uma lei da genética, com a descoberta do ácido desoxirribonucléico (DNA) encontrado nos cromossomos e que são os responsáveis pela transmissão das características genéticas dos seres vivos, de geração para geração.

O macaco sempre foi macaco e vai continuar sendo macaco, nunca vai virar um ser pensante neste planeta, entretanto, poderá sofrer alterações físicas de adaptação ao meio ambiente aonde vive.

Numa outra colocação diríamos que: os veículos de manifestações do seres vivos são estáveis, sofrendo pequenas adaptações ao meio ambiente em que se manifestam, vão reproduzir seus iguais, que servirão de casa futura para atender a demanda evolutiva dos princípios espirituais que estão subindo nessa escalada evolutiva, pois tudo é vida.

O que transita de veículo de manifestação para um outro é o principio espiritual, que abandona um corpo quando morre e passa a existir no plano extrafísico, volta a remanifestar ou reencarnar em outro instrumento com maior valor agregado, após se escolarizar no veículo anterior.

Isso se aplica a todos os reinos da natureza, inclusive, o mineral.

Então, como a terra apresenta essa impressionante diversidade de seres vivos, se uma espécie não evolui e não reproduz uma outra mais complexa e assim sucessivamente, até chegar no ser humano?

No livro Evoluções no Cosmos é colocado um capítulo inteiro sobre esse tema, aqui tornaria longa a explicação, vamos sintetizar ao máximo:

Se você já leu nesta "home page" a Teoria da Remanifestação dos Corpos Celestes, percebeu, que a terra, na medida em que se afastava do sol ia agenciando matéria mais rica em biodiversidade (ou como queiram variedades químicas), que haviam sido deixadas (escaparam) do astros moribundos, que antes faziam essa órbita cósmica.

Na sua fase final de gestação/formação, recebeu essa matéria mais rica em princípios espirituais mais evoluídos (átomos), que ajudou a enriquecer o solo, com isso a terra já trouxe em seu ventre a vida na forma embrionária.

Quando a terra entrar nessa fase de morte lenta, irá perder gradativamente, pelo cosmos afora, matéria rica em "biodiversidade", que irá servir de "sementes" para um outro corpo celeste em formação. Ou ainda, você acredita que o nosso planeta é eterno?

O principio espiritual se adapta a qualquer condição existencial, pois ele é parte integrante dessa forma de manifestação.

A vida na forma mais simples surge no orbe (dependendo do seu projeto inicial) espontaneamente, graças a esse reaproveitamento do reino mineral mais desenvolvido dos planetas, que se extinguiram e é incrementada por seres desencarnados que assistem e aproveitam para aprenderem.

Os reinos mais evoluídos, tipo animal e humano, chegam na casa nova só mais tarde, depois dela estar preparada, através da transferência (expurgo) de um planeta que está em fase de transformação, passam um período de adaptação ao campo energético do novo planeta e aos poucos vão se remanifestando e reencarnando no novo lar.

Essa remanifestação/reencarnação começa com os seres mais simples e vai sendo expandido para os corpos de maior valor agregado. Normalmente é sempre assistida e incrementada por seres desencarnados, especialistas nesses processos das reencarnações.

A nossa procedência espiritual é extraterrestre, éramos princípios espirituais já existentes e que animávamos os corpos de animais subumanos em outros planetas, sendo a maioria do Sistema de Capela. Chegamos na terra há milhares de anos como criaturas instintivas.

Somos realmente filhos do Universo, irmãos das Estrelas e Árvores e de tudo o mais que existe.


Se o prin que evoluí do reino mineral, não se torna uma planta, por incapacidade de administrar esse veículo por inteiro, então para onde ele vai?

Graças a interação nuclear, ocorrida quando da formação de um astro, que o plano físico existe, ou seja, o reino mineral não vai, ele já é a base física existencial de tudo o que é matéria/energia que conhecemos, inclusive, do nosso soma.

Todo o corpo físico existente num planeta é formando com a matéria/energia desse mesmo astro, logo, o reino mineral se manifesta em tudo o que é físico.
Não entendi. Então, como ocorre a transição do prin do reino mineral, para um outro corpo de maior valor agregado ou mais evoluído?

A cadeia alimentar é o principal meio de transferência promocional do reino mineral. (Assim como a reprodução serve para a preservação das espécies). Uma planta quando absorve nutrientes do solo, ela está, na realidade, ingerindo princípios espirituais do reino mineral (matéria/energia), esse por sua vez sendo o principal sustentador dos outros reinos repassa esses prins.

Nesse serviço de base de sustentação dos corpos físicos já existentes, os prins do reino mineral aproveitam essa nova condição existencial, para aprender pequenas funções nos corpos dos outros seres.

Na realidade, os princípios espirituais (ego) até um determinado estágio evolutivo (reino humano), ele é forçado (bombardeado) a aprender.
Essa utilização da matéria/energia por seres mais evoluídos é o causador principal da promoção do reino mineral para o reino vegetal.

Nota: Na sua essência, a Mipar é energia pura, como ela passa a ocupar espaço "inexistente" em tudo o que existe, na sua fase evolutiva inicial, antes de tornar-se energia mais densa, ela é a paraenergia dos seres incorpóreos, assim como a matéria está para os corpos físicos.

Todos nós começamos a nossa carreira evolutiva infinitamente pequeno, desprovido de qualquer atributo.

O princípio espiritual passa a evoluir gradativamente, sem salto evolutivo, no início de sua carreira ele é instrumento de utilização dos seres vivos já existentes.
Sempre se manifestando de alguma forma, ora no plano físico administrando um conjunto de seres inferiores ao seu estágio já conquistado, ora no plano extrafísico, denominado de período de intermissão e nessa condição mais etérea ele continua organizando um conjunto também de seres, só que com menor agregado físico.

O seu micro universo já começa a se formar desde a sua origem e tende a aumentar indefinidamente.

Esse serviço de sustentação e aprendizado do reino mineral nos outros corpos, como funciona?

Tudo está inserido dentro do Universo, que já conceituamos como energia pura, logo a criação está mergulhada nesse campo de sustentação e que apresenta infindáveis variações.

A criação é constituída de princípios espirituais, interagindo em princípios espirituais de forma harmônica e provocando a evolução/transformação da criação/criaturas.

No plano físico nos alimentamos de energia mais densa (matéria), para dar sustentação a essa forma (que são princípios espirituais), e no plano extrafísico o processo é o mesmo e só varia a densidades das energias absorvidas, para suprir essa forma mais etérea.

Isso nos leva a concluir, que a alimentação de matéria/energia, independente de sua densidade seja o instrumento mais dinâmico, que provoca a transferência e conseqüentemente a evolução dos princípios espirituais.

Princípios Espirituais Secundários:

Todos os veículos de manifestação apresentam uma mini cadeia evolutiva, que denominamos de princípios espirituais inferiores.

Como o princípio inteligente (prin) vai se capacitando gradativamente, ou seja, ele não consegue deixar o reino mineral, de onde administrava um átomo e passar a ser um ser independente no reino vegetal, administrando por sua conta uma planta, ele estagia nesse corpo exercendo pequenas funções, servindo de base e instrumento de aperfeiçoamento dos outros seres.

Repetimos: Como o reino mineral está presente em todos os corpos físicos, essa centelha divina está se aperfeiçoando nesses veículos, exercendo pequenas funções, além de servir de base de sustentação.

Isso é fantástico, quer dizer que um corpo animado ou não, além de ter um princípio espiritual mais evoluído (que administra o conjunto), serve de casa/escola para outros princípios inteligentes aprenderem?

Sim e o estudo mais apurado do genoma (genes) dos seres vivos já comprova isso, o não entendimento é bloqueado pela recusa dos cientistas (alguns) de não admitirem a reencarnação e outros por questões diversas.

A sabedoria do Criador vai além, muito além do nosso entendimento atual.
Já é difícil para os materialistas aceitarem o espírito num corpo físico e a sua sobrevivência após a morte, agora complicamos ainda mais, colocando milhares de pequeninas almas/seres embrionárias nesse mesmo corpo, que também são eternos e indestrutíveis.

Veja um exemplo dessa evolução compartilhada - analisando a sua evolução só em dois aspectos; retirada e transporte e desprezando as demais conquistas evolutivas desse ser embrionário:

Uma abelha operária, que deixa a colméia em busca do néctar de uma flor, ela não herdou geneticamente essa inteligência rudimentar.(*) O princípio espiritual principal, organizador desse meliponídeo se capacitou gradativamente no reino vegetal, transportando os nutrientes da raiz (reino vegetal prin secundária), e no reino animal, exercitou também o transporte, retirando os nutrientes dos alimentos ingeridos e transportando para os órgãos transformadores. Idem sangue etc.

Observe que nesse exemplo houve um aumento no grau de dificuldade para o prin e não esqueça, que antes disso, poderia ter sido uma formiga, carregando esses alimentos de forma ainda mais atrasada do que voar, além de outros estágios intermediários.

(*) A inteligência e a capacitação que um ser apresenta são conquistas individuais suas e não transferência/doação genética dos pais.

Quer dizer que todos os seres vivos existentes, não foram criados por um capricho da natureza e não estão aí para enfeitar o nosso planeta ou prejudicar o ser humano?

Cada ser vivo é uma experiência nova, que o principio inteligente aprende alguma coisa, essa sua transição em outros corpos evita, que o prin tenha que estagiar em todos os tipos de veículos dos seres vivos existentes.

A preservação da biodiversidade é mais importante do que os ecologistas ainda acham que seja. Pois, na medida em que reduzirmos as condições desses nossos irmãos inferiores, de se manifestarem no plano físico, eles passam a existir somente como criaturas desencarnadas, no plano extrafísico.

Nota: A maioria não consegue deixar a orbe (um corpo celeste nessa sua viagem pelo cosmos absorve e perde energias), seus corpos etéreos são demasiados densos e são puxados pela força gravitacional do planeta e passam a existir nessa área, denominada de umbral, aumentando assustadoramente a população extrafísica de seres desencarnados.

Para evitar a agonia desses irmãos inferiores, o processo do expurgo, pode ser incrementado no orbe, por seres mais evoluídos, responsáveis pelo planeta.
O que é expurgo?

Processo que os planetas habitados passam, devido ao seu esgotamento físico (desertificação) natural ou provocado e que deixa de apresentar as condições ideais, para que todas as criaturas tenham condições de se manifestarem, no plano físico, para evoluírem.

É uma versão atualizada e racionalizada do apocalipse. Um acontecimento natural, que vai ocorrer com o nosso planeta, no futuro, para transferir o reino subumano para um outro astro, juntamente com os seres humanos contumazes na prática do mal.

Quanto mais deixamos o nosso planeta pobre em biodiversidades, mais apressamos o seu fim, já que o reino mineral desertificado tende a evoluir mais rapidamente, como não encontra condições adequadas começam a se esvaírem, gradativamente. Daí é criado um meio de transporte para transferir esses seres.
Mais detalhes sobre o expurgo no livro Evoluções no Cosmos.

Já sei de onde provim.

Por onde já passei no plano físico inferior.

Agora, me responda, para onde vou quando morrer?

Retorna para o seu grupo evolutivo, aonde vai passar um período de tempo, denominado de intermissão. Se você, ainda, acha que vai para o céu e ficar sentado ao lado de seres Angelicais, cantando e adorando o Criador, está totalmente enganado.

A ociosidade existencial não existe.

A evolução continua, nesse grupo evolutivo você vai continuar aprendendo e trabalhando (assistindo).

Nessa cooperação constante com a criação o ser melhora a sua qualidade de vida, lentamente.

Como são esses grupos evolutivos?

São comunidades existentes no plano extrafísico, formadas por seres desencarnados, que apresentam estágios evolutivos semelhantes e que tenham afinidades e objetivos comuns.

Os primeiros grupos evolutivos já começaram a se formar com a chegada dos exilados do Sistema de Cabra, hoje estão subdivididos em milhares deles. A população extrafísica é bem maior do que a encarnada. Dependendo da população de seres que fazem parte do grupo, existe uma quantidade proporcional de outros seres mais evoluídos que assiste a essa turma.

As amizades duradouras e as chamadas almas gêmeas têm origem nesses grupos.
A literatura espírita brasileira é rica em detalhes de como funcionam esses grupos e o que fazem no plano extrafísico, caso você queira saber mais sobre esse tema.

Quer dizer que; o plano etéreo é formado por comunidades desencarnadas e distribuídas como no plano físico?

No plano físico domina as diversidades evolutivas, ou seja, estamos todos juntos e misturados independentes do nosso estágio evolutivo espiritual já alcançado e isso é importante para provocar a evolução dos seres retardatários.
Os seres mais evoluídos retribuem o que receberam, quando eram criaturas inferiores.

Já no plano extrafísico, essa diferença é o principal causador das separações dos seres desencarnados por planos dimensionais.

Quanto mais o Principio Inteligente Consciente (princo), evolui em todos os sentidos para o bem, mais conquista livre arbítrio e uma melhor qualidade de vida existencial, nesse período de intermissão que é mais longo que o período de manifestação física.

O ser passa, então, a se manifestar num plano extrafísico melhor, pois conquistou por méritos próprios esse prêmio.

Obs: Princo - (= Principio Inteligente Consciente) Neologismo criado para diferenciar de outros termos ultrapassados. O termo prin - vai até o reino subumano. O termo princo, como já diz é para o reino humano que já tem consciência de sua existência.

O que são planos Dimensionais?

São faixas vibracionais da energia única preexistente. Assim como temos variações de matéria e variações vibracionais (freqüência) do som, existe essa variação de energia, da forma mais densa para uma outra mais etérea ou o oposto.

As diferenças dessas faixas vibracionais são tão grandes que: Assim como algumas pessoas não aceitam o plano extrafísico (que é material), os seres desencarnados, mais atrasados, mesmo habitando essa faixa mais etérea, não aceitam outras formas de vida mais evoluída vibrando num outro plano existencial.

Quer dizer, que esse processo de nascer, viver, morrer, intermissão e retornar a renascer... não pára nunca?

Pára sim, na medida em que vamos expandido o nosso micro universo (cumprirmos a nossa parte nesse plano mais atrasado), crescermos em sabedoria e capacitação e tornamos Super Princípios Inteligentes Conscientes (suprinco), ou espíritos puros, como é denominado na literatura espiritualista.
Nessa faixa evolutiva, já alcançado o status de suprinco, o ser não precisa reencarnar e quando faz isso é para ajudar seus irmãos inferiores e para assistir de forma mais eficiente a criação nessa faixa mais atrasada de sua manifestação.

Para se ter uma idéia desses seres, podemos dizer que eles já alcançaram um grau de sabedoria e poder, que possuem todos esses atributos, que atualmente damos para o nosso Deus.

Quer dizer que um dia nós seremos também deuses?

Sim e muito mais do que já sois hoje.

Como Assim?

A nossa participação na criação começa, quando passamos a existir como centelha divina e não para nunca. Estamos o tempo todo participando dela, a ociosidade não existe, a preguiça e o comodismo sim.

Veja que quando estamos animando um insignificante átomo, já servimos de casa para uma infinidade de mini seres aprenderem. Quando passamos para um outro reino mais evoluído e somos o principio espiritual principal desse ser, por exemplo, um cachorro, a nossa participação aumentou substancialmente, já que o número de princípios espirituais que nós estamos influenciando é bem maior.
Quando nos manifestamos no período de intermissão, também possuímos um corpo mais etéreo, formado por princípios espirituais desencarnados, isso quer dizer que aí, também, a nossa forma extrafísica serve de escola e que nós continuamos aprendendo e participando da criação.

Observe que só com as colocações aqui apresentadas já deu para notar, que sempre, de alguma forma estamos tendo a nossa participação na criação.
Na medida que expandimos o nosso nível de conscientização, essa participação vai, cada vez mais aumentando. No futuro com a ampliação do nosso micro universo seremos bem melhores e mais conscientes dessa participação e de acordo com a nossa opção ou tendência poderemos ser os futuros messias ou os criadores de sistemas estrelares, já que a ociosidade não existe de forma alguma.
Um grande mestre que reencarnou nesse planeta já disse há mais de dois mil anos que: "Vós sois deuses" e agora você sabe por que.

Nos exemplos acima essa nossa participação é automática e inconsciente e agora que você já sabe dessas coisas a sua responsabilidade aumenta. A tomada de decisão é só sua e não dá para terceirizar.


Estamos aqui para apreender e participar da criação como criaturas pensantes imortais e Divinas.

Tire o antolho a canga - deixe a boiada.
Viva, saiba viver e deixe viver.
Vá a luta, não deixe se intimidar.


(Pedro Coelho – FONTE: http://www.pedro.coelho.nom.br/evdosertexto.htm)

EVOLUÇÃO DO PRICÍPIO INTELIGENTE


Quando e Onde Surgiu?

... * Fomos criados por Deus?* Os homens são criados no momento da concepção? * O homem foi criado anteriormente, como hominídeo-primitivo, ou foi criado em seres inferiores? * O princípio inteligente, ou alma, estagiou nos minerais?

Disse André Luiz : "A mônada vertida do Plano Espiritual sobre o Plano Físico atravessou os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão". (EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS).

Igualmente, diz Gabriel Delanne: "Desde períodos multimilenares, em que a alma iniciou as peregrinações terrestres, sob as formas mais íntimas da criação, até elevar-se, gradativamente, às mais perfeitas, o Perispírito não cessou de assimilar, por maneira indelével, as leis que regem a matéria, pois, à medida que o progresso se realiza, as criações multifárias do pensamento formam bagagem crescente, qual tesouro incessantemente abastecido". (EVOLUÇÃO ANÍMICA).

Onde teve início a evolução do princípio inteligente?

No reino inorgânico ou no reino orgânico? As opiniões são muitas. Os Espíritos aconselham não nos perdermos em labirintos. Mas é preciso examinar a questão. Os alunos perguntam, os expositores questionam e cada um fica com uma idéia. Alguns admitem que o princípio inteligente iniciou sua evolução no reino mineral; outros, no vegetal; outros, no animal e outros somente no homem. Não vamos provar aqui que os Espíritos existem. Isto já está provado.Quem tiver ouvidos para ouvir, ouça; quem tiver olhos para ver, veja. Milhares e milhares de livros foram escritos sobre o assunto. É só estudar, sem medo do inferno dos dogmas religiosos nem do pelourinho do orgulho científico.

A Caminhada Evolutiva do Princípio Inteligente

A vida espírita é, pois, a vida do Princípio Inteligente em sua caminhada evolutiva, através dos reinos da Natureza, desde sua criação, simples e ignorante, até sua chegada à perfeição, mergulhando na matéria viva numa pluralidade das existências, nascendo e morrendo até libertar-se dela, de sua influência, encerrando o ciclo das reencarnações.Onde ela começou, o homem ainda não sabe, nem nós Espíritas, nem a Ciência, nem as Igrejas dogmáticas.

- Onde estaria a sua origem?Em "Encarnação e Evolução das Espécies", de Di Bernardi, à página 33, lemos: "O Espírito dormiu nos átomos e passou o grande sono pelo reino mineral. Sonhou nos vegetais. Agitou-se nos animais, para despertar na espécie humana".Na mesma obra, à página 41, vemos algumas explicações sobre a união do espírito à matéria vitalizada:* Aparecimento das primeiras células vivas;* Formação do campo vibratório, capaz de atrair o fluido vital;* Atração do fluido vital pelas células;* Entrada do princípio espiritual na matéria animada pelo fluido vital;* O fluido vital ou energia vital estabeleceu o elo dimensional necessário à fixação da estrutura espiritual à estrutura física.Há, ainda, a citação do princípio inteligente nas amebas.

Alternativas da Humanidade em Relação à Criação da Alma

A ignorância do homem, em seu estágio atual, não lhe permite conhecer o momento de sua criação. Não iremos analisar o pensamento dos cientistas materialistas, que não admitem a existência da alma como ser pensante extracorpóreo, nem as possíveis concepções de como se procedeu a origem dos seres vivos na Terra em sua diversidade.Criação da alma:* na concepção?* no reino hominal?* no reino animal?* no reino vegetal?* no protoplasma?* no reino mineral?


Do Elo Perdido ao Homem

Os Espíritos, na Codificação, insistem na idéia de que tudo se encandeia na Natureza por liames que não podemos ainda perceber e que as coisas aparentemente mais disparatadas têm pontos de contato que o homem não pode compreender no seu estado atual. (LE 604)."No momento em que o princípio inteligente atinge o grau necessário para ser Espírito e entra no período de humanidade, não tem mais relação com seu estado primitivo e não é mais a alma dos animais, como a árvore não é a semente. No homem, somente existe do animal o corpo, as paixões, que nascem da influência do corpo, e o instinto de conservação inerente à matéria". (LE 611).

Os Espíritos dizem que "o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna Espírito" (LE 607-a). Dizem, também, que a inteligência do homem e a dos animais emanam de um princípio único, mas "no homem, ela passou por uma elaboração que a eleva sobre a dos brutos" (LE 606-a e 611).- Que transformação é essa?- Ela é realizada pelo próprio princípio inteligente, em razão de suas conquistas, ao longo de vivências multimilenares, ou é uma transformação feita por outrem, na sua estrutura perispiritual, em função dos seus próprios direitos adquiridos?

Há de se convir que as respostas estão presas a duas premissas fundamentais:1) O corpo físico é reflexo do corpo espiritual (Evolução em Dois Mundos, cap. II); e isto é válido para todos os seres vivos. Quem define a espécie, portanto, é o corpo espiritual e não a base genética dos pais, que fornece o corpo físico, segundo a lei de hereditariedade.2) A evolução de cada um é resultante dos esforços individuais, mas cada um depende de outros para sua própria evolução. Ninguém evolui sozinho, porquanto o nascer e o renascer dependem de outros, tanto da esfera física quanto da espiritual. (Lei da Sociedade, LE).

A Codificação Espírita nada esclarece sobre esta transformação: onde ocorre e como se processa. André Luiz fala de "Intervenções Espirituais" no mecanismo da palavra, quando escreve: "É assim que, atingindo os alicerces da humanidade, o corpo espiritual do homem infraprimitivo demora-se longo tempo em regiões espaciais próprias, sob assistência dos Instrutores do Espírito, recebendo intervenções sutis nos petrechos da fonação, para que a palavra articulada pudesse assinalar novo ciclo de progresso".

Com o Homem de Neanderthal, na Fase Paleolítica, correspondente ao período de, aproximadamente, meio milhão de anos atrás, apareceram as primeiras tentativas de comunicação verbal articulada, que, segundo alguns autores, não chegaram a constituir-se propriamente de palavras, mas de expressões sonoras específicas, com entonações agudas e graves.O egoísmo absoluto começa a se transformar, havendo uma preocupação maior com o grupo. Os Espíritos humanos começam a desenvolver formas iniciais do amor, que se ampliarão gradativamente para a fraternidade maior nas futuras civilizações.

As Mutações Gênicas

A essência de todos os seres vivos não está no seu quimismo orgânico, mas na energia espiritual que dirige os estímulos evolutivos. As mutações gênicas, importantes nas transformações evolutivas, são também favorecidas pelos impulsos energéticos da essência espiritual dos seres. (Ver o caso das girafas - página 14).

Quando se fala em evolução, sempre se mencionam os chamados "elos perdidos", ou seja, aqueles que seriam necessários para fechar a corrente e documentar todos os passos da evolução. Muitos dos elos ou fases da corrente evolutiva, que representam transições necessárias, foram se apagando, pela fragilidade natural de que se caracterizam as transições.Os chamados "elos perdidos" seriam, assim, uma seqüência de formas com pequeníssimas modificações e que não conseguiram se manter, sendo eliminados e substituídos por outras variações mais aptas, selecionadas pela Natureza.

As formas de transição, por terem tempo de existência relativamente curto, não deixaram, em alguns casos, fósseis que permitíssem a comprovação de sua existência.Animais que passam toda uma existência necessitando ter suas pernas ou pescoços mais longos, como no exemplo da girafa ou da garça, e onde a ausência destas características (nos seus ancestrais) lhes gerava fome e outras dificuldades, vivenciaram intensamente uma limitação a ser conquistada. Na situação natural, o meio lhes exigia uma aquisição que os fariam mais adaptados. O princípio espiritual, neste caso, recebeu, durante toda vida, o estímulo energético daquela necessidade e esta experiência foi participada por toda espécie, não por um grupo isolado.

Transformação do Corpo Espiritual


Esta transformação do corpo espiritual, nas regiões espaciais próprias, se nos afigura como o elo perdido, ainda não descoberto pelo cientista terreno, como que a justificar o "momento em que o macaco desceu da árvore" para ser homem.Emmanuel, falando da grande transição para os hominídeos, diz que "somos compelidos a esclarecer que não houve propriamente uma "descida da árvore", no início da evolução humana, porquanto "extraordinárias experiências foram realizadas pelos Mensageiros do Invisível", imprimindo novas expressões biológicas ao homem do sílex". Comenta que nas "hostes do Invisível opera uma definitiva transição no corpo perispiritual preexistente, dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos intervalos de suas reencarnações".

Pode-se dizer que a nova estrutura perispiritual foi, pois, definida na esfera espiritual. O corpo espiritual da espécie anterior foi adaptado à espécie humana, para sua primeira encarnação no reino hominal. Isto não quer dizer que o princípio espiritual ficou "mais inteligente" ou que deu um salto no seu progresso evolutivo, mas sim que aquela alma, por seus méritos anteriores, recebeu melhorias em sua vestimenta perispiritual, para poder laborar e progredir em outra espécie mais evoluída.Pode-se afirmar que esta primeira encarnação se deu nos primatas mais evoluídos e que a transformação ocorrida no corpo espiritual faria surgir, como conseqüência, a mutação descoberta pelos homens no corpo físico, originando a nova espécie."É então que começa, para ele, o período de humanidade e, com este, a consciência do seu futuro, a distinção do bem e do mal e a responsabilidade dos seus atos", dizem os Espíritos. (LE 607-a).

"A Terra não é o ponto de partida da primeira encarnação humana. O período de humanidade começa, em geral, nos mundos ainda mais inferiores. Essa, entretanto, não é uma regra absoluta e poderia acontecer que um Espírito, desde o seu início humano, esteja apto a viver na Terra. Esse caso não é freqüente e seria antes uma exceção". (LE. 607-b).

A esse respeito, encontra-se também, no LE, Q-172, a seguinte pergunta : "Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra? R - "Não, mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, porém as mais materiais e distantes da perfeição".

Nestas duas informações pode-se visualizar, novamente, o "elo perdido" da cadeia evolutiva nos estudos do homem terreno.

Diz Santo Agostinho (Espírito) que, "se alguém pudesse seguir um mundo em suas diversas fases, desde o instante em que se aglomeram os primeiros átomos da sua constituição, o veria percorrer uma escala incessantemente progressiva, mas em graus insensíveis para cada geração, e oferecer aos seus habitantes uma morada mais agradável, à medida que eles avançam na senda do progresso".

Este avanço progressivo dos seres vivos, em diferentes espécies, não ocorreu por acaso, por simples mutação genética ou seleção natural. A Lei Divina foi a marca de cada mudança: os Espíritos Superiores, arquitetos da grande transição do vírus ao homem, construíram nossa morada.

A Longa Caminhada Evolutiva

A América do Sul se afasta flutuando e, com ela, os símios do Novo Mundo - com cavidade craniana de 150 cm3. Os símios do Antigo Continente apresentam cavidade craniana de 200 cm3. Surgem os primatas superiores, os antropóides, com cavidade craniana de 400 cm3. Quatro antropóides principais: o gibão - um solitário trepador; o orangotango, o chimpanzé e o gorila - os primeiros seres a andar na vertical.

Há vinte e cinco milhões de anos, em meados da era terciária, surge um primata antropomorfo.Há cinco milhões de anos, homens símios, na África, utilizam fogo e bastão.Há um milhão de anos, homens símios, na Ásia Meridional, sepultam ritualmente os seus mortos.Há quinhentos mil anos avoluma-se o cérebro posterior: aparece o bárbaro de Neandertal.Há cem mil anos cresce o cérebro anterior: aparece o Homo Sapiens, o homem do período glaciário, o primata supremo conhecido hoje.

Paralelamente à evolução da matéria, o princípio espiritual segue construindo a sua. Os animais não são apenas um corpo material, músculos e ossos, víceras e nervos, proteínas e água e mais nada... Não! Neles há também um princípio inteligente que se vale daquele corpo para adquirir experiências no decorrer dos séculos e dos milênios.

E é justamente o progresso do Espírito que promove e determina o adiantamento e evolução do corpo. Emmanuel, em "O Consolador", informa sobre isso: "A vida do animal apresenta uma finalidade superior que constitui a do seu aperfeiçoamento próprio através das experiências benfeitoras do trabalho e da aquisição em longos e pacientes esforços dos princípios sagrados da inteligência".("Evolução Infinita", Artigo do Prof. Rodrigues, em consciesp.org.br).

O Primeiro Homem

A descoberta de fósseis permite saber como o homem se desenvolveu. Os cientistas concordam que duas grandes mudanças aconteceram há mais ou menos 200 mil anos atrás. Uma produziu o homem de Neandertal, que depois desapareceu, e outra produziu o Homo Sapiens pré-histórico.O progresso da capacidade intelectual do homem (ou seja, o fato de tornar-se mais inteligente com o tempo) está intimamente relacionado ao desenvolvimento do próprio corpo.

O Homem de Neandertal tem esse nome porque seus restos foram encontrados, em 1856, em Neandertal, região da Alemanha. Era um homem com aproximadamente 1,60m e cérebro grande. Nômade e caçador, respeitava os companheiros, usava a fala para se comunicar e cremava os mortos.Depois dele veio o Homo Sapiens. O mais famoso deles é o homem de Cro-Magnon, assim chamado por ter sido descoberto em região da França com esse nome. O Cro-Magnon era parecido com as pessoas de hoje. Media 1,80m e tinha um cérebro de 1.600 cm3, o mesmo tamanho de um cérebro atual. Muito criativo, ele deixou algumas pinturas (chamadas de rupestres), encontradas em vários locais da Europa.

A Classificação dos Seres Vivos

Há várias maneiras de classificar os seres vivos: por seu habitat (aquático, terrestre ou aéreo; por sua utilidade prática: comestível ou não; por seus hábitos: diurno ou noturno, entre outros critérios).O principal sistema de classificação utilizado atualmente pelos biólogos procura refletir algo que realmente ocorreu na natureza: a evolução da vida. Seu objetivo é indicar a filogênese, isto é, a história evolutiva dos organismos em nosso planeta.Em princípio, quanto maior a semelhança anatômica, fisiológica ou embriológica entre dois seres, maior é o seu grau de parentesco, isto é, mais próxima é a sua origem evolutiva. Em outras palavras, menor o tempo em que ambos divergiram a partir de um ancestral comum.(...)TEXTOS DOUTRINÁRIOS:

Complementa André Luiz, em "Evolução em Dois Mundos" :


"O princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha sem detença para frente. Viajou do simples impulso para a irritabilidade, da irritabilidade para a sensação, da sensação para o instinto, do instinto para a razão".Diz, ainda, que "a crisálida de consciência, construindo as suas faculdades de organização, sensibilidade e inteligência, transforma, gradativamente, toda a atividade nervosa em vida psíquica.E aí, nesse período embrionário, o princípio espiritual atravessa os círculos elementares da Natureza, de forma em forma, até configurar-se no indivíduo humano".Aí, também, nos "reinos inferiores da natureza, a corrente mental restringe-se a impulsos da sustentação, nos seres de constituição primária, a começar dos minerais, preponderando nos vegetais e avançando pelo domínio dos animais de formação mais simples, para evidenciar-se mais complexa nos animais superiores, que já conquistaram bases mais amplas à produção do pensamento contínuo".

Emmanuel nos ensina:

"Os animais são os irmãos inferiores do gênero humano. Eles também, como nós, estão vindo de longe, através de lutas incessantes e redentoras e são, como nós outros, seres humanos, candidatos a uma posição brilhante na espiritualidade.Não é em vão que sofrem nas fainas benditas da dedicação e da renúncia, em favor do progresso do homem na Terra".


Em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, Allan Kardec afirma:

É nesses seres que o princípio inteligente se elabora, se individualiza, pouco a pouco, e ensaia para a vida. É, de certa maneira, um trabalho preparatório, como o da germinação, em seguida ao qual o princípio inteligente sofre uma transformação e se torna um Espírito.É, então, que começa, para ele, o período da humanidade e, com esta, passa a tomar consciência de seu futuro, a fazer a distinção entre o bem e o mal e se torna responsável por seus atos.


André Luiz, em "Mundo Maior", descreve magistralmente o processo:

O princípio espiritual, desde o obscuro momento da criação, caminha, sem detença, para frente. Afastou-se do leito oceânico, atingiu a superfície das águas protetoras, moveu-se em direção à lama das margens, debateu-se no charco, chegou à terra firme, experimentou na floresta copioso material de formas representativas, ergueu-se do solo, contemplou os céus e, depois de longos milênios, durante os quais aprendeu a procriar, alimentar-se, escolher, lembrar e sentir, conquistou a inteligência... Viajou do simples impulso para a irritabilidade de sensação... Da sensação para o instinto... Do instinto para a razão... Nessa penosa romagem, inúmeros milênios decorreram sobre nós... Estamos em todas as épocas abandonando esferas inferiores a fim de escalonar as superiores. O cérebro é o órgão sagrado da manifestação da mente em trânsito da animalidade primitiva para a espiritualidade humana...


Emmanuel, na obra já citada, arremata com exuberância:

O mineral é atração. O vegetal é sensação. O animal é instinto. O homem é razão. O anjo é divindade. Busquemos reconhecer a infinidade dos laços que nos unem nos valores gradativos da evolução e ergamos, em nosso íntimo, o santuário da fraternidade universal. ("Evolução Infinita", Artigo do Prof. Rodrigues, em consciesp.org.br).


Léon Denis, em "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", nos diz:

"Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda... torna-se consciente...".


Allan Kardec perguntou aos Espíritos:

"Donde tiram os animais o princípio inteligente que constitui a alma de natureza especial de que são dotados? E os Espíritos responderam: "Do elemento inteligente universal".Perguntou então: - "Então, emanam de um único princípio a inteligência do homem e a dos animais? E eles responderam: "Sem dúvida alguma, porém, no homem, passou por uma elaboração que a coloca acima da que existe no animal". (Q. 606 e 606-a do LE)Essa elaboração seria uma simples decorrência do processo evolutivo da alma?


Segundo André Luiz , em "Evolução em Dois Mundos", e Emmanuel, em "Emmanuel":

Há um conjunto das intervenções, realizadas no Mundo Maior, no corpo espiritual dos seres em condições de passar de uma espécie a outra mais elevada, durante a fase de transição dos reinos inferiores até chegar ao mundo dos Espíritos, adequando-o ao nível de evolução alcançado até chegar ao exercício do pensamento contínuo.


Os Diversos Mundos Habitados

1. Deus criou todos os espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber, a fim de fazê-los chegar progressivamente à perfeição. (L.E. 115).2. Deus impõe aos espíritos a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. (L.E. 132).3. "Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fora, eu vo-lo teria dito". (João, cap.XIV, 1 a 3).4. A Casa do Pai é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito e oferecem, aos Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao seu adiantamento.(E.S.E., cap III, item 2).5. Nem sempre tem o espírito a faculdade de escolher o mundo onde passará a habitar. Pode pedir que lhe seja permitido ir para este ou aquele e pode obtê-lo, se o merecer, porquanto a acessibilidade dos mundos, para os Espíritos, depende de seu grau de elevação. (L.E. 184).6. Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento? - "Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objetivo com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário" (L.E. 844).7. O progresso intelectual engendra o progresso moral, fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos. (L.E. 780-a).8. Todos os Espíritos têm que progredir em tempo mais ou menos longo, conforme decorrer da vontade de cada um. Mais ou menos tardia pode ser a vontade, porém, cedo ou tarde, ela aparece, por efeito da irresistível necessidade que o Espírito sente de sair da inferioridade e de se tornar feliz. (L.E. 1006).9. O homem, na vida presente, pode preparar com segurança, para si, uma existência futura menos prenhe de amarguras, reduzindo a extensão e as dificuldades do caminho. Só o descuidoso permanece sempre no mesmo ponto. (L.E. 192-a).10. Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, não bastará que o homem deixe de praticar o mal. Cumpre-lhe fazer o bem, no limite de suas forças, porquanto responderá por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem. (L.E. 642)11. A lei natural é a Lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem (e ele só é infeliz quando dela se afasta). (L.E. 614).12. O mandamento maior: "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas". (Mateus, cap XXII, vv. 34/40 e VII, v.12; Lucas, cap VI, v.31 e E.S.E. cap XI, v. 1 e 2).

Finalmente, Léon Denis nos ensina

"Através dos ciclos do tempo, todos se aperfeiçoam e se elevam. Os criminosos do passado virão a ser sábios do futuro. Chegará a hora em que nossos defeitos serão eliminados, em que nossos vícios e nossas chagas morais serão curadas. As almas frívolas tornar-se-ão sisudas, as inteligências obscuras iluminar-se-ão. Todas as forças do mal que em nós vibram ter-se-ão transformado em forças do bem. Do ser fraco, indiferente, fechado a todos os grandes pensamentos, sairá, com o perpassar dos tempos, um Espírito poderoso, que reunirá todos os conhecimentos, todas as virtudes, e se tornará capaz de realizar as coisas mais sublimes.Será esta a obra das existências acumuladas. Será sem dúvida indispensável um grandíssimo número delas para operar tal mudança, para nos expurgar de nossas imperfeições, fazer desaparecer as asperezas de nossos caracteres, transformar as almas de trevas em almas de luz! Mas, só é poderoso e durável aquilo que teve o tempo necessário para germinar, sair da sombra, subir para o céu. A árvore, a floresta, a Natureza, os mundos no-lo dizem em sua linguagem profunda. Não se perde nenhuma semente, nenhum esforço é inútil. A planta dá suas flores e seus frutos somente na estação própria; a vida só desabrocha nas terras do Espaço após imensos períodos geológicos.Vede os diamantes esplêndidos que fazem mais formosas as mulheres e faíscam mil cores. Quantas metamorfoses não tiveram de passar para adquirir essa pureza incomparável, seu brilho fulgurante? Que lenta incubação no seio da matéria obscura! É neste trabalho de aperfeiçoamento que aparece a utilidade, a importância das vidas de provas, das vidas modestas e despercebidas, das existências de labor e dever para vencer as paixões ferozes, o orgulho e o egoísmo, para curar a chagas morais. Deste ponto de vista, o papel dos humildes, dos pequenos neste mundo, as tarefas desprezadas patenteiam-se em toda a sua grandeza à nossa vista; compreendemos melhor a necessidade do regresso à carne para resgate e purificação". (O PROBLEMA DO SER..., de Léon Denis, página 291/292).


POR FIM, GOSTARÍAMOS DE CITAR A VISÃO EXPOSTA POR GILSON FREIRE, EM 2005, DE ACORDO COM A LINHA TEOSÓFICA E OS ENSINOS DE PIETRO UBALDI:

Criação eterna

Como uma visão genuinamente evolucionista, para a teosofia, assim como para o bramanismo e o espiritismo, a criação é permanente, ocorrendo em grandes ciclos divinos intermináveis de contrações e expansões, em um ambiente relativista onde nascem e morrem universos. Já nos referimos ao kalpa, ou respiro do Logos, como se denominam essas gêneses cósmicas, divididas em eras que carreiam o espírito, desde o reino da matéria bruta até os planos divinos.
Com Ubaldi, compreendemos perfeitamente que essa é a descrição da criação secundária, aquela que se faz nas paragens do relativo onde somente se pode dar a evolução. Portanto, a escola teosófica, assim como o espiritismo, se deteve no estudo da gênese e constituição do AS, na verdade uma contrafação da criação primária, advindo daí os seus aparentes equívocos, ao extrapolá-la para a perfeição divina. Entendemos que o AS não pode eternizar-se no tempo, pois isso representaria a falência da obra divina. Nosso cosmo local e todos os possíveis universos que oscilam na “respiração de Brahma” estão subordinados à exigüidade dos ritmos cronológicos e fadados assim a encontrar um fim. A verdadeira eternidade pertence à gênese que ocorreu e existe no absoluto, fora do tempo e do espaço e não se faz de ciclos ou qualquer movimento, não se subordina a construções e muito menos a destruições, pois como um hálito da Divindade, foi concebida já perfeita e acabada.


Adesa ao relativismo, assim como o espiritismo, a teosofia nos condenou então ao progresso permanente: “e o homem não foge à regra e está inserido nesse mecanismo cósmico de nascer, renascer e evoluir sempre”. Ela se esqueceu que aqui vivemos uma grande ilusão, o grande maya, onde a eternidade das medidas do relativo nos é também mera fantasia dos sentidos embotados. E não poderemos nos evadir da lógica de que todo o AS, como produto de uma grave queda, está fadado a encerrar-se, na morte do tempo e do espaço, e será absorvido pela adimensionalidade do absoluto.

Essa foi exatamente a mesma interpretação da criação dada pelos astrofísicos idealizadores da teoria do universo estacionário ou universo Fênix, que já discutimos e que as modernas concepções da cosmologia estão imputando como impossíveis de corresponder à realidade – uma tal reverberação ao infinito de big bangs nos campos do relativo provocaria uma chuva de fótons por todo o infinito, alterando significativamente o desenho da arquitetura cósmica, muito diferente do que aquela que hoje podemos apreciar.

Concluímos, assim, que a visão teosófica, segundo o monismo, em sua interpretação parcial considera apenas a unidimensionalidade da criação, uma vez que ela uniu o reino divino aos planos evolutivos, não tendo alcançado a antevisão da casa paterna fora do relativo, além de todos as perspectivas possíveis ao nosso imaginável. Fato que carreia consigo todos os contra-sensos de uma gênese eterna e à parte no relativo, os quais já enumeramos.

Paradoxos evolutivos


O universo teosófico é unitário, como um exclusivo e único produto da mente divina, porém, paradoxalmente ele está também dividido entre uma porção real e outra irreal, correspondendo à realidade do monismo, a despeito da revelação blavatskyana não se ater a nos explicar por que exatamente esta é a configuração da arquitetura cósmica. Confirmando a visão budista, nos diz ela que habitamos uma enorme ilusão, o grande maya, e o cosmo real somente é aquele onde reside integralmente o Criador. Reconhece-se assim a existência de uma ilusória separatividade entre o reino divino e o universo em evolução.

Todavia, mais uma vez, o fato nos suscita o que poderíamos chamar de paradoxo do grande maya, pois não entendemos por que o Senhor dos universos criaria um mundo virtual e insustentável para nos acomodar em meio a ilusões e realizações instáveis que somente dores e aflições semeiam em nossas almas, exigindo-nos sobejos esforços nas superações de suas fantasias a fim de conquistarmos o plano real e puro. E não se ateve a teosofia a justificar as dores que tal aparente fato imputa ao ser em evolução, distanciando-o peremptoriamente do Seu Pai.

Além da divisão entre real e irreal, o universo teosófico está fracionado em sete planos que, começando pelo Físico, continua com o Astral, o Mental, o Búdico, o Átmico, oMonádico, terminando no plano divino. Diferencia-se este último dos demais, não pela sua natureza intrínseca, mas sim sua elevação, uma vez que “todos são formados do mesmo substrato, variando-se somente a compactação de seus elementos”. Dessa forma ela situa o reino celeste na mesma unidade da criação física, colocando-o como o ápice a ser atingido e a fonte dos processos evolutivos dos demais. Como Deus estaria permanentemente fazendo fluir Seus fragmentos, as Mônadas, do nível celeste onde “mora” para o plano mais baixo, todos eles seriam de existência eterna, inclusive os inferiores. Fato que, seguramente não se acham incorretos, porém incompletos quando divisados sob a ótica monista, gerando todos os paradoxos que já imputamos ao pensamento espírita evolucionista, como o da eternidade do mal, da impureza, da imperfeição e do caos.

Partido em seus sete grandes planos progressivos, os primeiros níveis do Todo são incompreensivelmente físicos e densos, exigindo do ser em evolução o esforço para deles se libertarem, a fim de atingir os reinos superiores. Contudo tal fato é reconhecido como natural, não havendo os estudos teosóficos alertados para o fato disso impugnar a pureza da obra de Deus, exigindo algo que o justifique.

Como um cosmo evolutivo, ele se acha conformado, em todas as suas expressões fenomênicas, segundo trajetória espiraladas, exatamente como nos teceu a visão de Ubaldi em a A Grande Síntese, que também nos descreveu o universo desmoronado e não o original, somente vislumbrado em Deus e Universo. A espiral evolutiva presente na visão teosófica se encontra desenhada no “átomo monádico” e nas “bolhas” que originaram do Centro genético original do cosmo. E os átomos físicos, que ela chama ultérrimos, também estão traçados em espirais que os fazem lembrar um pião, confirmando-nos que esta é a expressão da trajetória típica dos movimentos universais, porém unicamente referidos aos processos em queda no relativo, jamais no absoluto.

A despeito de esses conceitos todos estarem evidentemente corretos, coincidindo com a universalidade dos ensinos de todos os demais pensamentos espiritualistas evolucionista, como vimos, eles se acham nitidamente incompletos e injustificáveis sem a queda. São ensinamentos parciais que se referem apenas a uma das partes da criação, o universo físico e relativista onde evoluem as almas caídas e não são representativos do Todo em sua extraordinária perfeição e completa imaterialidade. No universo divino original não pode haver movimentos, não há evolução e muito menos meios físicos, portanto estamos em uma elaboração de conceitos ainda muito distanciada da realidade última de Deus.

“Existem diversos céus escalonados dos inferiores aos superiores. Os planos superiores, Átmico ou Nirvânico, se desenham entre Sóis, corpos celestes e galáxias como expressões de inimaginável poder divino” – diz seus ensinos, atestando-nos que os caminhos por onde ascende a mônada estão todos ambientados no relativismo. E facilmente podemos deduzir que, segundo a síntese monista, nos espaços intergalácticos ou estelares impera o mesmo ambiente do AS, portanto, muito distante do que poderia ser verdadeiramente o reino celeste. Então a engenharia sideral, construtora de edificações astronômicas espetaculares, é obra de realizações pertinentes ao universo derrocado e suas furnas avernais. E, embora ela trabalhe sob a égide do Criador em benefício de seus desalentados habitantes, lida com as caóticas forças da revolta primária, não representando, em absoluto, a genuína gênese divina.

Como já dissemos reiteradamente, de acordo com a visão monista, o reino divino, por ser o plano da perfeição absoluta, não pertence propriamente ao relativo onde se dá a evolução e se encontra fora de nossa pobre e progressiva dimensão, onde tudo parte da imperfeição. Sua natureza constitutiva é distinta por se achar confeccionada em um campo de natureza puramente espiritual. Se bem é verdade que todos os planos relativistas dele advém como contração dimensional, nele não existe localidade ou movimento, tempo ou espaço, como vimos no decorrer de nosso trabalho.

Concluímos assim que a teosofia, como uma visão exclusivamente evolucionista, nos trouxe apenas o panorama relativista da criação. A despeito de podermos pinçar em muitos de seus conceitos uma compreensão verdadeiramente unitária do Todo, ela não pôde abranger com clareza a antevisão do absoluto, como a alta intuição de Ubaldi lhe permitiu e os planos que ela divisou são ainda paisagens do relativo, inseridas no domínio da evolução.

Essas verdades, contudo, acham-se indiretamente presentes nas revelações teosóficas, como podemos ver no relato: “Chega o momento em que o homem, depois que muito lutou, sofreu, caiu, levantou, chorou, sorriu, sentiu, odiou, amou, destruiu, construiu, plantou, colheu; enfim, é a hora crucial em que após múltiplas encarnações, percebe a transitoriedade desse mundo e tendo os desejos já saturados e transmudados no amor universal; aprendido tudo que a escola da vida poderia ensinar-lhe, mergulha em seu interior e busca com intensidade maior a Divindade que se aloja em seu âmago e que é o seu Eu real. Aquele espírito que é divino, após muito buscar o Éden perdido, agora encontra-o dentro de si mesmo, em seu Eu Imortal” – nesta pequena súmula da evolução vista pela teosofia, compreende-se perfeitamente que somente a queda pode justificar tal roteiro de ascensão, uma verdadeira expiação evolutiva somente imposta ao espírito que se revoltou contra a lei divina. Essa é a única forma de se explicar por que Deus e Seu poder a nós concebido se ocultaram em nosso interior, exigindo-nos o oneroso encargo evolutivo para se nos revelarem. É preciso compreender isso para avançarmos nos passos da nossa indispensável maturação espiritual na atualidade.

Tríade Inferior


É inegável que a escola teosófica contribui com um elevado conceito de Deus que extrapola em muito o acanhado entendimento que herdamos da tradição judaico-cristã. Denominado Logos e definido como o princípio de inteligência que origina e comanda a criação, como em Ubaldi, Ele também se divide em uma face Transcendente e outra Imanente, integrando o Todo. “Deus se manifesta como uma diferenciação de Si Mesmo, criando universos, permanecendo em toda manifestação e transcendendo-a” – diz-nos oManual já citado.

Assim o Deus teosófico é intracósmico, uma vez que se acha integralmente presente na criação e, ao mesmo tempo, supracósmico, pois igualmente extrapola os seus limites, como uma Individualidade à parte, caracterizando-se um verdadeiro monismo teológico.
Além desse dualismo monístico, a Divindade, segunda a teosofia, alberga também a Trindade, expressa nos três momentos do Logos, assim definidos:


Primeiro Logos: Vontade, Pai – Divindade-Humanidade;
Segundo Logos: Sabedoria, Filho – Vida-forma;
Terceiro Logos: Mãe ou Espírito Santo – energia-matéria.


De acordo com esse entendimento, “o Terceiro Logos constrói átomos”, a matéria, considerada “virgem” em sua original formação processual; o “Segundo dá vida a estes átomos” e “o Primeiro envia de si um fragmento, a mônada, para habitar esses corpos”. Podemos assim identificar perfeitamente no Primeiro Logos o aspecto espírito, no segundo, o dinamismo universal, a energia, e no terceiro o aspecto estático, a forma ou matéria, equiparando-os à visão de Ubaldi descrita em A Grande Síntese.

Destarte, embora caracterizada como “superior”, essa Tríade definida pela teosofia se caracteriza na verdade como inferior e não alcançou a visão teológica descrita por Ubaldi em Deus e Universo, com a qual muito poderá se beneficiar. A trindade teosófica nos descreve nitidamente a criação inferior no plano relativo e, como agora sabemos, essa é aquela que se contraiu com a queda, levando a Divindade a se condensar na forma e não é, em absoluto, o aspecto ternário original em que se dividiu o Todo, na criação primária. Os aspectos espírito, energia e matéria se patenteiam como realizações do relativo, caracterizando a gênese secundária. Conceitos corretos, mas, como podemos ver pela ótica monista, incompletos uma vez que sujeita a Divindade à mobilidade, à imperfeição e à impureza da matéria, incompatíveis com a Sua própria natureza.
Concluímos, mais uma vez, que o conceito teosófico de Deus, embora bastante evoluído em relação ao acanhado antropomorfismo teológico que ainda impera na religiosidade ocidental, comparado à visão monista, ainda necessita avançar, embora saibamos, evidentemente, que com Ubaldi também não atingimos a plenitude do absoluto, que extrapola em muito o nosso concebível atual. Falta assim à teosofia uma maior compreensão da cosmologia divina em sua pureza de origem, divisando realmente o que poderíamos chamar Tríade superior, aquela que não alberga matéria, nem forma ou energia e sequer o movimento em sua constituição, mas se expressa na mais pura Imponderabilidade e completa abstração espiritual.

Dualismo teosófico

A teosofia reza que o “Terceiro aspecto do Logos constrói matéria inerte, sem vida”, tornando-se vital e orgânica somente após ser fecundada pelo Segundo Logos, o princípio chamado Atma. Estabelece-se assim na criação o mesmo antagonismo dualista que permeia as visões de mundo ocidentais. Considerar que Deus cria substratos inertes para sustentar a evolução de Seus Filhos gera-nos certos entraves ao entendimento do processo genético original, pois passamos a acreditar que as substâncias físicas do universo estão destituídas de fundamentos espirituais, separando-se o espírito da matéria, como o fez o cartesianismo, além de fornecer subsídios para o monismo materialista. Como no conceito espírita, segundo a teosofia os compostos materiais são espiritualizados ao se deixarem vestir pela mônada, o espírito, que os vivificam a fim de se manifestarem nos mundos físicos e evoluir. Ao deixá-la, através das mortes que a mônada sofre em cada mudança de plano de expressão, essa matéria residual retorna ao seu estado inercial, não estando, por isso inserida no processo evolutivo do cosmo.


Todavia, segundo o monismo ubaldiano, como vimos, não se concebe como seria possível ao Criador gerar de Sua própria imanência, substâncias não pensantes, desprovidas de consciência, uma vez que do Divino somente pode fluir abstrações mentais. Compreendemos assim que a essência espiritual, embora se incorpore de fato à matéria física, em sua origem, é também um substrato autoconsciente, ainda que em expressão inferior e reduzida. Então toda matéria é feita de pensamento coagulado, é viva, produto de uma ideação pura, portanto, divina também. Esse monismo substancial não foi visto integralmente pela teosofia e pelas escolas espiritualistas atuais e persiste encontrando resistências em nosso concebível, uma vez que até o momento não detemos subsídios para a sua perfeita compreensão.

Além do mais, a teoria secessionista nos diz que a matéria não é um genuíno produto do Criador, mas sim do espírito que sofreu a contração dimensional, sendo fruto de uma deterioração, o que nos parece bem mais lógico, uma vez que se trata de um produto instável e deteriorável, destituído dos atributos essencialmente divinos. Concluímos assim que, quando o “Terceiro Logos criou a matéria”, na verdade ocorria a queda original do espírito e não um ato da inteligência divina, que não formaria tal produto instável e inadequado para vestir uma essência imaculada em sua origem, feita do mais puro pensamento. Vemos então, mais uma vez, que a teosofia, como as demais doutrinas evolucionistas correlatas, considera apenas a criação secundária do universo físico e não foi capaz ainda de adentrar a gênese do universo espiritual.
Sob o foco do monismo entendemos que a matéria é uma essência espiritual condensada desde a sua formação, como produto da queda, fato que se compatibiliza perfeitamente com a irrevogável Sabedoria divina. Torna-se evidente, contudo, que durante a evolução, o espírito, uma vez desperto do bojo atômico no qual se meteu, retorna à matéria residual e a abraça, carreando-a consigo e vivificando-a a fim de construir com ela corpos mais elaborados, promovendo-se assim a progressão conjunta de todo o universo físico derrocado. Somente assim nos é possível construir uma verdadeira unicidade no universo divino, sem separar o espírito de todos os seus substratos.


A despeito do contra-senso, é a própria teosofia que conclui, firmando o seu peremptório monismo conceitual: “Não existe consciência sem matéria e nem matéria sem consciência”. Atesta-nos assim que a consciência divina está presente em tudo que existe, conferindo vida a todas as suas expressões, embora insípida e insciente nas construções físicas brutas.

Um reino em oposição

Embora a visão teosófica tenha concebido a unidade da criação, ela observou também que o Todo divino alberga opostos e adversidades, sem se deter a explicar a existência desses injustificáveis antagonismos na obra perfeita de Deus. O dilema das oposições na criação inscreve-se assim na teosofia com o mesmo vigor com que contamina os elevados preceitos espíritas sobre a constituição e o estofo ideológico do universo.


Com clareza os ensinos blavatskyanos nos explicam que o pensamento de Deus constrói universos divididos em planos os quais se acham constituídos de “um pólo positivo e outro negativo”. Contudo, não se compreende o que leva o Senhor a inserir a negatividade em sua criação, fazendo-a uma imensa arena de permanentes conflitos. Com a clareza da revelação de Ubaldi é que entendemos tratar-se da oposição S-AS e não de um mecanismo genuíno da inteligência divina, que não atuaria em oposição à Sua própria obra.

Diz-nos o Manual Básico de Teosofia: “Em pólos opostos a Divindade manifestou-se e, nessa polaridade, há a construção, períodos de atividades, de repousos, e de novas atividades [...] a expansão e a contração do universo, a inspiração e a expiração, a vigília e o sono. Em todo o universo há o pulsar da Divindade dando vida a tudo e a todos, num processo rítmico de evolução crescente”.

Vejamos um pouco mais. Conforme os seus ensinos, o Segundo aspecto do Logos, Atma, o princípio espiritual, “é força potencial que a tudo envolve e impulsiona, constrói e destrói, permanecendo como pano de fundo presente nos planos da natureza”. Força que se manifesta como “atração e repulsão” e, como estímulo vivificante, “dá ao Terceiro Logos os atributos de nascimento, crescimento, decadência e morte”. Destarte, é o mesmo ensinamento que, com muita propriedade, reza que a criação é um puro ato de amor do Criador: “Deus doou-Se por amor ao universo criado” – deixando-nos sem entender como é possível a existência de um amor que constrói e ao mesmo tempo destrói, impregnando a criação de decadência e morte, ainda que visando a reconstrução, uma vez que gera também dor, instabilidade e desordem – inegáveis e injustificáveis sacrifícios para o ser em evolução.

E continua o pensamento teosófico a nos informar o que é verdadeiro, porém inexplicável sem a visão monista: “A construção, destruição e renovação de tudo num todo ordenado, é um processo do poder divino, manifestado a partir do plano átmico” – o poder destrutivo não poderia advir da inteligência divina e imputá-lo às forças rebeldes do AS nos parece ser a única forma de resguardar a plenitude do poder e da Sabedoria de Deus, continuamos a insistir.
Além do paradoxo da destruição, a incompreensível fragmentação do Todo também está explícita no pensamento teosófico: “A vida está presente em tudo e se manifesta como frações da Vida Una, provenientes da Divindade”. Ora, por que a Vida Una se fracionou no universo físico, afinal? Não nos parece isso um movimento inadequado que somente gera dificuldades em sua laboriosa recomposição?


Ademais de fracionar-se, Deus desfaz em seus filhos a potência da origem, contraindo-os nos planos inferiores de Sua criação, sem que saibamos exatamente por que: “Quanto menos sutil um plano da natureza menor o seu poder vibratório”. Assim o Senhor cria planos menores, contraídos e em contrastes, fazendo com que a infância e a juventude do ser em construção evolutiva se oponham com tamanha veemência à sua maturidade, movidas por interesses divergentes, impondo dificuldades aos Seus rebentos em crescimento, pertinente contradição que apenas a existência de um erro de origem pode justificar, como já abordamos.
Embalar a criação pelo caos e pela dor, pela construção e pela destruição, não nos parece ser a normalidade do processo genético divino, pois, nós que copiamos o Seu modelo, não agimos assim para criar. Basta, contudo, inserir a derrocada do espírito para que tudo se normalize e nos bastemos de compreensão, ao entender que estamos na gênese secundária, a física, contaminada pelos impulsos opostos do AS.


Concluímos que os conceitos teosóficos, demonstrando que vivemos em um universo antagonizado, evidentemente estão corretos e são um retrato fiel de nossa realidade, perfeitamente aferidos em a A Grande Síntese, porém se acham incompletos. Não estamos negando todos esses fatos, mas apenas considerando que não se pode mais fazer tais tremendas afirmações sem intentar explicar os contra-sensos que geram para a irrefutável lógica que imputamos ao Criador. Não nos bastam mais para fundamentar uma fiel, digna e amorosa atuação esperada Daquele que é a sabedoria e a bondade máximas e inconcebíveis. Por isso necessitamos do pensamento de Ubaldi que melhor nos esclarece, justificando tais enormes paradoxos inseridos no universo em que respiramos, aferindo assim a devida coerência ao processo genético divino. Eis o que falta à teosofia.

O conflito do eu

O conceito de homem apregoado pela teosofia corresponde ao pensamento monista e, enriquecido com os preceitos da queda, aclaram sobremodo a imagem que devemos ter de nós mesmos. Vejamos: como nos ensinou o espiritismo, a teosofia apregoa também que somos espíritos em evolução, utilizando-nos de várias vestimentas provisórias ao longo da estrada do tempo, em busca da edificação de nós mesmos. Entretanto ela visualizou igualmente que em nosso imo brilha uma Luz sagrada, irradiando a Inefável Potência que nos concebeu e nos sustenta na longa caminhada. Portamos, desse modo, nos arcanos da alma trazemos uma porção nobre e divina, chamada pela escola blavatskyana de Eu superior, como em Ubaldi e outras escolas. Diz-nos o Manual Básico de Teosofia: “Pense em você não como pessoa, usando a máscara da personalidade, mas sim como um ser de origem e natureza divinas, sem nascimento nem morte. Somos uma centelha divina saída e ligada ao fogo supremo”. Contudo, agora sabemos, a essa excelsitude inimaginável que nos compõe a alma, agregamos a mácula de nossa inferioridade, oriunda da contração espiritual a que nos impusemos e a qual, com a maceração evolutiva, estamos tratando de consumir.


Entendemos perfeitamente com Ubaldi que, embora contaminados por esses instintos atávicos, não perdemos a nossa natureza essencial, a chama divina que apenas se recolheu nos arcanos do nosso ser: “A mente não corresponde a nossa verdadeira natureza. Somos muito mais que ela” – diz-nos acertadamente a teosofia. Ora, somente a derrocada espiritual pode explicar tal contra-senso, pois Deus não ocultaria o Seu poder aos seus rebentos se não houvesse uma razão para isso. Poderão argumentar que não se disponibiliza recursos fantásticos a crianças que ainda não sabem utilizá-los, mas também nos é dado o contra-argumento de que o mais correto seria apressar a ensiná-las a usá-los e não lhes dificultar o livre acesso, como se simplesmente elas não os merecessem. Assim torna-se claro que Deus obstaculizou o uso do Seu poder àquele que se rebelou contra a lei do amor a fim de resguardar a Sua criação e em defesa do próprio ser rebelde, para que, com ele, não destruísse a si próprio.

E exatamente por isso é que vivenciamos um eu virtual, assim como existimos em um mundo que é irreal. A teosofia nos mostra que compomos personalidades provisórias, meras caricaturas do eu real, agora oculto nas trevas em que nos convertemos. “O Eu real não é a imagem que o espelho reflete. Esta é virtual. O Eu real é muito mais do que a imagem refletida. Podemos quebrar o espelho, que o Eu real continua” – afere-nos com propriedade o Manual Básico.
“Tornai-vos aquilo que já sóis” – recomenda-nos com exatidão a sabedoria teosófica, induzindo-nos a reconhecer o ser de origem e natureza divinas que ressoa nos refolhos de nossa alma, mas não se deteve a nos explicar por que vivemos a ilusão de havê-lo perdido, se assim de fato fomos criados. Eis onde se insere a visão monista que somente vem contribuir com a teosofia e todas as doutrinas já instituídas da Terra, as quais não deseja sobrepor-se.


Os ensinos de Helena Blavatsky reconhecem essa deformação interna que portamos pelas estradas do relativo, e que estudaremos adiante ao adentrarmos a arquitetura interna do eu. Contudo, ela, assim como a visão evolucionista espiritualista, não a considera uma patologia, mas simplesmente um fato natural e inerente à mecânica da vida. “Os arquétipos de criação do nosso sistema solar estão no interior do homem. Este é um museu vivo que contém o repositório real da história da cosmogênese” – diz-nos com muita propriedade a visão teosófica. Todavia é justo ponderarmos que a cosmogênese advém do caos, da fornalha atômica do big bang e não nos parece uma genuinamente e digna herança da inteligência divina. É verdade que somos um depósito ainda vivo do nosso passado, mas este nos fala nitidamente de uma imensa derrocada e nos sufoca a alma de angustiosos sentimentos inferiores.

Somos unidades espirituais em evolução transportando conflitos de difícil solução, oriundos de nosso delituoso passado, sob o sufrágio dos desmandos do ego, a nos exigir renúncias e superações que somente a queda primária explica em sua origem última, uma vez que tais prélios fazem parte de nossa própria e natural inferioridade. Drama cósmico que impregna todo o universo em que vivemos, inclusive as suas paisagens espirituais imediatas ao túmulo. Drama que Ubaldi estuda com impressionantes detalhes em suas obras. Esclarece-nos assim que todos nos achamos enfermos de penúrias espirituais e rebeldias, mas que Deus, em absoluto, assim não nos fez e se vivenciamos tamanhas carências e ímpias batalhas, foi por própria e inadequada escolha.

Por isso compreendemos perfeitamente ao ler no Manual Básico de Teosofia: “Como seres espirituais queremos ‘refinar’ nossas emoções enquanto a matéria que forma nosso corpo astral quer paixões as mais grosseiras. É o conflito humano, o digladiar do homem animal com o homem espiritual, embora ambos estejam integrados, cada um quer uma coisa diferente do outro”. E continua, aferindo-nos exatamente os mesmos ricos conceitos que aprendemos de Ubaldi: “Identificamo-nos tanto com nosso corpo físico, estamos tão crucificados na matéria, que supomos nada mais existir além desse corpo”.

A fantástica tese da derrocada do espírito é o único conhecimento capaz de justificar esse antagonismo do eu nitidamente identificado pela teosofia ao nos afirmar que há na natureza humana um conflito permanente entre um Eu superior e outro inferior. Ela nos aclara acertadamente que possuímos virtudes positivas e negativas e que devemos nos esforçar ao máximo para inibir as negativas e exaltar as positivas, se desejamos apressar a realização do espírito em nosso íntimo. Ora, patenteia-se assim a existência inexorável da negatividade no nosso cosmo, como se fosse unicamente um produto da mente humana, mas é o mesmo ensinamento teosófico que nos afiançou estar a polarização presente nos planos da evolução e nas forças da natureza, como facilmente se pode averiguar. Agora sabemos que quanto mais involuído um plano, mas próximo ele está do AS e não de Deus, sendo esta a única maneira de se resolver com coerência tamanhos dilemas, insolúveis na visão evolutiva.

Se negarmos a tese monista, será preciso imputar tamanhos paradoxos à inteligência divina, aceitando que o Senhor nos criou em condição de imensa e lamentável penúria espiritual e ainda não pôde evitar que o simples fato de atravessar os caminhos primevos da evolução nos contaminasse com a inferioridade e a dor, promovendo-nos os imensos antagonismos com os quais agora nos debatemos.

Os conceitos teosóficos são ricos de ensinamentos que não podem ser desmerecidos, mas vemos, enfim, que eles carecem abraçarem-se ao monismo a fim de continuarem atendendo às necessidades de entendimento do espírito que cresceu. Por isso os ensinos de Ubaldi se tornam indispensáveis ao nosso intelecto e não podem mais ser ignorados pelo homem atual, em qualquer uma de suas escolas.

Paradoxo da impureza

É imprescindível concordar que a descida da mônada na matéria a contamina, sem que compreendamos as razões de tão estranho fato, pois Deus não deveria criar produtos impuros, considerando-se que o universo físico também é um produto de Sua imaculada inteligência. “Seus corpos inferiores ofuscam o brilho de sua essência divina, o verdadeiro espírito do homem, a mônada” – diz o Manual de Teosofia. Uma vez obscurecidos pelas imperfeições da matéria, “a ampliação da consciência para entrar em contato direto com a Mente universal requer disciplina constante, com a purificação de nossos veículos e a prática da Ioga até que cheguemos a níveis superiores” – continua a nos explicar a referida obra.


Os corpos inferiores que a sabedoria divina disponibiliza para a educação da mônada tenra, recém-saída de seu berço sagrado, de modo incompreensível, lhe maculam a pureza de origem, gerando o que chamamos paradoxo da impureza, pois não entendemos o que levaria um pai a cobrir seu amado filho com vestes impróprias, se assim não nos comportamos com os nossos rebentos. Este é o mesmo paradoxo da expiação que já identificamos no espiritismo e integra toda visão de mundo exclusivamente evolucionista.

A teosofia também anteviu muito bem que nos impurificamos ao atravessar os reinos inferiores da vida universal e reconhece nossas necessidades de depuração, mas não pôde encontrar as razões mais profundas para tão estranho fato, incompatível com o amor divino. Afinal, por que nossos corpos inferiores são impuros e imperfeitos?

“Quanto mais purificamos e controlamos nossos corpos inferiores, portanto, mais resultados nobres de experiências vividas transmitiremos ao corpo mental superior e, conseqüentemente, maior será o desenvolvimento deste [...] Em virtude das próprias condições ainda não purificadas do homem, o poder Átmico não se expressa em plenitude [...] apenas pela purificação dos veículos da personalidade essa energia maior pode refletir melhor todo o seu poder” – afirma com exatidão a obra citada, a qual nos recomenda com veemência os métodos de purificação da alma – alimentação, exercício físico, higiene e meditação – sem nos explicar por que as próprias leis da vida nos contaminaram no sagrado dever de evoluir e ascender.

Acertadamente, porém, ela nos esclarece que o nosso Eu superior está sempre pronto a influenciar a personalidade, o nosso eu inferior: “Enquanto este não se tornar um receptáculo adequado, não se purificar, não conseguirá receber a água cristalina da Individualidade sem turvá-la, não conseguimos manter água pura colocando-a em copo sujo”.

Além de contaminados pelo mergulho na carne, carecemos agora de libertação, nos elucida muito bem o ensino teosófico: “Uma das funções de Átma é a libertação do espírito”. E complementa, aclarando que: “Ao falarmos de libertação estamos nos referindo à sua expressão escoimada de todos empecilhos impossibilitadores de manifestação consciente e que costumam estar presentes em todos os veículos, sem exceção”.

Como vemos, a teosofia caminha entre conceitos que julgamos elevados e corretos, contudo, ela não pôde penetrar na essência da fenomenologia universal, divisando os últimos porquês de todos os seus paradoxos, permanecendo no mesmo ponto em que se deteve a doutrina espírita. Naturalmente que ambos não estão errados, mas apenas lidando com verdades incompletas para as quais a maturidade humana exigirá melhores explicações.

A queda monádica

Surpreendentemente, assim como o espiritismo, a teosofia encontrou-se com a queda do espírito, embora os estudos blavatskyanos não tenham lhe dado a devida ênfase e a clareza que lhe proporcionou Ubaldi. Estaciona-se assim a inspirada revelação teosófica em prospectivas inconclusas por lhe faltar justamente esta chave, indispensável para se abrir os segredos da compreensão de Deus e do universo, até o máximo possível aos nossos dias. Vejamos:


A teosofia nos mostra com evidência que a evolução se segue a um processo de descenso involutivo. Embora assim não o caracterize precisamente, ela se refere, por exemplo, que a mônada se veste de corpos físicos para habitar os planos densos e o segundo princípio divino do Logos, o Átma, também desceu à matéria para vivificá-la. Através de um processo de “densificação em busca de vibrações mais densas até consolidar-se no mundo mineral”, a essência elemental igualmente mergulha no reino da matéria bruta, destarte compreende-se o fato como uma normalidade da técnica da criação divina, não se detendo a teosofia a questionar a sua improbidade do ponto de vista da sabedoria suprema. Se entendemos que o processo representa dor, contração de potencialidades e significativas limitações para o ser, excitando-o às mais terríveis necessidades e às árduas lutas evolutivas, então somente uma grave revolta espiritual poderia justificar tamanhos males perante a equânime justiça de Nosso Criador.
Reconhece a teosofia que os “mundos inferiores são feitos de vibrações perniciosas” e quanto mais involuído é um ser mais inconsciente ele é. “O homem é um prisioneiro do mundo físico”, nos diz ela – entretanto não se pode mais fazer essa tremenda afirmação sem intentar explicar tal imposição sob a ótica da perfeição de Deus, pois um pai verdadeiramente bondoso não cria situações embaraçosas e “vibrações perniciosas”, para impor aos filhos do seu amor, exigindo-lhes o exaustivo trabalho evolutivo para delas se libertarem.


Ao descrever o processo genético do espírito no bojo de Deus o ensino teosófico nos diz também que possuíamos a integralidade do poder divino, mas seguramente a perdemos: “Na ideação cósmica, como Mônadas, fazíamos parte do Fogo Supremo. Éramos integrantes da Divindade e trouxemos Dela todos os seus aspectos”. Do espírito, imediatamente depois de criado no seio divino, flui “um impulso energético, despertando nele uma aspiração ardente para manifestar-se nos planos inferiores da natureza [...] não é uma força de fora para dentro, mas de dentro para fora que emana do âmago do Ego, como reflexo da vontade divina em se manifestar”. Ora, mais uma vez, não podemos conceber como esse anelo de vida que impulsiona o ego a se expressar na forma, chamado trishna, possa ser reflexo de um genuíno desejo de Deus. Por que o Criador nos desejaria presos nos planos inferiores e densos? Achamos mais lógico que se trate de uma necessidade de corrigenda, uma vez que mergulhar na matéria pressupõe a morte da consciência e a perda da plenitude do ser. Esse paradoxo de trishna, como poderíamos chamá-lo, mais uma vez, somente pode ser explicado pela queda, jamais admitido como um mecanismo natural da existência imposto pelo Pai aos Seus amorosos rebentos.

Afirma-nos ainda o pensamento teosófico que o espírito se encontra crucificado na matéria, sendo este o sentido esotérico da crucificação – “A Divindade queda encarcerada na matéria, crucificada na matéria” – “o espírito está enclausurado na matéria”. Crucificação que representa também perda da consciência plena: “Ao utilizar-se de princípios e corpos mais densos para aquisição de experiências em mundos mais espessos, sua consciência é velada”. E além de tão severa restrição, o ser perdeu também a glória com a qual foi criado: “A mônada é onisciente e onipresente no mundo monádico, mas inconsciente nos demais planos da natureza, isso desde os primórdios da evolução. Mas ‘voltará’ ao regaço do Pai, gloriosa”. Evidentemente que tais conceitos somente podem ser aceitos mediante a tese secessionista e jamais admitidos segundo pressupostos de uma visão exclusivamente evolucionista.

Continuando a examinar os seus ricos postulados, podemos, todavia, verificar que eles escondem em suas entrelinhas exatamente a teoria da queda de Ubaldi: “No mineral a vida está crucificada na matéria em seu ponto máximo. Este é um dos múltiplos significados da crucificação. O mundo foi criado pela ação do terceiro aspecto do Logos e o impulso da vida proveniente do segundo aspecto da Divindade está crucificado na matéria. Deus cria mundos, crucifica-se nesses mundos, mas transcende-os não se restringindo neles” – como entendemos agora, Deus não se crucificaria na matéria em um regime de normalidade, coisa incompatível com a Sua Sabedoria suprema. Deus é espírito e somente poderia criar espíritos, jamais a matéria, que, existindo como potencial nulo, foi desenvolvido pelo próprio ser falido. Então o Criador se crucificou nos mundos físicos por amor aos filhos caídos, somente para resgatá-los, jamais para gerá-los. Eis o detalhe que falta ao pensamento teosófico, como também faltou à doutrina dos espíritos e coube a Ubaldi a tarefa de nos alertar.

Destarte é preciso considerar que a intuição teosófica intentou encontrar os motivos que levam o Criador a se crucificar na matéria e a mônada a condensar-se nos túmulos físicos, onde encontra verdadeiramente a sua “morte”. Embora alguns estudos mais aprofundados nos revelem que esta foi uma opção dada ao espírito ao ser criado, o pensamento teosófico conclui tratar-se de uma experiência necessária ao ser para a aquisição do conhecimento e o completo domínio da criação. Observemos o que nos diz o Manual Básico: “A Divindade ‘crucifica-se’ nos mundos mais densos, por meio da extensão de seus filamentos, penetrando nos planos mais compactos da natureza. À medida que ‘descem’ revestem-se esses prolongamentos de véus cada vez mais espessos, formam ‘centros especializados’ de matéria relativa aos planos onde irão autuar e, ao mesmo tempo, auferir as experiências facultadas por cada plano”.

Embora inconsciente nos planos densos e crucificada na carne, “a mônada voltará ao seio do Pai, gloriosa por responder e dominar as vibrações de todos níveis do universo” – mas, se fomos criados com a consciência plena e saímos para readquiri-la, o processo se torna ainda mais incompreensível, não se justificando todas as dores geradas, o mal que conhecemos e o cansado do retorno. “É que apenas vivenciando e armazenando experiências nos vários planos da natureza, poderá um dia dominá-los, tornando-se onisciente e onipresente nesses vários mundos” – insiste o argumento teosófico, gerando um insustentável sofisma.

Persistindo no tema, a teosofia tenta nos persuadir de que a mônada “carece da experiência na matéria para se tornar um Logos governante de um sistema solar”, pleiteando a compreensão exata da necessidade de tão dura lição. Será, então, que não retornaremos jamais ao absoluto, permanecendo entre as tumultuosas paisagens siderais relativistas, contorcidos nas malhas do espaço e presos nas volutas do tempo, como engenheiros de mundos físicos, manipulando fornalhas atômicas e intentando dominar forças telúricas e caóticas e para sempre? E se estamos destinados a nos tornarmos essências puramente espirituais e habitantes do reino de Deus, entretecido na mais pura Imponderabilidade, então, convertermo-nos em fabricantes de mundos físicos nos gélidos espaços siderais, nos parece mais um castigo do que uma glória, pois estaríamos predestinados a viver exclusivamente nas tristes paisagens do relativo.
A teosofia corretamente coloca a queda de Adão na matéria, e não como símbolo exclusivo de uma raça humana falida, como o fez o pensamento espírita, todavia ela concluiu que Adão comeu o fruto proibido apenas por que precisava adquirir conhecimentos. Embalados pela lógica da queda espiritual, diríamos que a inspiração que move os ensinos teosóficos foi ludibriada pelo nosso inconsciente profundo e derrocado que busca subterfúgios para abonar nossa lamentável condição, afastando-nos, por orgulho, das reais causas que poderiam de fato justificar a nossa precipitação e prisão na matéria.


Será que somente a necessidade de experiência poderia afiançar a dor, o mal e o caos? Deus realmente necessita de se imolar nos redemoinhos físicos para viver tal experiência conosco, enriquecendo a Sua e a nossa inteligência com esse tipo de conhecimento? Careceríamos de fato de aprender a dominar a matéria simplesmente para abandoná-la depois? Preferimos acreditar na impropriedade de tal proposta, admitindo a tese secessionista que se nos apresenta muito mais lógica, conferido a mais perfeita coerência à obra divina.

A tese da experiência necessária se compara a tentarmos ajuizar que somente dominaremos os vícios vivendo-os intensamente, chafurdando-se em seus males e sofrendo todas as suas terríveis conseqüências. Podemos deduzir que tamanho prejuízo não nos convém e seguirmos adiante, angariando lucros e evitando enormes dissabores e dores para a nossa vida. Portanto, é possível que, para o espírito criado puro, a matéria e seus inadequados planos densos não fossem uma necessidade premente a se vivenciar para se adquirir o conhecimento pleno, uma vez que detínhamos a ciência infusa. Assim preferimos a proposta de Ubaldi a qual nos parece muito mais compatível com a inteligência de Deus.

E ainda mais, se a passagem pelos planos inferiores da evolução fosse uma experiência imprescindível à aquisição da sabedoria máxima, ela não poderia nos ser um peso e muito menos nos servir como veículos de contaminação. É inegável que, os cenários da vida física com suas coerções e dores se assemelham muito mais a institutos de corrigendas para seres que caírem em graves erros e passaram a se alimentar de perigosas intenções do que a uma aprazível escola de enriquecimento para a alma. Por isso, além de um campo de experimentações, sem que saibamos exatamente por que sem a tese secessionista, a vida é um pugilato de tremendos embates físicos e espirituais que forjam em nós a atuação exclusiva nas peias do amor sublimado.
Destarte, em momentos de acertada intuição a teosofia aproximou-se da cosmovisão monista, ao considerar, por exemplo: “Como Mônadas, fizemos a nossa escolha. Não foi algo imposto de fora para dentro, mas sim um ímpeto interno que nos projetou à manifestação na arena da vida” – aferindo-nos, assim, com clareza, que tamanha desdita, a desventura de se reconstruir em meios aos escombros do universo físico e vivenciar a perda da consciência plena com a qual somos criados, não nos foi simplesmente uma experiência imposta pela bondade divina, mas sim uma opção nossa ao rompermos o pacto da existência e impulsionarmo-nos ao inadequado e desmedido crescimento do ego, depois de recém-criados no Sistema.


Por isso a Escola teosófica reconhece que a vilegiatura física é uma jornada de retorno à casa do Pai e não de ida, da qual estamos vibratoriamente muito distantes. Claramente ela nos diz: “Como seres saídos do seio do Pai, a Ele estamos ligados e, um dia, para Ele voltaremos já que, em essência, somos eternos”. Ora, se somos Filhos do Eterno e estamos voltando, algo motivou a nossa retirada da Eternidade, pois Nosso Pai não nos enxotaria de nosso lar e muito menos nos teria gerado fora dele. Mas agora sabemos que, na verdade, nós é que pedimos nossa herança e nos evadimos da Mansão divina. Por isso está correta a teosofia ao nos afirmar: “Desde que ‘saímos da casa paterna’ até o presente, a vontade está em nosso interior, fazendo parte de nosso eu [...] O homem sente-se órfão [...] Que futuro esplendoroso aguarda o homem em sua volta à casa paterna!”

Eis que se aclara de forma evidente a tremenda maceração evolutiva que a lei de Deus nos impõe: “Sem resistência não há evolução e isso se aplica muito bem à nossa vida terrestre. Enfrentando os obstáculos advindos da luta pela sobrevivência, procurando conviver serenamente com as intempéries do dia-a-dia, cultuando a saúde física e mental, agindo com os ditames de justiça da consciência, enfim, atuando na arena da vida física com a ‘reta ação’, é que fazemos a melhor semeadura para florescimento de nossa alma na escolaridade da vida [...] Cercado de glórias e fracassos, conquistas e perdas, vitórias e derrotas, na contenda da arena do ‘mundo de César’, o homem caminha para o seu grande destino: a volta à casa paterna” – atesta-nos acertadamente o Manual de Teosofia aferindo a realidade da vida humana e as acerbas condições a que estamos submetidos. Destituídos da glória divina, da vida esplendorosa na Eternidade, vivemos embalados pela dor, pelo desterro, submersos na inexpugnável nostalgia de Deus, do bem, do amor e da paz. Ora um Pai que é a bondade infinita não nos criaria com tamanha desdita, e não nos reservaria a vida gloriosa somente depois de crescermos.
E, ademais, podemos compreender que se “nós mesmos criamos as condições kármicas cujas resultantes desencadearam o panorama dessa nossa existência”, como nos afirma a teosofia, então se torna fácil aceitar que, extrapolando essa verdade universal para a realidade em que estamos inseridos, nós é que fomentamos o carma cósmico da matéria, uma vez que somos os artífices do AS e todos os seus males e não a grandeza do amor divino.


Eis que com a visão monista tudo isso agora se nos aclara, e podemos aferir a exatidão de todas as informações veiculadas pela teosofia, auferindo assim imenso consolo para a nossa alma.

Evolução monádica


Encerrando nosso parecer sobre a rica doutrina teosófica, nos cabe comentar ainda que, como todas as visões evolucionistas, ela propôs igualmente a técnica evolutiva como norma do processo genético da criação divina. Assim todas as Mônadas, passam pelos reinos inferiores da matéria e da vida para atingir a perfeição, seguindo caminhos idênticos de realização progressiva.
Desse modo a hipótese da queda de posição relativa a que nos referimos ao estudar os paradoxos do monismo, não se enquadra em seus postulados, pois todas as mônadas em queda teriam iniciado os seus passos em uma única posição no reino físico, a mais inferior possível. E todas percorreriam os mesmos degraus do edifício evolutivo, do mineral ao vegetal, animal, hominal atingindo os Platôs superiores, Átmico, Búdico, Monádico, terminando no Divino. Partindo de sete almas-grupos básicos, elas despertam paulatinamente pela evolução, através da individualização, o processo de construção da personalidade – “Na evolução a vida estagiou em múltiplas formas de consciência crescentes dos mais simples minerais aos mais evoluídos animais, até o homem” – explica-nos, com clareza o Manual Teosófico.


Embora a teosofia tenha se referido a espíritos que não encarnariam no reino humano (os devas, os elementais e os espíritos da natureza) e não tenha se detido a nos explicar melhor o fato, todos estariam submetidos à evolução, não havendo aqueles que dispensariam a construção progressiva. Dessa forma, assim, como a visão espírita, a teosofia não se refere a espíritos falidos e não-falidos e à distinção de uma gênese no absoluto e outra no relativo, como o fez a teologia cristã e a síntese monista corroborou.

Acreditamos que, uma vez que abandonamos a tese da queda de posição relativa e passamos a adotar a do potencial relativo, ainda com Ubaldi, corroboramos perfeitamente a escalada progressiva do devenir descrita pela teosofia, embora compreendamos que o gradualismo darwiniano necessite abraçar-se ao conceito de equilíbrio pontuado para se fazer coerente, como também já vimos ao estudar as incongruências do materialismo científico.

E, finalmente, é preciso considerar que a tese monista resolve muito bem o intrigante conceito de alma-grupo suscitado pelo pensamento teosófico, assim como convidamos os estudiosos do monismo a incorporar tal fundamento aos seus preceitos, enriquecendo-os por sua vez. Já vimos, porém vale a pena repetir: podemos pressupor que, com a queda, a mônada perdeu a sua organicidade, desfazendo-se sua unidade coletiva e, sem diferenciação orgânica, transmudou-se em um substrato elementar simples e aparentemente inerte e bruto, indistinguível de todas as outras. Por isso os seres caídos se converteram, nos primórdios de suas manifestações físicas, em uma massa informe e homogênea, vivendo nos baixos níveis da matéria como mantos de eus indiferenciados que a teosofia denomina alma-grupo. A evolução, contudo, trabalhando para despertar a Divindade íncita em cada um dos seres contraídos, paulatinamente lhes resgata a consciência adormecida, devolvendo-lhes o instinto de organicidade, fazendo-os passarem do indistinto ao distinto, do “não-ser” ao “ser”, do impessoal ao pessoal, do inorgânico para o orgânico e do imperfeito para o perfeito.

Assim, como vimos na teoria unificada da evolução, as almas-grupos, evolvendo, liberam suas Mônadas indiferenciadas, desfazendo sua aparente homogeneidade, fenômeno que a teosofia caracterizou como a individualização. Sob a ótica monista, compreendemos que o fato deve estar correto, porém, trata-se nitidamente de uma reconstrução de uma individualidade que existia anteriormente à queda e que, na verdade jamais se perdeu, apenas se retraiu em sua manifestação original, perdendo sua organicidade. O tema se abre em uma visão detalhada dos panoramas da queda e da evolução, a qual deixamos a fim de não desviar notadamente o caminho que ora traçamos.

OUTRAS FONTES:


http://vislumbresdaoutramargem.blogspot.com/2007/09/teoria-dos-universos-mltiplos.html
http://www.guia.heu.nom.br/superconsciencia.htm
http://www.guia.heu.nom.br/evolucao_espiritual.htm
http://www.oarquivista.com/htdocs/o_arquivista_21/engenheiros_siderais.html
http://www.espiritismoegenetica.espiridigi.net/1-7-evolucao-principio-inteligente.html
http://www.ubaldibh.org/default.asp?id=3&mnu=3&ACT=5&content=17

LIVROS

1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, itens citados;

2. O QUE É O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Inst.Dif.Esp, 5a.ed.,Araras/SP, 1978;

3. AGONIA DAS RELIGIÕES, de J.Herculano Pires, Ed.Paidéia, São Paulo/SP,Cap.4;

4. O PONTO DE MUTAÇÃO, de Fritjof Capra, Ed.Cultrix, São Paulo/SP, Cap.2, 1982;

5. EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS, de André Luiz/F.C.Xavier, Cap III, VI e VII;

6. A EVOLUÇÃO ANÍMICA, de Gabriel Delanne, Cap I;

7. DO SISTEMA NERVOSO À MEDIUNIDADE, de Ary Lex;

8. REENCARNAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES, de Ricardo di Bernardi;

9. A EVOLUÇÃO DO PRINCÍPIO INTELIGENTE, de Durval Ciamponi, Ed. da FEESP/SP;

10. AGONIA DAS RELIGIÕES, de J.Herculano Pires, Ed. Paidéia, SP, cap. 4;

11. PONTO DE MUTAÇÃO, de Fritjof Capra, Ed. Cultrix, SP, Cap 2, 1982;

12. A CAMINHO DA LUZ, de F.C.Xavier/Emmanuel, Cap. 1 e 2;

13. O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR, de Léon Denis, Cap. IX, página 14.

14. A GRANDE SÍNTESE – PIETRO UBALDI.