domingo, 28 de setembro de 2008

VIDA PÓS-MORTE E REENCARNAÇÃO


Os egípcios acreditavam que cada pessoa tinha um corpo físico e um ‘ka' – uma força de vida que continuava após a morte. Este ka precisaria da mesma sustentação que uma pessoa viva, além de entretenimento e os instrumentos de seu comércio.


Todos estes itens eram colocados em sua tumba. Principalmente, o ka precisaria se reunir com o corpo físico, e é por isso que os corpos eram mumificados.


Os mortos tinham que se juntar ao seu ka para alcançar vida depois da morte mas, como o corpo físico não poderia fazer a jornada da tumba para o submundo, o ‘ba' da pessoa, ou personalidade, o fazia.


Quando o ba e ka se uniam, eles faziam a jornada final para o céu, luz do sol e estrelas, onde os mortos ressuscitavam como um ‘akh' (ou espírito) e viviam para sempre.


A vida após a morte é fundamental na crença judaica. A criação do homem atesta a vida eterna da alma.


A Torá diz: "E o Todo Poderoso formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas a alma da vida". Neste versículo, o Zôhar declara que "aquele que sopra, sopra de dentro de si mesmo," indicando que a alma é na verdade parte da essência de D'us. Como Sua essência é completamente espiritual, e não-física, é impossível que a alma possa morrer. Esta é a idéia que o Rei Salomão queria transmitir quando escreveu: "O pó retornará ao solo como antes, e o espírito retornará a D'us que o concedeu." (Cohêlet 12:17).


Na morte, a alma e o corpo, que formavam uma entidade, se separam. O corpo é enterrado e volta à matéria perdendo toda sua conexão com a Vitalidade. Já a alma é eterna, e se transfere deste mundo para o próximo, um mundo totalmente espiritual. Essa transferência se dá por etapas: enquanto o corpo passa por um processo lento de decomposição essencial para a separação gradual entre corpo e alma, a alma judaica passa por vários estágios se desligando gradualmente deste mundo: primeiro a morte, depois o enterro, 3 dias após a morte, uma semana após a morte, 30 dias após a morte, 3 meses após a morte, 11 meses após a morte, e finalmente um ano após a morte.


A REENCARNAÇÃO E A IMORTALIDADE


XV –CONGRESSO - ESPANHA –
LA REENCARNACIÓN Y LA INMORTALIDAD
XV – CONGRESO - ESPAÑA

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar, agora, e fazer um novo fim” – Chico Xavier.
Charles Richet – século XVIII – Pai da Metapsiquica falando da mudança do homem de um século para outro. Disse tudo aquilo que negamos em um século aceitamos no outro.
Hamendras Nat Barnejee – Pesquisador da Universidade de Jaipur em Rajastran na Indía-Pesquisou 116 casos de reencarnação de crianças com marcas de nascença- comprovando a Reencarnação. E ao todo mais de 1.ooo casos. Mudou-se para os Estados Unidos dando continuidade as suas pesquisas.
Estudando a reencarnação na Universidade Estadual do Colorado (USA), MAURICE L.ALBERTSON e KENNETH P. FREEMAN (1988), testaram algumas hipóteses e contra hipóteses chegando a conclusões semelhantes a outros pesquisadores que se utilizaram de métodos diferentes. Tais hipóteses e contra-hipóteses foram, aplicadas aos diversos estudos existentes sobre a reencarnação bem como à gama de fenômenos psíquicos. Revolvendo a história da humanidade, as mais diferentes religiões, filosofias, e os diversos fenômenos ditos paranormais, eles encontraram concordâncias precisas (padrões) sobre a reencarnação. São os seguintes os padrões encontrados pelos dois pesquisadores:


1. O ser humano consiste pelo menos em duas partes distintas: um corpo e um espírito;


2. O Espírito é uma entidade não física, existe e pode funcionar independente e à parte do domínio físico;


3. O Espírito pode tomar decisões e escolhas acerca da sua situação, tanto em relação ao mundo físico quanto ao domínio espiritual, desde que não viole as leis causais básicas;


4. O Espírito se separa do corpo físico após a morte;


5. O Espírito junta-se ao corpo físico, no processo do nascimento;


6. O Espírito conserva sua memória de todas as fases da sua existência prévia;


7. O Espírito tem dois modos ou oportunidades de aprendizagem: experiências no mundo físico e experiências no domínio do espírito;


8. O Espírito pode aprender os princípios teóricos básicos de viver no domínio espiritual e pode aprender a aplicação prática desses princípios no mundo físico;


9. Os pensamentos e ações do espírito numa vida terão conseqüências na sua escolha de circunstâncias para quaisquer vidas subseqüentes;


10. O Espírito escolhe cuidadosamente as circunstâncias iniciais-corpos, família, etc. - de uma vida física que iniciará;


11. Um Espírito pode receber assistência, na decisão de reencarnar, de guias espirituais;


12. Objetivo principal da vida de um espírito é aprender e praticar o amor incondicional a todas as pessoas, incluindo a si próprio;


13. Enquanto no domínio espiritual, o espírito tem oportunidades de ajudar àqueles que se encontram no mundo físico;


14. Há vários níveis de existência espiritual, após a morte do corpo físico, onde o espírito pode habitar;


15. A situação de um espírito num nível de existência espiritual, após a morte do seu corpo físico dependerá da sua evolução na época da morte;


16. A Evolução do Espírito, num dado momento, é determinada em grande parte, mas não totalmente, pelas ações e pensamentos passados;


17. O nível mais baixo da existência espiritual, disponível para um espírito, é um estado de ligação próximo à matéria;


18. Espíritos que penetram níveis mais elevados da existência espiritual, após a morte do corpo físico, escolhem fazer isso com assistência dos guias espirituais;


19. Num estado ligado a Terra, isto é, desencarnado, à espera de reencarnar de novo, um espírito pode encaixar-se numa das várias atividades, por exemplo:


a) ligação aos espíritos nos corpos;


b) esconder-se com medo do contato com outros espíritos;


c) vaguear de lugar para lugar, tentando comunicar-se com espíritos que deixam os corpos físicos.


21. Nos níveis mais altos da existência espiritual, um espírito pode aprender os princípios de viver em qualquer dos templos da sabedoria (cidades espirituais) sob a proteção dos guias espirituais.


22. Os Espíritos preferem a existência nos níveis mais altos do domínio espiritual do que a existência no plano da matéria e escolhem retornar ao plano físico para poderem avançar em sua aprendizagem.


Surpreendente tais padrões coincidem com as afirmações do Espiritismo. Os autores não relacionaram na bibliografia de seu trabalho nenhum livro de Allan Kardec ou mesmo de obras complementares à Codificação espírita. Se de um lado tal omissão reflete a abrangência relativa ao trabalho, de outro, serve como demonstração da coerência dos resultados e da universalidade das teses espíritas. – Pesquisas extraídas do Livro Reencarnação – Processo Educativo – do Escritor Adenáuer Novais-Salvador-Bahia-Brasil.


Presente nas diversas culturas, a Reencarnação desafia o tempo, permanecendo viva na história, na mente e nas crenças do ser humano. Desde a mais remota antiguidade até os dias de hoje, ela é a forma mais completa de explicar os diversos fenômenos da vida humana bem como a maneira como a sociedade evoluiu. As civilizações se sucedem, a modernidade, e, no entanto, a reencarnação não desaparece da história. Vejamos a seguir algumas pesquisas realizadas pela Ciência que evidenciam a Reencarnação:



1.Crianças com recordações espontâneas de vidas prévias as quais perduram até a idade próxima da puberdade;

2.Recordações simples em adultos do tipo memória extracerebral;

3.Recordações de adultos ou crianças, acompanhadas de marcas de nascença(birtmarks);

4.Sonhos recorrentes; sonhos anunciadores; sonhos comuns que desencadeiam a memória dos fatos pretéritos ocorridos em vidas passadas;

5.Visões espirituais;

6.O “déja vu” reconhecimento de um personagem local, ligado à encarnação anterior;

7. Situações similares, isto é, vivência de episódios semelhantes, desencadeadores de conteúdos pretéritos;

8. Doenças graves com estado-pré-agônico, delírios, alucinações;

9. Desdobramentos, viagens astrais;

10. Informações de espíritos que estão fora do corpo, de sensitivos ou do próprio reencarnante, antes ou depois de morrer;

11. Características inatas; genialidade, defeitos congênitos ou marcas de nascença, embora sem recordação;

12. Qualidades, defeitos, modo de ser ou características psicológicas trazidas de vidas passadas (aptidões inatas);

13. Psicanálise ou análise terapêutica muito profunda;

14. TVRP – Terapia Regressiva a vivências passadas;

15. Casos de obsessão espiritual;

16. Hipnose com regressão de memória;

17. Ação das drogas diversas, inclusive, anestésicos;

18.Traumas violentos;

19.Lembranças durante a gestação;

20.Meditação: êxtase religioso, transe com emersão de personalidade anterior.

As pesquisas sobre a Reencarnação não cessam nestas evidências apontadas. O campo de trabalho nesta área cresce dia a dia. A Medicina, a Genética e a Psicologia Transpessoal vem sendo convocadas para oferecer o contributo das suas pesquisas. Acreditamos que nos próximos dez anos teremos à Ciência oficial declarando esta importante descoberta como antes dissera Jesus a Nicodemos: “É necessário nascer de novo”. E Allan Kardec a confirmou em “O Livro dos Espíritos”, declarando que somente com a Reencarnação entendemos melhor a Justiça de Deus e a Evolução da humanidade. Salve Kardec neste ano de aniversário dos 150 anos de “O Livro dos Espíritos”!



João Cabral
ADE-SERGIPE
Aracaju-Sergipe-Brasil
Em: 07.01.2008
Website: www.ade-sergipe.com.br

O Renascimento


As sucessivas reencarnações acontecem devido a um processo cósmico. A roda de vidas e mortes existe para que a natureza possa desenvolver-se através de repetições das experiências. Morrendo, o homem joga fora velhas roupas e, em seguida, veste novas. O caminho percorrido nos ciclos da reencarnação conduz das trevas à luz, da morte à imortali dade.


Quando acontece a morte física, o corpo material se dissolve, mas os corpos sutis, a mente, a consciência, continuam ligados. Aos poucos, em intervalos de tempo que dependem do Karma, alguns destes corpos sofrem "mortes" sucessivas. Mas a centelha divina, Jivatman, em torno da qual constituem-se os corpos sutis e físicos, vai aos poucos, se libertando, levando consigo as experiências acumuladas. Como pedra arremessada, dependendo da energia de impulsão, o Jivatman, sube ao plano mais sutil que sua con centração de energia permita, até que a força da gravi dade o atraia novamente, ao mundo da matéria, das ações e desejos, num novo renascimento.


O corpo físico, morada do Jivatman, compõem-se de ar, água, fogo e éter. Nesta morada estão os sentidos, através dos quais o corpo entra em contato com o mundo ex terior e transfere o resultado em imagens mentais, acumu lando experiências. Depois de inúmeras mortes e renascimen tos, cansado de peregrinar, chega à compreensão da ilusão das vidas e mortes, dos ciclos e renascimentos. Aqui começa o caminho da libertação, de dissolução do Atamn indivi dual no Todo, no Absoluto, do qual o indivíduo nunca esteve separado, a não ser pela ignorância,avidhia.

A reencarnação não é de origem ocidental foi emprestada das religiões orientais, principalmente hinduísta.


É o mesmo que:


· “palingenesia”,
· pluralidade de existências,
· vidas sucessivas,
· transmigração da alma.


A Alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, pode acabar de depurar-se sofrendo a prova de uma nova existência. Depurando-se, a alma indubitavelmente experimenta uma transformação, mas para isso necessária lhe é a prova da vida corporal. Todos contamos muitas existências. Os que dizem o contrário pretendem manter-vos na ignorância em que eles próprios se encontram. Esse o desejo deles.



As nossas diversas existências corporais se verificam em diferentes mundos.


Há milhões de almas humanas que se não afastaram, ainda, da Crosta Terrestre, há mais de dez mil anos. Morrem no corpo denso e renascem nele, qual acontece às árvores que brotam sempre, profundamente arraigadas no solo. Recapitulam, individual e coletivamente, lições multimilenárias, sem atinarem com os dons celestiais de que são herdeiras, afastadas deliberadamente do santuário de si mesmas, no terreno movediço da egolatria inconsequente, agitando-se, de quando em quando, em guerras arrasadoras que atingem os dois planos, no impulso mal dirigido de libertação, através de crises inomináveis de fúria e sofrimento. Destroem, então, o que construíram laboriosamente e modificam processos de vida exterior, transferindo-se de civilização (André Luiz).


A cada nova existência corporal...


· A Alma passa de um mundo para outro,
· ou pode ter muitas no mesmo globo.


A Alma pode viver muitas vezes no mesmo globo, se não se adiantou bastante para passar a um mundo superior. Podemos reaparecer muitas vezes na Terra. Podemos, inclusive, voltar a este, depois de termos vivido em outros mundos.



Se não progredistes, podereis ir para outro mundo que não valha mais do que a Terra e que talvez até seja pior do que ela.

Podemos pensar se seria mais feliz permanecendo na condição de Espírito, sem reencarnar. Porem, estacionar-se-ia e o que se quer é caminhar para Deus.

Os Espíritos podem encarnar em um mundo relativamente inferior a outro onde já viveram, quando em missão, com o objetivo de auxiliarem o progresso, caso em que aceitam alegres as tribulações de tal existência, por lhes proporcionar meio de se adiantarem.

É variável o número das encarnações para todos os Espíritos. Aquele que caminha depressa, a muitas provas se forra. Todavia, as encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porquanto o progresso é quase infinito.

Algumas vezes a Alma reencarna imediatamente, porém, de ordinário só o faz depois de intervalos mais ou menos longos. Nos mundos superiores, a reencarnação é quase sempre imediata. Sendo aí menos grosseira a matéria corporal, o Espírito, quando encarnado nesses mundos, goza quase que de todas as suas faculdades de Espírito, sendo o seu estado normal o dos sonâmbulos lúcidos entre vós.

A reencarnação, em situações específicas, tem como finalidade, também, a de servir de refúgio ao espírito obsidiado no plano espiritual, além de proporcionar oportunidade de melhoramento, conforme exemplos a seguir:


Passagem ocorrida com Marcelo, um espírito encarnado, em estado de emancipação, segundo André Luiz:

... "A simples reaproximação dos inimigos de outra época altera-lhe as condições mentais. Receoso, aflito, teme o regresso à situação dolorosa em que se viu, há muitos anos, nas esferas inferiores, e busca, apressado, o corpo físico, à maneira de alguém que se socorre do único refúgio de que dispõe, em face da tempestade iminente. Os espíritos erradios bateram em retirada, e tornamos ao interior doméstico, onde encontramos o jovem tomado de contorções.
Abracei-o, como se o fizesse a um filho querido.
O ataque amainou, sem contudo, cessar de todo. Ergui os olhos para o orientador, em muda interrogação. Porque tal distúrbio? A câmara de Marcelo permanecia isolada, quanto ao contacto direto com as entidades inferiores. Permanecíamos os três em palestra edificante. Porque motivo a perturbação, se nos mantínhamos em salutar atmosfera de santificantes pensamentos? ... "

André Luiz)

... Indiscutivelmente, a jovem e o infeliz (obsessor) que a persegue estão unidos um ao outro, desde muito tempo... Terão estado juntos nas regiões inferiores da vida espiritual, antes da reencarnação com que a jovem presentemente vem sendo beneficiada. Reencontrando-a na experiência física, de cujas vantagens ainda não partilha, o desventurado companheiro tenta incliná-la, de novo, à desordem emotiva, com o objetivo de explorá-la em atuação vampirizante.

André Luiz - 1954

... a reencarnação constitui sempre uma bênção que se concretiza com a ajuda superior, ... Deus é o Pai amoroso e sábio que sempre nos converte as próprias faltas em remédios amargos, que nos curem e fortaleçam.

André Luiz

Simbolizemos o estágio da alma, na Terra, através da reencarnação, como sendo valiosa linha de frente, na batalha pelo aperfeiçoamento individual e coletivo, batalha em que o coração deve armar-se de idéias santificantes para conquistar a sublimação de si mesmo, a mais alta vitória.

André Luiz

Não podemos esquecer que a reencarnação é o curso repetido de lições necessárias. A esfera da Crosta (Terra) é uma escola divina. E o amor, por intermédio das atividades “intercessórias”, reconduz diariamente ao banco escolar da carne milhões de aprendizes.


André Luiz

Cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão. Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina, quase um perdão de Deus.
A golpes de vontade persistente e firme, o Espírito alcança elevados pontos na sua escalada, nos quais não mais estacionará no caminho escabroso, mas sentirá cada vez mais a necessidade de evolução e de experiência, que o ajudarão a realizar em si as perfeições divinas.


Emmanuel

É sempre penoso voltar à carne, depois de havermos conhecido as regiões de luz divina; entretanto, é tão sagrado o amor cristão que, mesmo em tal circunstância, sublime é a felicidade daqueles que o praticam.


André Luiz


À medida que se nos desenvolve a noção de responsabilidade, compreendemos a reencarnação como período de escola. Cada existência está supervisionada por deliberações superiores, muitas vezes insondáveis para nós.

André Luiz



... O amor verdadeiro eleva-se de nível... Hoje entendo que as afeições transviadas podem ser corrigidas no santo instituto da família, através da reencarnação... Deusnos permite abraçar, como filhos, aquelas mesmas criaturas que não soubemos amar em outras posições sentimentais!... Os nossos pensamentos de ternura, uns para os outros, um dia serão livres e puros, quais as fontes cristalinas que se irmanam no chão empedrado do Planeta ou como as irradiações dos astros, que se enlaçam sem perder grandeza e originalidade, nas imensas vias do Céu...

André Luiz


JOÃO [1]
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio como testemunha, a fim de dar testemunho da luz, para que todos cressem por meio dele.
8 Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
9 Pois a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo.
10 Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu.
11 Veio para o que era seu, e os seus não o receberam.12 Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;
13 os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.
14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.
15 João deu testemunho dele, e clamou, dizendo: Este é aquele de quem eu disse: O que vem depois de mim, passou adiante de mim; porque antes de mim ele já existia.

Conforme João[1: 6,15], o Espírito de Jesus já existia antes da sua encarnação na Terra. E, segundo Jesus em: reencarnação no Evangelho, o Espírito de João Batista, também, já existia antes da sua encarnação. Portanto, se nós já existíamos, também, antes da atual encarnação, o que nos impediria reencarnar?


Outrossim:


· Não estamos esperando ou desejando a reencarnação de Jesus?
· Não encarnamos em prova; expiação ou missão?
· Se evoluirmos, não poderemos reencarnar em missões menores, pelo menos?
· Não somos filhos de Deus, semelhantes a João Batista e a Jesus?


Frases usadas por Gilberto Rodrigues (IDE/Araras), em sua palestra no dia 10/03/2006, sobre Reencarnação, Amor e Justiça.:


Benjamin Franklin mandou que lhe colocassem esta lápide tumular: “Aqui jaz o corpo de Benjamin Franklin, livreiro, como a capa de um livro velho, despedaçado e despido de seu título e de seus dourados, entregue aos vermes. Mas a obra não está perdida, pois aparecerá mais uma vez, em nova e elegante edição, revista e corrigida pelo autor”.


O renomado industrial Henry Ford, assim se pronunciou: “O trabalho é fútil se não podemos utilizar a experiência que reunimos numa vida para usa-la na próxima. Quando descobri a reencarnação, foi como se tivesse encontrado um plano universal. Compreendi que havia uma oportunidade para pôr em jogo minhas idéias. Gênio é experiência. Algumas pessoas parecem pensar que se trata de um dom ou de um talento, mas é fruto de longa experiência em outras vidas”.


O líder hindu Ghandi explicava: “Faz parte da bondade da Natureza isso de não recordarmos os nascimentos passados. Que haveria de bom no conhecimento pormenorizado dos numerosos nascimentos pelos quais temos passado? A vida seria uma carga se carregássemos tão tremendo acúmulo de lembranças”.

(Colaboração de Vernil Eliseu - vernil@linkway.com.br )


I Limites da reencarnação.
II A reencarnação e as aspirações do homem.
III - Ação dos fluidos na reencarnação.
IV As afeições terrestres e a reencarnação.
V O progresso entravado pela reencarnação indefinida.



LINKs:


o Considerações sobre a Idéia da Reencarnação Ontem e Hoje: Uma Abordagem Científica, Histórica e Psicológica. Carlos Antonio Fragoso Guimarães http://www.geocities.com/Vienna/2809/reencar.html
o Os sentimentos na reencarnação:http://www.annex.com.br/pessoais/confrariahpe/encarnacao.htm
o por Juvanir Borges de Souzahttp://www.geocities.com/Athens/Cyprus/4786/reencarn.htm
o Trabalho realizado pelo GEEET - Grupo Espírita de Estudo de Ética, com base no LIVRO DOS ESPÍRITOS http://www.geeet.hpg.ig.com.br/geeet/reecarnacao.htm
o http://www.ricardodibernardi.hpg.ig.com.br/livros/livros.htm
o http://www.cele.org.br/reencarnacao020602.html

CONCEITOS DE CARMA, DARMA E REENCARNAÇÃO


Você é uma alma que tem um corpo físico e não o contrário.Não existe morte, a vida é eterna há apenas uma transformação.Carma é um termo do sânscrito que significa literalmente "ato " " ação"" e " reação".


Carma corresponde á lei de causa e efeito que é aplicada diariamente em nossa vida, de acordo com essa lei natural, todo pensamento, palavra ou ação de nossa parte gera uma reação equivalente.


Darma é o benefício que recebemos em conseqüência das nossas boas açõesDeste ponto de vista não existe injustiça, pois cada um recebe desta vida tudo aquilo que tenha doado ao próximo. Recebe de acordo com o bem e o mal que possa ter cometido a outrem.A provação é resultado da colheita de um carma negativo; É um situação que nos coloca á prova ( fisicamente, moralmente ) por mais penosa que seja ,visa o nossa correção do ponto de vista evolutivo espiritual.Livre - arbítrio são nossas escolhas nesta vida e devido a ele é que colhemos o darma ou sofremos ação do carma.


Essas ações geram o nosso caráter.De acordo como você usa o livre - arbítrio você determina o seu destino, mediante as suas escolhas pessoais. Vários caminhos e situações são apontados á você visando seu aprimora mento espiritual. Quem decide é você!


Reencarnação significa " reviver em um novo corpo físico " afirma que a alma é imortal e eterna. Já o corpo físico que envolve sua alma, retornará ao pó após a sua morte ( passagem para outros planos ).A reencarnação é uma conseqüência natural direta de nossa evolução. Dá-se mediante a nossa imperfeição e de nosso carma negativo, pois é no motivo de nosso erros do passados que temos a obrigação de renascer no plano da terra e conhecer as experiências, corrigir nossas falhas, trabalhar o perdão, o amor até que nos tornamos perfeitos e sem apegos.É impossível dominar o carma, mas podemos suavizar nossas provações tornando-nos mais conscientes de nossos pensamentos e ações.


Precisamos voltar o nosso olhar apenas para o bem sem olhar aquém, ao perdão, ao amor do próximo.Existe um carma coletivo para cada comunidade que participa da mesma história, uma mesma cultura, uma mesma tradição, uma mesma religião. E existe também uma carma para cada família, cada país, cada raça.É o reflexo do comportamento passado de todos os homens e traduz o nível de consciência que eles atingiram na qualidade de coletividade.Passagens bíblicas:Livre - arbítrio : As duas portas e dois caminhos"Entrai pela porta estreita! Pois a larga é a porta e espaçoso caminho que leva a perdição, e muitos são os que entram! Com é estreita a porta e apertado o caminho que leva á vida, e poucos são os que o encontram ! Mt. 7 vs 13.Colhendo um carma resultado de suas ações;"Não julgueis e não sereis julgado. Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para com outros servirá para vós" Mt 7 vs 1A reencarnação : A volta de EliasOs discípulos perguntaram a Jesus: "


Por que os escribas dizem que primeiro deve vir Elias. Ele respondeu; sim, Elias vem e porá tudo em ordem e eu vos digo mais; Elias já veio, e não o reconheceram, pelo contrário fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles " Então os discípulos compreenderam que ele lhes havia falado de João batista. Mt 17. Vs 10 a 13.


Frater rosacruz e astrólogo Randler Michel
Autor: Randler Michel


Idéias inatas


Encarnado, conserva o Espírito algum vestígio das percepções que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas existências anteriores. Guarda vaga lembrança, que lhe dá o que se chama idéias inatas. Os conhecimentos adquiridos em cada existência não mais se perdem. Liberto da matéria, o Espírito sempre os tem presentes. Durante a encarnação, esquece-os em parte, momentaneamente; porém, a intuição que deles conserva lhe auxilia o progresso. Se não fosse assim, teria que recomeçar constantemente. Em cada nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é o em que, na existência precedente, ele ficou.

A origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parecem ter a intuição de certos conhecimentos, o das línguas, do cálculo, etc., está na lembrança do passado; progresso anterior da alma, mas de que ela não tem consciência. Donde queres que venham tais conhecimentos ? O corpo muda, o Espírito, porém, não muda, embora troque de roupagem.

O Espírito, mudando de corpo, pode perder algumas faculdades intelectuais, deixar de ter, por exemplo, o gosto das artes, desde que conspurcou a sua inteligência ou a utilizou mal. Depois, uma faculdade qualquer pode permanecer adormecida durante uma existência, por querer o Espírito exercitar outra, que nenhuma relação tem com aquela. Essa, então, fica em estado latente, para reaparecer mais tarde.

Dever-se-ão atribuir a uma lembrança retrospectiva o sentimento instintivo que o homem, mesmo quando selvagem, possui da existência de Deus e o pressentimento da vida futura. É uma lembrança que ele conserva do que sabia como Espírito antes de encarnar. Certas crenças relativas à Doutrina Espírita , que se observam em todos os povos, são devidas a essa mesma lembrança. Esta doutrina é tão antiga quanto o mundo; tal o motivo por que em toda parte a encontramos, o que constitui prova de que é verdadeira.


Conservando a intuição do seu estado de Espírito, o Espírito encarnado tem, instintivamente, consciência do mundo invisível, mas os preconceitos bastas vezes falseiam essa idéia e a ignorância lhe mistura a superstição.


Predisposições mórbidas


Não podemos olvidar que a imprudência e o ócio se responsabilizam por múltiplas enfermidades, como sejam


· os desastres circulatórios provenientes da gula,
· as infecções tomadas à carência de higiene,
· os desequilíbrios nervosos nascidos da toxicomania
· e a exaustão decorrente de excessos vários.

De modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afligem o corpo físico e o dilaceram, guardam no corpo espiritual as suas causas profundas.


A recordação dessa ou daquela falta grave, mormente daquelas que jazem recalcadas no espírito, sem que o desabafo e a corrigenda funcionem por válvulas de alívio às chagas ocultas do arrependimento, cria na mente um estado anômalo que podemos classificar de "zona de remorso”, em torno da qual a onda viva e contínua do pensamento passa a enovelar-se em circuito fechado sobre si mesma, com reflexo permanente na parte do veículo fisiopsicossomático ligada à lembrança das pessoas e circunstâncias associadas ao erro de nossa autoria.


Estabelecida a idéia fixa sobre esse “nódulo de forças mentais desequilibradas”, é indispensável que acontecimentos reparadores se nos contraponham ao modo enfermiço de ser, para que nos sintamos exonerados desse ou daquele fardo íntimo, ou exatamente redimidos perante a Lei.


Essas enquistações de energias profundas, no imo de nossa alma, expressando as chamadas dividas cármicas, por se filiarem a causas infelizes que nós mesmos plasmamos na senda do destino, são perfeitamente transferíveis de uma existência para outra. Isso porque, se nos comprometemos diante da Lei Divina em qualquer idade da nossa vida responsável, é lógico venhamos a resgatar as nossas obrigações em qualquer tempo, dentro das mesmas circunstâncias nas quais patrocinamos a ofensa em prejuízo dos outros.


É assim que o remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticulando as sinergias do corpo espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aquela enfermidade, entendendo-se, ainda, que essas desarmonias são, algumas vezes, singularmente agravadas pelo assédio vindicativo dos seres a quem ferimos, quando imanizados a nós em processos de obsessão. Todavia, ainda mesmo quando sejamos perdoados pelas vítimas de nossa insânia, detemos conosco os resíduos mentais da culpa, qual depósito de lodo no fundo de calma piscina, e que, um dia, virão à tona de nossa existência, para a necessária expunção, à medida que se nos acentue o devotamento à higiene moral.



Esquecimento do passado


O OLVIDO TEMPORÁRIO


O esquecimento, nessas existências fragmentárias, obedecendo às leis superiores que presidem ao destino, representa a diminuição do estado vibratório do Espírito, em contacto com a matéria. Esse olvido é necessário, e, afastando-se os benefícios espirituais que essa questão implica, à luz das concepções científicas, pode esse problema ser estudado atenciosamente.


Tomando um novo corpo, a alma tem necessidade de adaptar-se a esse instrumento. Precisa abandonar a bagagem dos seus vícios, dos seus defeitos, das suas lembranças nocivas, das suas vicissitudes nos pretéritos tenebrosos. Necessita de nova virgindade; um instrumento virgem lhe é então fornecido. Os neurônios desse novo cérebro fazem a função de aparelhos quebradores da luz; o sensório limita as percepções do Espírito, e, somente assim, pode o ser reconstruir o seu destino. Para que o homem colha benefícios da sua vida temporária, faz-se mister que assim seja.


Sua consciência é apenas a parte emergente da sua consciência espiritual; seus sentidos constituem apenas o necessário à sua evolução no plano terrestre. Daí, a exigüidade das suas percepções visuais e auditivas, em relação ao número inconcebível de vibrações que o cercam.

Emmanuel - 1938



Todavia, dentro dessa obscuridade requerida pela sua necessidade de estudo e desenvolvimento, experimenta a alma, às vezes, uma sensação indefinível... é uma vocação inata que a impele para esse ou aquele caminho; é uma saudade vaga e incompreensível, que a persegue nas suas meditações; são os fenômenos introspectivos, que a assediam freqüentemente.


Nesses momentos, uma luz vaga da subconsciência atravessa a câmara de sombras, impostas pelas células cerebrais, e, através dessa luz coada, entra o Espírito em vaga relação com o seu passado longínquo; tais fatos são vulgares nos seres evolvidos, sobre quem a carne já não exerce atuação invencível. Nesses vagos instantes, parece que a alma encarnada ouve o tropel das lembranças que passam em revoada; aversões antigas, amores santificantes, gostos aprimorados, de tudo aparece uma fração no seu mundo consciente; mas, faz-se mister olvidar o passado para que se alcance êxito na luta.


Emmanuel - 1938


O homem não pode e nem deve saber tudo, inclusive, não deve lembrar do seu passado (encarnações anteriores).


O Espírito encarnado perde a lembrança do seu passado. Deus assim o quer em Sua sabedoria. Sem o véu que lhe oculta certas coisas, ficaria ofuscado, como quem, sem transição, saísse do escuro para o claro. Esquecido de seu passado ele é mais senhor de si.

· Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra?


· Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu?


· Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com justiça de Deus?


"Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer. Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, se esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essaintuição no pensamento, no desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestesculpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles."


Não temos, é certo, durante a vida corpórea, lembrança exata do que fomos e do que fizemos em anteriores existências; mas temos de tudo isso a intuição, sendo as nossas tendências instintivas uma reminiscência do passado. E a nossa consciência, que é o desejo que experimentamos de não reincidir nas faltas já cometidas, nos concita à resistência àqueles pendores.



Até certo ponto, sendo os pendores instintivos uma reminiscência do seu passado, dar-se-á que, pelo estudo desses pendores, seja possível ao homem conhecer as faltas que cometeu.


Preciso se torna, porém, levar em conta a melhora que se possa ter operado no Espírito e as resoluções que ele haja tomado na erraticidade. Pode suceder que a existência atual seja muito melhor que a precedente.


Depende do seu adiantamento, poderá também ser pior, isto é, poderá o Espírito cometer, numa existência, faltas que não praticou em a precedente. Se não souber triunfar dasprovas, possivelmente será arrastado a novas faltas, conseqüentes, então, da posição que escolheu. Mas, em geral, estas faltas denotam mais um estacionamento que uma retrogradação, porquanto o Espírito é suscetível de se adiantar ou de parar, nunca, porém, de retroceder.

Gravíssimos inconvenientes teria o nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta ...


· a voz da consciência
· e os pendores instintivos.


Priva-nos do que nos prejudicaria. Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu seja lançado. Isto concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos acerca dos mundos superiores à Terra. Nesses mundos, onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. Tal a razão por que neles as criaturas se lembram da sua antecedente existência, como nos lembramos do que fizemos na véspera. Quanto à estada em mundos inferiores, não passa então, como já dissemos, de mau sonho.

Nem sempre, podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado.


Algumas vezes, é uma impressão real; mas também, freqüentemente, não passa de mera ilusão, contra a qual precisa o homem pôr-se em guarda, porquanto pode ser efeito de superexcitada imaginação.

O esquecimento temporário é um benefício da Providência. A experiência, freqüentemente, é adquirida em rudes provas e terríveis expiações, cuja lembrança seria muito penosa e viria aumentar as angústias das tribulações da vida presente. Se os sofrimentos da vida parecem longos, que seriam, pois, se sua duração fosse aumentada com as lembranças dos sofrimentos do passado? Vós, por exemplo, que haveis suportado por faltas que, atualmente, repugnariam a vossa consciência; ser-vos-ia agradável lembrar de ter sido enforcado por isso? A vergonha não vos perseguiria imaginando que o mundo sabe do mal que haveis feito? Que importa o que haveis podido fazer, e o que haveis podido suportar para expiar, se agora sois um homem estimável? Aos olhos do mundo sois um homem novo, e aos olhos de Deus um Espírito reabilitado. Livre da lembrança de um passado importuno, agireis com mais liberdade; é para vós um novo ponto de partida; vossas dívidas anteriores estão pagas, cabendo-vos não contrair novas dívidas.


Assim, quantos homens gostariam de poder, durante a vida, lançar um véu sobre seus primeiros anos! Quantos disseram, ao fim de sua caminhada: "Se devesse recomeçar, eu não faria o que fiz"! Pois bem!, o que eles não podem refazer nesta vida, refarão em outra; em uma nova existência seu Espírito trará, no estado de intuição, as boas resoluções que eles terão tomado. É assim que se cumpre, gradualmente, o progresso da Humanidade.


Suponhamos, ainda, - o que é um caso muito comum - que em vossas relações, em vosso lar mesmo, se encontre um ser do qual tendes muitas queixas, que talvez vos arruinou ou desonrou em uma outra existência e que, Espírito arrependido, vem se encarnar em vosso meio, unir-se a vós pelos laços de família, para reparar o mal que vos fez peloseu devotamento e sua afeição: ambos não estaríeis na mais falsa posição se, todos os dois, vos lembrásseis de vossas inimizades? Ao invés de se apaziguarem, os ódios se eternizariam.


Concluí com isso que a lembrança do passado perturbaria as relações sociais e seria um entrave ao progresso. Quereis disso uma prova atual? Que um homem condenado às galeras tome a firme resolução de se tornar honesto; que ocorrerá em sua saída? Será repelido pela sociedade e essa repulsa, quase sempre o recoloca no vício.Suponhamos, ao contrário, que todo o mundo ignore seus antecedentes: ele será bem acolhido; se ele próprio pudesse esquecê-los, não seria por isso menos honesto e poderia andar de cabeça erguida ao invés de curvá-la sob a vergonha da recordação.


Isso concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos sobre os mundos superiores ao nosso. Nesses mundos, onde não reina senão o bem, a lembrança do passado nada tem de penosa; eis porque aí lembram-se de sua existência precedente como nos lembramos do que fizemos na véspera. Quanto à sua estada em mundos inferiores, ela não é mais que um sonho mau.

Allan Kardec

[Esquecimento do passado]


Nas existências corpóreas de natureza mais elevada do que a nossa, é mais clara a lembrança das anteriores. À medida que o corpo se torna menos material, com mais exatidão o homem se lembra do seu passado. Esta lembrança, os que habitam os mundos de ordem superior a têm mais nítida.


Sendo as vicissitudes da vida corporal expiação das faltas do passado e, ao mesmo tempo, provas com vistas ao futuro, seguir-se-á que da natureza de tais vicissitudespossa deduzir de que gênero foi a existência anterior.


Muito amiúde é isso possível, pois que cada um é punido naquilo por onde pecou. Entretanto, não há que tirar daí uma regra absoluta. As tendências instintivas constituem indício mais seguro, visto que as provas por que passa o Espírito o são, tanto pelo que respeita ao passado, quanto pelo que toca ao futuro.


Chegando ao termo que a Providência lhe assinou à vida na erraticidade, o próprio Espírito escolhe as provas a que deseja submeter-se para apressar o seu adiantamento, isto é, escolhe meios de adiantar-se e tais provas estão sempre em relação com as faltas que lhe cumpre expiar. Se delas triunfa, eleva-se; se sucumbe, tem que recomeçar. O Espírito goza sempre do livre-arbítrio. Em virtude dessa liberdade é que escolhe, quando desencarnado, as provas da vida corporal e que, quando encarnado, decide fazer ou não uma coisa procede à escolha entre o bem e o mal. Negar ao homem o livre-arbítrio, fora reduzi-lo à condição de máquina. Mergulhando na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas existências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciências, lhe podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lhe fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade. As existências futuras, essas em nenhum caso podem ser reveladas, pela razão de que dependem do modo por que o Espírito se sairá da existência atual e da escolha que ulteriormente faça. O esquecimento das faltaspraticadas não constitui obstáculo à melhoria do Espírito, porquanto, se é certo que este não se lembra delas com precisão, não menos certo é que a circunstância de as ter conhecido na erraticidade e de haver desejado repará-las o guia por intuição e lhe dá a idéia de resistir ao mal, idéia que é a voz da consciência, tendo a secundá-la os Espíritos superiores que o assistem, se atende às boas inspirações que lhe dão. O homem não conhece os atos que praticou em suas existências pretéritas, mas pode sempre saber qual o gênero das faltas de que se tornou culpado e qual o cunho predominante do seu caráter. Bastará então julgar do que foi, não pelo que é, sim, pelas suas tendências. Asvicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. Depuram-nos e elevam-nos, se as suportamos resignados e sem murmurar. A natureza dessas vicissitudes e das provas que sofremos também nos podem esclarecer acerca do que fomos e do que fizemos, do mesmo modo que neste mundo julgamos dos atos de um culpado pelo castigo que lhe inflige a lei. Assim, o orgulhoso será castigado no seu orgulho, mediante a humilhação de uma existência subalterna; o mau-rico, o avarento, pela miséria; o que foi cruel para os outros, pelas crueldades que sofrerá; o tirano, pela escravidão; o mau filho, pela ingratidão de seus filhos; o preguiçoso, por um trabalho forçado, etc.




Perguntas por que motivo não conserva o homem encarnado a plenitude das recordações do longuíssimo pretérito; isto é natural, em virtude da tão grande ascendência docorpo perispiritual sobre o mecanismo fisiológico. Se a forma física evoluiu e se aperfeiçoou, o mesmo terá acontecido ao organismo perispirítico, através das idades.


· Nós mesmos, no plano espiritual, em nossa relativa condição de espiritualidade, ainda não possuímos o processo de reminiscência integral dos caminhos perlustrados.


· Não estamos, por enquanto, munidos de suficiente luz para descer com proveito a todos os ângulos do abismo das origens; tal faculdade, só mais tarde a adquiriremos, quando nossa alma estiver escoimada de todo e qualquer resquício de sombra.

Comparando, entretanto, a nossa situação com o estado menos lúcido de nossos irmãos encarnados, importa não nos esqueça que ...


· os nervos,
· o córtex motor
· e os lobos frontais, que ora examinamos, constituem apenas regulares pontos de contacto entre a organização perispiritual e o aparelho físico, indispensáveis, uma e outro, ao trabalho de enriquecimento e de crescimento do ser eterno.


Em linguagem mais simples, são respiradouros dos impulsos, experiências e noções elevadas da personalidade real que não se extingue no túmulo, e que não suportariam a carga de uma dupla vida. Em razão disto, e atendendo aos deveres impostos à consciência de vigília para os serviços de cada dia, desempenham função amortecedora: são quebra-luzes, atuando beneficamente para que a alma encarnada trabalhe e evolva. Além disto, nascimento e morte, na esfera carnal, para a generalidade das criaturas são choques biológicos, imprescindíveis à renovação. Em verdade, não há total esquecimento na Crosta Terrestre, nem restauração imediata da memória nas províncias de existência, que se seguem, naturais, ao campo da atividade física. Todos os homens conservam tendências e faculdades, que quase equivalem a efetivalembrança do passado; e nem todos, ao atravessarem o sepulcro, podem readquirir, repentinamente, o patrimônio de suas reminiscências. Quem demasiado se materialize, demorando-se em baixo padrão vibratório, no campo de matéria densa, não pode reacender, de pronto, a luz da memória. Despenderá tempo a desfazer-se dos pesados envoltórios a que inadvertidamente se prendeu. Dentro da luta humana, também, é indispensável que os neurônios se façam de luvas, mais ou menos espessas, a fim de que o fluxo das recordações não modere o esforço edificante da alma encarnada, empenhada em lies objetivos de evolução ou resgate, aprimoramento ou ministério sublime. Importa reconhecer, porém, que a nossa mente aqui, no plano espiritual, age no organismo perispirítico, com poderes muito mais extensos, mercê da singular natureza e elasticidade da matéria que presentemente nos define a forma. Isto, contudo, em nossos círculos de ação,


· não nos evita as manifestações grosseiras,
· as quedas lastimáveis,
· as doenças complexas, porque a mente, o senhor do corpo, mesmo aqui, é acessível ao vício, ao relaxamento e às paixões arruinantes.


André Luiz


Na existência corporal, todavia, a alma sente a memória obscurecida, num olvido quase total do passado, a fim de que os seus esforços se valorizem; a consciência então é fragmentária, parcial, porquanto as suas faculdades estão eclipsadas pelos pesados véus da matéria, os quais atenuam ao mínimo as suas vibrações, constituindo, porém, esses poderes prodigiosos, mas ocultos, as extraordinárias possibilidades da vasta subconsciência, que os cientistas do século estudam acuradamente.


Tais forças e progressos adquiridos, o Espírito jamais os perde; são parte integrante do seu patrimônio e, na vida material, podem emergir ...


· no exercício da mediunidade,
· nas hipnoses profundas,
· ou em outras circunstâncias que facilitam o desprendimento temporário dos elementos psíquicos.


As amnésias decorrem naturalmente da inadaptação temporária entre a alma e o instrumento de que se utiliza. Na infância, o «ego», em processo de materialização, externaráreminiscências e opiniões, simpatias e desafetos atraves de manifestações instintivas, a lhe entremostrarem o passado, do qual mal se lembrará no futuro próximo, de vez que estará movimentando a máquina cerebral em desenvolvimento, máquina essa que deverá servi-lo, tão-só por algum tempo e para determinados fins, ocorrendo idêntica situação na idade provecta, quando as palavras como que se desprendem dos quadros da memória, traduzindo alterações do órgão do pensamento, modificado por desgaste.


André Luiz

Examinando o esquecimento temporário do pretérito, no campo físico, importa considerar cada existência por estágio de serviço em que a alma readquire, no mundo, o aprendizado que lhe compete.


Surgindo semelhante período, entre o berço que lhe configura o início e o túmulo que lhe demarca a cessação, é justo aceitar-lhe o caráter acidental, não obstante se lhe reconheça a vinculação à vida eterna.


É forçoso, então, ponderar o impositivo de recurso e aproveitamento, tanto quanto, nas aplicações da força elétrica, é preciso atender ao problema de carga e condução.


Encetando uma nova existência corpórea, para determinado efeito, a criatura recebe, desse modo, implementos cerebrais completamente novos, no domínio das energias físicas, e, para que se lhe adormeça a memória, funciona a hipnose natural como recurso básico, de vez que, ...


· em muitas ocasiões, dorme em pesada letargia, muito tempo antes de acolher-se ao abrigo materno.


· Na melhor das hipóteses, quando desfruta grande atividade mental nas esferas superiores, só é compelida ao sono, relativamente profundo, enquanto perdure a vida fetal.


Em ambos os casos, há prostração psíquica nos primeiros sete anos de tenra instrumentação fisiológica dos encarnados, tempo em que se lhes reaviva a experiência terrestre.


Temos, assim, mais ou menos três mil dias de sono induzido ou hipnose terapêutica, a estabelecerem enormes alterações nos veículos de exteriorização do Espírito, as quais, acrescidas às conseqüências dos fenômenos naturais de restringimento do corpo espiritual, no refúgio uterino, motivam o entorpecimento das recordações do passado, para que se alivie a mente na direção de novas conquistas. E, como todo esse tempo é ocupado em prover-se a criança de novos conceitos e pensamentos acerca de si própria, é compreensível que toda criatura sobrenade na adolescência, como alguém que fosse longamente hipnotizado para fins edificantes, acordando, gradativamente, na situação transformada em que a vida lhe propõe a continuidade do serviço devido à regeneração ou à evolução clara e simples.


E isso, na essência, é o que verdadeiramente acontece, porque, pouco a pouco, o Espírito reencarnado retoma a herança de si mesmo, na estrutura psicológica do destino, reavendo o patrimônio das realizações e das dívidas que acumulou, a se lhe regravarem no ser, em forma de tendências inatas, e reencontrando as pessoas e as circunstâncias, as simpatias e as aversões, as vantagens e as dificuldades, com as quais se ache afinizado ou comprometido.


Transfigurou-se, então, a ribalta, mas a peça continua.


A moldura social ou doméstica, muitas vezes, é diferente, mas, no quadro do trabalho e da luta, a consciência é a mesma, com a obrigação de aprimorar-se, ante a bênção de Deus, para a luz da imortalidade.


Como acontece quase sempre, os heróis na promessa fraquejam na realização, porque se apegam muito mais aos próprios desejos que à compreensão da Vontade Divina. De posse dos bens da vida física, nega-se a perdoar, recapitulando erradamente as lições do passado. Antes mesmo da reencarnação, já se manifesta contrário a qualquer auxilio. Sempre o velho círculo vicioso — quando fora da oportunidade bendita de trabalho terrestre e vendo a extensão das próprias necessidades, desvela-se o companheiro em prometer fidelidade e realização, mas, logo que se apossa do tesouro do corpo físico, volta ao endurecimento espiritual e ao menosprezo das leis de Deus.


André Luiz


Se tivéssemos grandes virtudes e belas realizações, não precisaríamos recapitular as lições já vividas na carne. E se apenas possuímos chagas e desvios para rememorar, abençoemos o olvido que o Senhor nos concede em caráter temporário.


André Luiz


Há dívidas que, por sua natureza e extensão, exigem de nós várias existências ou romagens na carne terrestre para o respectivo resgate. Do ponto de vista da memória - lembranças da vidas passadas - a questão é de tempo.


· À medida que nos demoramos na organização perispirítica, no plano espiritual, no fiel cumprimento de nossas obrigações para com a Lei, mais se nos dilata o poder mnemônico.


· Avançando em lucidez, abarcamos mais amplos domínios da memória. Assim é que, depois de largos anos em serviço nas zonas espirituais da Terra, entramos espontaneamente na faixa de recordações menos felizes, identificando novas extensões de nosso "carma" ou de nossa conta e, embora sejamos reconhecidos à benevolência dos Instrutores e Amigos que nos perdoam o passado menos digno, jamais condescendemos com as nossas próprias fraquezas e, por isso, vemo-nos impelidos a solicitar das autoridades superiores novas reencarnações difíceis e proveitosas, que nos reeduquem ou nos aproximem da redenção necessária.


Informações do Espírito André Luiz, conforme instruções do Espírito Sânzio.

A existência no carro físico, além de ser um estágio para ...


· aprendizagem ou cura,
· resgate ou tarefa específica,
· é igualmente um longo mergulho no condicionamento magnético, em que agimos, no mundo, induzidos ao que nos cabe fazer.


O livre arbítrio, na esfera da consciência, permanece vivo e intocado, porqüanto, em quaisquer posições, a criatura encarnada é independente para escolher os próprios rumos; no entanto, as demais potências da alma, no período da encarnação, jazem orientadas na direção desse ou daquele trabalho, segundo os propósitos que tenha assumido ou que tenha sido constrangida a assumir.


Isso determina o obscurecimento das memórias pregressas que, aliás, não é senão um fenômeno temporário, mais ou menos curto ou longo, conforme o grau de evolução que tenhamos atingido.


André Luiz

Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.


Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, dessa forma, é a oportunidade de reparação, como é também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a Espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. Dependendo de nossas condições espirituais, podemos ou não ter escolhido as provas, os sofrimentos, as dificuldades que provarão nosso desenvolvimento espiritual.


A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade de destino das criaturas da Terra.


A finalidade da vida na Terra é, portanto:


I. Para expiarmos o mal praticado, pagando com sofrimento nossos erros;


II. Para provarmos ou medirmos nosso grau de evolução, ante as dificuldades da vida;

III. Para ajudarmos a humanidade e exemplificarmos o bem diante dos outros;

IV. Para desempenharmos missão especial, no caso de espíritos elevados que prestam grandes serviços à humanidade.

Pelo mecanismo de reencarnação, verificamos que Deus não castiga. Somos nós os causadores, dos próprios sofrimentos, pela lei de "ação e reação".

Centro Espírita Porto da Paz - Porto Seguro - Bahia

http://www.portonet.com.br/cepp/Reencarnacao.htm

PARTICULARIDADES DA REENCARNAÇÃO


Perguntar-se-á, razoavelmente, se existe uma técnica invariável no serviço reencarnatório. Seria o mesmo que indagar se a morte na Terra é única em seus processos para todas as criaturas.


Cada entidade reencarnante apresenta particularidades essenciais na recorporificação a que se entrega na esfera física, quanto cada pessoa expõe característicos diferentes quando se rende ao processo liberatório, não obstante o nascimento e a morte parecerem iguais.


· Os Espíritos categoricamente superiores, quase sempre, em ligação sutil com a mente materna que lhes oferta guarida, podem plasmar por si mesmos e, não raro, com a colaboração de instrutores da Vida Maior, o corpo em que continuarão as futuras experiências, interferindo nas essências cromossômicas, com vistas às tarefas que lhes cabem desempenhar.


· Os Espíritos categoricamente inferiores, na maioria das ocasiões, padecendo monoideísmo tiranizante, entram em simbiose fluídica com as organizações femininas a que se agregam, experimentando o definhamento do corpo espiritual ou o fenômeno de “ovoidização”, sendo inelutavelmente atraídos ao vaso uterino, em circunstâncias adequadas, para areencarnação que lhes toca, em moldes inteiramente dependentes da hereditariedade, como acontece à semente, que, após desligar-se do fruto seco, germina no solo, segundo os princípios organogênicos a que obedece, tão logo encontre o favor ambiencial.


Entre ambas as classes, porém, contamos com milhões de Espíritos medianos na evolução, portadores de créditos apreciáveis e dívidas numerosas, cuja reencarnação exige cautela de preparo e esmero de previsão.


Uberaba - 09/4/1958



A reencarnação significa recomeço nos processos de evolução ou de retificação. Lembre-se de que os organismos mais perfeitos da nossa Casa Planetária procedem inicialmente da ameba. Ora, recomeço significa “recapitulação” ou “volta ao princípio”. Por isso mesmo, em seu desenvolvimento embrionário, o futuro corpo de um homem não pode ser distinto da formação do réptil ou do pássaro. O que opera a diferenciação da forma é o valor evolutivo, contido no molde perispirítico do ser que toma os fluidos da carne. Assim pois, ao regressar à esfera mais densa (reencarnar), é indispensável recapitular todas as experiências vividas no longo drama de nosso aperfeiçoamento, ainda que seja por dias e horas breves, repetindo em curso rápido as etapas vencidas ou lições adquiridas, estacionando na posição em que devemos prosseguir no aprendizado. Logo depois da forma microscópica da ameba, surgirão no processo fetal os sinais da era aquática de nossa evolução e, assim por diante, todos os períodos de transição ou estações de progresso que a criatura já transpôs na jornada incessante do aperfeiçoamento, dentro da qual nos encontramos, agora, na condição de humanidade.


André Luiz - 1943


Independente do credo, todo aquele que: favorável ao "Evolucionismo", à teoria de Darwin, e ainda não aceitou a "Reencarnação e Evolução", deveria refletir profundamente, com muita sinceridade, a respeito de sua apologia.


Como imaginar nossos antepassados, os mais remotos, tendo ascensão direta ao plano divino, sem passarem por estágios na era do Homo Sapiens?


Também, se considerarmos que o Homem de Neanderthal desapareceu há 30 mil anos, como admitir a hipótese de estarem estacionados, até hoje, aguardando o "juízo final"? Não seria mais justo esperar de Deus a oportunidade para que evoluíssem, reencarnando?



Ainda relacionando reencarnação com evolução e considerando a lentidão inerente ao processo evolutivo, parece haver grande coerência em considerar a reencarnação como consequência lógica da crença na existência da alma além morte e do evolucionismo, pois do contrário seria inimaginável, ou pelo menos ilógico, considerar que os espíritos, ainda que menos evoluídos, de nossos antepassados mais remotos se encontrem em paraísos, em torturas ou vagando pelo universo.


Mesmo se ainda considerarmos que a alma é propriedade exclusiva da espécie humana, existiria ainda a questão, aparentemente sem resposta, de quando, em que momento no processo evolutivo, passamos a tê-la. E qual seria então a razão para considerar que nós, seres humanos, passamos a condição de seres espiritualizados em alguma época específica de nossa evolução?


Parece haver maior misticismo se negarmos, portanto, o processo de reencarnação.
Marcio Andrade


Com o desenvolvimento das idéias espiritualistas no mundo, torna-se um estudo obrigatário, e para todos os dias, o grande problema que implica o drama da evolução anímica.


· Teria sido a alma criada no momento da concepção, na mulher, segundo as teorias anti-reencarnacionistas?


· Como será a preexistência?


· O espírito já é criado pela potência suprema do Universo, apto a ingressar nas fileiras humanas?


E os pensadores se voltam para os vultos eminentes do passado. As autoridades católicas valem-se de Tomás de Aquino, que acreditava na criação da alma no período de tempo que precede o nascimento de um novo ser, esquecendo-se dos grandes padres da antígüidade, como Orígenes, cuja obra é um atestado eterno em favor das verdades da preexistência. Outras doutrinas religiosas buscam a opinião falível da sua ortodoxia e dos seus teólogos, relutando em aceitar as realidades luminosas da reencarnação.


Pascal, escrevendo na adolescência o seu tratado sobre os cones, e inúmeros Espíritos de escol, laborando com a sua genialidade precoce nas grandes tarefas para as quais foram chamados àTerra, constituem uma prova eloqüente, aos olhos dos menos perspicazes e dos estudiosos de mentalidades tardas no raciocínio, a prol da verdade reencarnacionista.



· O homem atual recorda instíntivamente os seus labores e as suas observações do passado.
· Sua existência de hoje é a continuação de quanto efetuou nos dias do pretérito.
· As conquistas de agora representam a soma dos seus esforços de antanho, e a civilização é a grande oficina onde cada um deixa estereotipada a própria obra.


Emmanuel - 1938


Urge reparar, entretanto, em que a reencarnação não é mero princípio regenerativo. A evolução natural nela encontra firme apoio.


· Criaturas que avultam na bondade, em muitas ocasiões requerem conhecimento nobilitante,


· e muitas que se agigantaram na inteligência permanecem à míngua de virtude.


· Outras inumeráveis, embora detendo preciosos valores, nos domínios do coração e do cérebro, após longo estágio no plano extrafísico, sentem fome de progresso renovador por inabilitadas, ainda, a ascensões maiores e renunciam à tranqüilidade a que se integram nos grupos afins, porque, no cadinho efervescente da carne, analisam, de novo, as próprias imperfeições, testando-lhes a amplitude nas rudes experiências da vida humana, obtendo mais avançado ensejo de corrigenda e transformação.


Isso não significa que a consciência desencarnada deixe de encontrar possibilidades de expansão nas cidades espirituais que gravitam em torno da Terra. Outras modalidades de estudo e trabalho aí lhe asseguram novos fatores de evolução; contudo, escassa percentagem de criaturas humanas, além da morte, adquirem acesso definitivo aos planos superiores.



A esmagadora maioria jaz ainda ligada às


· ideologias e raças,


· pátrias e realizações,


· famílias e lares do mundo.


É por isso que artistas eméritos, ao notarem o curso diferente das escolas que deixaram no Planeta, sentem-se irresistivelmente atraídos para a reencarnação, a fim de preservar-lhes ou enriquecer-lhes os patrimônios.


Cientistas eminentes, interessados na continuidade dos empreendimentos redentores que largaram em mãos alheias, volvem ao trabalho e à experimentação entre os homens, e, no mesmo espírito missionário, religiosos e filósofos, professores e condutores, homens e mulheres que se distinguem por lies aspirações retomam, voluntariamente, à esfera física, em sagradas ações de auxílio que lhes valem honrosos degraus de sublimação na escalada para a Divina Luz.


Entendamos, assim, que tanto a regeneração quanto a evolução não se verificam sem preço.


O progresso pode ser comparado a montanha que nos cabe transpor, sofrendo-se naturalmente os problemas e as fadigas da marcha, enquanto que a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma subida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.


Se soubermos, porém, suar no trabalho honesto, não precisaremos suar e chorar no resgate justo.


E não se diga que todos os infortúnios da marcha de hoje estejam debitados a compromissos de ontem, porque,


· com a prudência e a imprudência,


· com a preguiça e o trabalho,


· com o bem e o mal, melhoramos ou agravamos a nossa situação, reconhecendo-se que todo dia, no exercício de nossa vontade, formamos novas causas, refazendo o destino.


Uberaba-MG, 09/4/1958


Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.


· Para uns, é expiação;


· para outros, missão.


O fim da encarnação é o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta. A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste


Os Espíritos que faliram em suas missões ou em suas provas podem conservar-se estacionários, mas não retrogradam. Em caso de estacionamento, a punição deles consiste em não avançarem, em recomeçarem, no meio conveniente à sua natureza, as existências mal empregadas.



O Espírito depois da sua última encarnação é um Espírito bem-aventurado; puro Espírito.



Além da morte física, pode a alma retemperar-se ao calor de afeições caras, condicionada ao campo de afinidades em que se lhe expressam emoções e desejos; todavia, superada a fase de justo refazimento, aparece a ociosidade que, se mantida, faz que o Espírito por muito tempo se mantenha estanque, ante a luz do progresso.


É por isso que a reencarnação se mostra imprescindível e inadiável.


· Determinado companheiro terá resolvido os problemas da sexualidade inferior, mas guardará consigo a febre de cupidez.


· Outro sentir-se-á liberado das tentações da usura, entretanto permanecerá em conflito com o vício da inconformação.


· Alguém terá vencido o hábito da rebeldia sistemática, mas sofrerá em si mesmo o estilete magnético do ciúme.


· Esse e aquele amigo se revelarão livres dessa praga mental, contudo, sustentam-se, ainda, algemados à vaidade infantil ou ao orgulho tirânico.


E para que essas chagas ocultas sejam extirpadas de nossa alma é imperioso nos voltemos para o renascimento na arena física, onde encontraremos a adversidade naqueles que não pensam por nossas medidas, para que aprendamos a respirar nas dimensões da Vida Maior.


Em nosso presente estágio de evolução, será preciso renascer, na Terra ou noutros mundos que se lhe assemelhem, tantas vezes quantas se fizerem necessárias...


· não somente no resgate dos erros e culpas do pretérito, em louvor da Justiça,


· mas também no aperfeiçoamento de nós mesmos, em obediência ao Amor.


O mundo é, assim, nossa escola:


· A família consangüínea é o grupo estudantil a que pertencemos.
· O lar é a banca da experiência.
· Amigos representam explicadores.
· Adversários desempenham o papel de fiscais.
· Os parentes difíceis são cadernos de prova.
· O trabalho espontâneo no bem é o curso da iluminação interior que podemos aproveitar segundo a nossa vontade.


E sendo Jesus o nosso Divino Mestre, a cada instante da vida a dificuldade ser-nos-á como bênção portadora de preciosas lições.



Não aspiramos a dizer com as nossas afirmativas que o renascimento no campo fisico seja sempre cadinho de reparação aos delitos que praticamos, pois milhares de companheiros, depois de longo e honesto esforço pela própria corrigenda, no Plano Espiritual, com larga quota de tempo em nossa colônia de trabalho e reforma, volvem ao corpo carnal, honrados com tarefas de abnegação e heroísmo obscuro, junto de alguém ou ao lado de grupos afins, granjeando, em louvável anonimato, concessões e vitórias dignas de apreço que, apesar de permanecerem quase sempre ignoradas pelos homens, se lhes erigem, aqui (no Plano Espiritual), em passaportes de libertação e acrisolamento para as Esferas Superiores!...


André Luiz


No romance evolutivo e redentor da Humanidade, cada espírito possui capítulo especial. Ternos e ríspidos laços de amor e ódio, simpatia e repulsão, acorrentam-nos reciprocamente. As almas corporificadas na Crosta guardam-se em passageiro sono, com esquecimento temporário quanto às atividades pregressas. Banham-se no Estige dos antigos, cujas águas lhes facultam, durante certo tempo, valiosa segurança para retorno a oportunidades de elevação. Todavia, enquanto se mergulham em olvido benéfico, demoramo-nos por nossa vez, em abençoada vigília. Os perigos que nos ameaçam os entes amados de agora ou de épocas que o tempo consumiu, desde muito, não nos deixam impassíveis. Os homens não se acham sozinhos na estreita senda de provas salutares em que se confinam. A responsabilidade pelo aperfeiçoamento do mundo compete-nos a todos.[96 - página 38] André Luiz


PREPARATIVOS PARA AS REENCARNAÇÕES DE TRABALHOS E MISSÕES



Personagens do texto abaixo:


Alexandre.
Espírito orientador de André Luiz, no plano espiritual.
André Luiz.
Espírito que ditou o texto abaixo, por intermédio do médium Chico Xavier.

Grande percentagem de reencarnações na Crosta se processa em moldes padronizados para todos, no campo de manifestações puramente evolutivas. Mas outra percentagem não obedece ao mesmo programa. Elevando-se a alma em cultura e conhecimento, e, conseqüentemente, em responsabilidade, o processo reencarnacionista individual é mais complexo, fugindo à expressão geral, como é lógico. Em vista disso, as colônias espirituais mais elevadas mantêm serviços especiais para a reencarnação de trabalhadores e missionários.
As explicações eram sedutoras e relevantes e, compreendendo a importância dos esclarecimentos para meu pobre espírito, Alexandre continuou:
— Quando me refiro a trabalhadores, falo dos companheiros não completamente bons e redimidos, mas daqueles que apresentam maior soma de qualidades superiores, a caminho da vitória plena sobre as condições e manifestações grosseiras da vida. Em geral, como acontece a nós outros, são entidades em débito, mas com valores de boa vontade, perseverança e sinceridade, que lhes outorgam o direito de influir sobre os fatores de sua reencarnação, escapando, de certo modo, ao padrão geral. Claro que nem sempre tais alterações se verificam em condições agradáveis para a experiência futura. Os serviços de retificação representam tarefas enormes.
E desejando imprimir fortemente em meu espírito a noção da responsabilidade, o instrutor prosseguiu, tornando mais grave a inflexão da voz:
— O problema da queda é também uma questão de aprendizado e o mal indica posição de desequilíbrio, exigindo restauração e corrigenda. A evolução confere-nos poder, mas gastamos muito tempo, aprendendo a utilizar esse poder harmonicamente. A racionalidade oferece campo seguro aos nossos conhecimentos; entretanto, André, quase todos nós, trabalhadores da Terra, nos demoramos séculos no serviço de iluminação íntima, porque não basta adquirir idéias e possibilidades, é preciso ser responsável, e nem é justo tenhamos tão-somente a informação do raciocínio, mas também a luz do amor.
— Daí as lutas sucessivas em continuadas reencarnações da alma! — exclamei, vivamente impressionado.
— Sim — continuou meu amável interlocutor —, temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa.
· A reencarnação é o meio,
· a educação divina é o fim.
Por isso mesmo, a par de milhões de semelhantes nossos que evolvem, existem milhões que se reeducam em determinados setores do sentimento, porquanto, se já possuem certos valores da vida, faltam-lhes outros não menos importantes.
Identificando-me a dificuldade para compreender-lhe o ensinamento de maneira integral, meu orientador voltou a dizer:
— O próprio Jesus nos deixou material de pensamento para o assunto em exame, quando nos asseverou que se a nossa mão ou os nossos olhos fossem motivos de escândalo deveriam ser cortados ao penetrarmos no templo da vida. Compete-nos transferir a imagem literal para a interpretação simples do espírito. Se já falimos muitas vezes em experiências da autoridade, da riqueza, da beleza física, da inteligência, não seria lógico receber idêntica oportunidade nos trabalhos retificadores.
— É para a regulamentação de semelhantes serviços que funciona em nossa colônia espiritual, por exemplo, o Planejamento de Reencarnações, onde você terá ocasião de recolher ensinamentos preciosos.
E, atendendo-me às necessidades como pai afetuoso, apresentou-me o instrutor, no dia imediato, à imponente instituição.
Constituía-se o movimentado centro de serviço de vários prédios e numerosas instalações. Árvores acolhedoras enfileiravam-se através de extensos jardins, imprimindo encantador aspecto à paisagem. Reconheci logo que o instituto se caracterizava por grande movimento. Entidades insuladas ou em pequenos grupos iam e vinham, estampando atencioso interesse na expressão fisionômica. Pareciam sumamente despreocupadas de nossa presença ali, porque, quando não passavam sozinhas, ao nosso lado, engolfadas em profundos pensamentos, iam em grupos afetuosos, alimentando discretas conversações, muito graves e absorventes, ao que me parecia. Muitos desses irmãos, que passavam junto de nós, empunhavam reduzidos rolos de substância semelhante ao pergaminho terrestre, relativamente aos quais não possuía eu, até então, a mais leve notícia.
Alexandre, porém, como sempre, veio em socorro de minha estranheza, explicando, bondosamente:
— As entidades sob nossos olhos são trabalhadores de nossa esfera, interessados em reencarnações próximas. Nem todos estão diretamente ligados a semelhante propósito, porque grande parte está em trabalho de intercessão, obtendo favores dessa natureza para amigos íntimos. Os rolos brancos que conduzem são pequenos mapas de formas orgânicas, elaborados por orientadores de nosso plano, especializados em conhecimentos biológicos da existência terrena. Conforme o grau de adiantamento do futuro reencarnante e de acordo com o serviço que lhe é designado no corpo carnal, é necessário estabelecer planos adequados aos fins essenciais.

André Luiz


Reencarnação retificadora



A reencarnação retificadora, isto é, a internação na carne em condições penosas, surge por alternativa inevitável. Será preciso renascer, suportando os obstáculos tremendos, oriundos da desarmonia perispirítica criada por nós mesmos. Ainda assim, quanto possível, antes do novo berço entre os homens, é imprescindível melhorar as contas... Daí o motivo por que instituições qual a nossa funcionam, em vários campos das regiões inferiores, que, na velha teologia, equivalem a regiões infernais... O que, porém, existe, de fato, é o imensoUmbral, situado entre a Terra e o Céu, dolorosa região de sombras, erguida e cultivada pela mente humana, em geral rebelde e ociosa, desvairada e enfermiça.


André Luiz


Encontramos na Terra, a cada passo, grandes talentos frustrados para a direção que anelariam imprimir aos próprios destinos...
· Inteligências vigorosas, desde cedo, barradas na obtenção de quaisquer louros acadêmicos e, por essa razão, detidas em artesanatos obscuros ou encargos singelos, em longa e dolorosa subalternidade, nos quais entesouram humildade e equilíbrio, paz e moderação;
· artistas contrariados nas mais altas aspirações, arrastando defeitos físicos e inibições outras que lhes obstam temporáriamente as manifestações e sob as quais adquirem a reeducação dos próprios impulsos com o respeito necessário para com os sentimentos do próximo;
· mulheres de profunda capacidade afetiva jungidas a corpos que lhes deprimem a apresentação, aprendendo em terríveis conflitos da alma quanto dói a deserção do lar e o menosprezo aos compromissos da maternidade;
· homens hábeis e enérgicos, carregando frustrações insidiosas e ocultas que lhes proibem a euforia orgânica, no estágio físico, de modo a edificarem o espírito de entendimento e caridade, no âmago de si próprios...


André Luiz




Reencarnações dolorosas




Autoridades mais graduadas de nossa esfera, atendendo a imperativos superiores, improvisam tribunais com funções educativas, cujas sentenças, ressumando amor e sabedoria, culminam sempre em determinações de trabalho regenerador, através da reencarnação na Crosta Terrestre, ou de tarefas laboriosas no seio da Natureza, quando há suficiente compreensão e arrependimento nos interessados que feriram a Lei, ofendendo a si mesmos.
Deste vastíssimo arsenal de alienação da mente, no limiar das cavernas do umbral, ensombrada de culpas, sai o maior coeficiente das reencarnações dolorosas que povoam os círculos carnais. Daqui, como de outras zonas análogas, seguem para o campo físico, mais denso, milhões de irmãos em provas ríspidas, para que se alijem dos débitos e rearmonizem o íntimo perturbado. Poucos conseguem valer-se da oportunidade terrena, no sentido de restaurar as próprias energias. É sempre fácil fugir ao caminho reto; muito difícil, porém, o retorno...

André Luiz


Reencarnações especiais


Reencarnações se processam, muitas vezes, sem qualquer consulta aos que necessitam segregação em certas lutas no plano físico, providências essas comparáveis às que assumimos no mundo com enfermos e criminosos que, pela própria condição ou conduta, perderam temporariamente a faculdade de resolver quanto à sorte que lhes convém no espaço de tempo em que se lhes perdura a enfermidade ou em que se mantenham sob as determinações da justiça.


São os problemas especiais, em que a individualidade renasce de cérebro parcialmente inibido ou padecendo mutilações congênitas, ao lado daqueles que lhe devem abnegação e carinho.


Incapazes de eleger o caminho de reajuste, pelo estado de loucura ou de sofrimento que evidenciam, semelhantes enfermos são decididamente internados na cela física como doentes isolados sob assistência precisa.


Vemo-los, assim, repontando de lares faustosos ou paupérrimos, contrariando, por vezes, até certo ponto, os estatutos que regem a hereditariedade, por representarem dolorosas exceções no caminho normal.


André Luiz - 09/4/1958

REPARATIVOS PARA REENCARNAÇÃO DE UM CRIMINOSO


... Aqui temos o projeto de futura reencarnação. Os pontos escuros, desde o cólon descendente à alça sigmóide, indica que ele sofrerá urna úlcera de importância, nessa região, logo que chegue à maioridade física. Trata-se, porém, de escolha dele.
Faz mais de cem anos, cometeu revoltante crime, assassinando um pobre homem a facadas; logo que se entregou ao homicídio, como acontece muitas vezes, a vítima desencarnada ligou-se fortemente a ele, e da semente do crime, que o infeliz assassino plantou num momento, colheu resultados terríveis por muitos anos. Como não ignora, o ódio recíproco opera igualmente vigorosa imantação e a entidade, fora da carne, passou a vingar-se dele, todos os dias, matando-o devagarinho, através de ataques sistemáticos pelo pensamento mortífero. Em suma, quando o homicida desencarnou, por sua vez, trazia o organismo perispiritual em dolorosas condições, além do remorso natural que a situação lhe impusera.Arrependeu-se do crime, sofreu muito nas regiões purgatoriais e, depois de largos padecimentos purificadores, aproximou-se da vítima, beneficiando-a em Louváveis serviços de resgate e penitência. Cresceu moralmente, tornou-se amigo de muitos benfeitores, conquistou a simpatia de vários agrupamentos do plano espiritual e obteve preciosas intercessões. Entretanto... a dívida permanece. O amor, contudo, transformou o caráter do trabalho de pagamento. O nosso amigo, ao voltar à Crosta, não precisará desencarnar em espetáculo sangrento, mas onde estiver, durante os tempos de cura completa, na carne que ele outrora menosprezou, carregará a própria ferida, conquistando, dia a dia, a necessária renovação. Experimentará desgostos, em virtude do sofrimento físico pertinaz, lutará incessantemente, desde a eclosão da úlcera até o dia do resgate final no aparelho fisiológico; entretanto, se souber manter-se fiel aos compromissos novos, terá atingido, mais tarde, a plena libertação.

André Luiz

Reencarnação no Catolicismo


Agostinho, o Santo Agostinho dos Católicos (354 - 430 D.C)
· Em sua autobiografia "Confissões", 1:6, faz esta pergunta: "Não terei eu vivido em outro corpo, em alguma outra parte, antes de entrar no útero de minha mãe?"
· É dele também a assertiva contida na mesma Obra: "Dizei-me, eu vo-lo suplico, ó Deus, misericordioso para comigo, que sou miserável, dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta, ou se tal idade foi a que levei no seio de minha mãe? (...) E antes desse tempo, quem era eu, minha doçura, meu Deus? Existi, porventura, em qualquer parte? Era Eu, por acaso, alguém?"



A reencarnação sempre foi proclamada pelas culturas religiosas orientais, mesmo antes do Cristianismo. O próprio Cristo falava abertamente da reencarnação, consoante se vê, por exemplo, em Mateus 11:14. Infelizmente, de um modo geral, sempre a verdade, principalmente a religiosa, esteve submetida a caprichos e interesses humanos, muitos destes justificados pela vaidade ou pelo jogo político de poder.
Assim, Teodora, esposa do imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia que pudesse reencarnar como negra e escrava, por isso pressiona o papa Virgílio, que ascendera ao pontificado pela intervenção do general Belisário, a fim de que fosse excluído o princípio da reencarnação no Catolicismo.
Era, então, meado do século VI, no ano de 553, quando o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para agradar o Império Bizantino, resolveu abolir tal certeza, cientificamente justificada, substituindo-a pela palavra ressurreição, que ataca toda ordem natural do processo da vida neste planeta.
A Igreja de Roma rejeita todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores teólogos de todos os tempos, e execra nessa assembléia dos bispos o princípio dareencarnação.

José Medrado - medrado@cidadedaluz.com.br



A Reencarnação nos Primeiros Séculos do Cristianismo:

...A doutrina da reencarnação é uma constante em Orígines, como o fora anteriormente para Pitágoras, Sócrates, e toda a tradição órifca grega até Plotino.
Orígene tinha consciência de indícios desta doutrina no próprio evangelho, como em:
· Lucas 1:13-17;
· Mateus 17:9-13
· e em João, 3:1-15.


Igualmente, com os mistérios gregos, admitia que nosso universo é constituído por uma série de habitados, onde a alma se aperfeiçoa (isto séculos antes de Giordano Bruno e de Kardec). Diz-nos Orígines: "Deus não começou a agir pela primeira vez quando criou este nosso mundo visível. Acreditamos que (...) antes deste houve muitos outros". Tal concepção nos lembra, e muito, a concepção de Pierre Teilhard Chardin. Orígines, como Chardin, acredita que tudo no universo tende a voltar a Deus, o ponto ômega. Todos os espíritos se purificarão em sua marcha progressiva pela eternidade em direção a Deus, uma marcha longa e gradual, de correção e expiação, passando, portanto, por inúmeras reencarnações neste e em outros mundos! (Reale & Antiseri, 1990). Diz Orígines: "Devemos crer que (...) todas as coisas serão reintegradas em Deus (...). Isso, porém, não acontecerá num momento, mas lenta e gradualmente, através de infinitos séculos, já que a correção e a purificação advirão pouco a pouco e singularmente: enquanto alguns com ritmo mais veloz se apressarão como primeiros na meta, outros os seguirão de perto e outros ainda ficarão muito para trás. E assim, através de inumeráveis ordens (...)"
Um pai da Igreja que acreditava na Reencarnação - Orígenes





CRISTIANISMO PRIMITIVO


Certos pesquisadores defendem que, durantes os seis primeiros séculos de nossa era, a reencarnação era um conceito admitido por muitos cristãos. De acordo com eles, numerosos padres da Igreja ensinaram essa doutrina e apenas no Segundo Concílio de Constantinopla, em 553 d.C., é que a reencarnação foi proscrita formalmente da igreja.
Afirmaram ainda que Orígenes (185-253 d.C.), que influenciou bastante a teologia cristã, defeneu a idéia da reencaranção, além dos escritos de Gregório de Nisa (um Bispo da igreja Cristã no século IV) entre outros, e passagens do Novo Testamento, como Mateus 16:13-14 e 19:28 (“regeneração”, grego ‘pale-genesia' literalmente, renascimento) entre outras, são vistas por adeptos da reencarnação como evidênai de que ela era a doutrina aceita no Cristianismo primitivo. Paulo de Tarso não se contava entra os apóstolos originais, ele era um zelota judeu que perseguiu inicialmente os primeiros cristãos. No entanto, ele tornou-se depois um cristão e um dos seus maiores, senão mesmo o maior missionário. Boa parte do Novo Testamento foi escrito ou por ele (as epístolas) ou por seus cooperadores ( o Evangelho de Lucas e o Atos dos Apóstolos). Paulo afirmou que os preceitos da Torá estavam caducos e que a salvação dependia da fé em Cristo. Entre os anos de 44 e 58 ele fez três grandes viagens missionárias que levaram a nova doutrina aos gentios e judeus da Ásia Menor e de vários pontos da Europa.
A ascensão do imperador romano Constantino representou um ponto de mudança para o Cristianismo. Em 313 ele publica o Édito de Tolerância (ou Édito de Milão) através do qual o Cristianimso é reconhecido como uma religião do Império e que concede a liberdade religiosa aos cristãos. A igreja pode possuir bens e receber donativos e legados. É Também reconhecida a jurisdição dos bispos.
Constantino quis também intervir nas querelas teológicas que na altura marcavam o Cristianismo. Luta contra o arianismo, uma doutrina que negava a divindade de Cristo, oficialmente condenada no Concílio de Nicéia, em 325, onde também se definiu o Credo cristão. Mais tarde, nos anos de 391 e 392, o imperador Teodósio I combate o paganismo, proibindo o seu culto e proclamando o Cristianismo religião oficial do Império Romano.


O Concílio de Constantinopla - 553 D.C.


Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina da Reencarnação foi declarada herética durante o segundo Concílio de Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Carma, empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de DEUS " ! Em 543 D.C, o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista clerical, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes - exegeta e teólogo ( 185 - 235 D.C ), condenando tais ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas obras: De Principiis e Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da Reencarnação. Do Concílio convocado por Justiniano só participaram bispos do oriente (ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio "Papa", que estava em Constantinopla nesta ocasião, deixou isso bem claro. O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, e a publicação de seus anátemas. Embora estivesse em Roma naquela época, o Papa Virgílio seqüestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por oito anos, recusou-se a participar deste Concilio, quando Justiniano não assegurou o mesmo quórum de bispos representantes do leste e do oeste. Uma vez convocado, o Concilio só incluiu 165 bispos da Cristandade em sua reunião final, dos quais 159 eram da Igreja oriental. Tal fato garantiu a Justiniano todos os votos de que precisava. A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas teve que ser submetida ao "Papa" para ratificação. Na verdade, os documentos que lhe foram apresentados (os assim chamados "Três Capítulos") versavam apenas sobre a disputa a respeito de três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito (decreto) declarado heréticos. Nada continham sobre Orígenes. Os "papas" seguintes, Pelagio I ( 556 - 561 D.C ), Pelagio II ( 579 - 590 D.C ) e Gregório ( 590 - 604 D.C ), quando se referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes. E a Igreja aceitou o edito de Justiniano - "Todo aquele que ensinar esta fantástica preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será condenado" - como parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja levou a reações tais como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com a concordância do Papa Eugênio IV (1431 -1447), embora isso provocasse descontentamento de influentes clérigos da Cúria Romana. Porém, havia e houve sempre o interesse em sepultar esse conhecimento. Então, ao invés de uma aceitação simples e clara da Reencarnação, a Igreja passou a rejeitá-la, justificando tal atitude com a criação de Dogmas que lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade...


Processo da reencarnação


Dizem todos os Espíritos que, na erraticidade, eles se aplicam a pesquisar, estudar, observar, a fim de fazerem a sua escolha para a próxima reencarnarão.

Os Espíritos pressentem em que época reencarnarão, como sucede ao cego que se aproxima do fogo. Sabem que têm de retomar a um corpo, como sabemos que temos de morrer um dia, mas ignoram quando isso se dará. A reencarnação é uma necessidade da vida espírita, como a morte o é da vida corporal.

Nem todos os Espíritos se preocupam com a sua reencarnação. Muitos há que em tal coisa não pensam, que nem sequer a compreendem. Depende de estarem mais ou menos adiantados. Para alguns, a incerteza em que se acham do futuro que os aguarda constitui punição.

O Espírito pode apressar ou retardar o momento da sua reencarnarão. Pode apressá-lo, atraindo-o por um desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante daprova, pois entre os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum, porém assim procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o remédio capaz de curá-lo.

Se o Espírito se considerasse bastante feliz, numa condição mediana entre os Espíritos errantes e, conseguintemente, não ambicionasse elevar-se, poderia prolongar esse estado, não indefinidamente. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos têm que se elevar; esse o destino de todos.


O Espírito pode, também, escolher o corpo, porquanto as imperfeições que este apresente ainda serão, para o Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal ou qual. Se o Espírito recusar, à última hora, tomar o corpo por ele escolhido, sofreria muito mais do que aquele que não tentasse prova alguma.

Especialistas do plano espiritual examinam a geografia dos genes nas estrias cromossômicas, a fim de certificarem até que ponto podem colaborar em favor do reencarnante, com recursos magnéticos para a organização das propriedades hereditárias.

André Luiz


São inúmeros os projetos de corpos futuros nos setores de serviço das instituições reencarnacionistas. Depreende-se, da maioria deles, que todos os enfermos na carne são almas em trabalho da ingente conquista de si próprias. Ninguém trai a Vontade de Deus, nos processos evolutivos, sem graves tarefas de reparação, e todos os que tentara enganar a Natureza, quadro legítimo das Leis Divinas, acabam por enganar a si mesmos. A vida é uma sinfonia perfeita. Quando procuramos desafiná-la, no círculo das notas que devemos emitir para a sua máxima glorificação, somos compelidos a estacionar em pesado serviço de recomposição da harmonia quebrada.

André Luiz


Todo plano traçado na Esfera Superior tem por objetivos fundamentais o bem e a ascensão, e toda alma que reencarna no círculo da Crosta, ainda aquela que se encontre em condições aparentemente desesperadoras, tem recursos para melhorar sempre.

André Luiz
Depoimento de um espírito, momentos antes da reencarnação:

"Já estive mais animado — disse ele, triste —; entretanto, agora, falece-me a energia... Sinto-me fraco, incapacitado... Enquanto lutei por obter a transformação de meu futuro pai, experimentava mais confiança e serenidade... agora, porém..., que consegui a dádiva do retorno à luta, tenho receio de novos fracassos...
Dentre todos os irmãos que me assistem agora, Herculano me acompanhará com desvelo e constância... Bem sei. No entanto, o renascimento na carne, com os valores espirituais que já possuímos, representa um fato gravíssimo em nosso processo de elevação... Ai de mim, se cair outra vez!..."

O orientador falou-lhe com afetuosa autoridade:

Restaure sua , regenere a esperança. Não deixe de cooperar com a sua confiança em nosso Labor para o seu próprio benefício. Dê trabalho à sua imaginação criadora. Mentalize os primórdios da condição fetal, formando em sua mente o modelo adequado. Você encontrará na maternidade lie de Raquel os mais eficientes auxílios e receberá de nós outros a mais decidida colaboração; entretanto, lembre-se de que o seu trabalho individual será muito importante, no setor da adaptação e da recepção, para que triunfe na presente oportunidade. Não perca tempo em expectativas ansiosas, cheias de dores e apreensões. Levante o padrão de suas forças morais.

Um dos Espíritos Construtores, que parecia o chefe do grupo em operações, abraçou-o, comovidamente, e falou:

Contamos com o seu concurso para a divisão da cromatina no útero materno.
A modelagem fetal e o desenvolvimento do embrião obedecem a leis físicas naturais, qual ocorre na organização de formas em outros reinos da Natureza, mas, em todos esses fenômenos, os ascendentes de cooperação espiritual coexistem com as leis, de acordo com os planos de evolução ou resgate. O concurso da espiritualidade, portanto, em processos tais, é uma das tarefas mais comuns.


André Luiz

Os nossos irmãos ignorantes e infelizes, reclamam quase absoluto estado de inconsciência para penetrarem, de novo, o santuário material.

André Luiz


No momento de encarnar, o Espírito sofre perturbação muito maior e sobretudo mais longa à que experimenta ao desencarnar.
· Pela morte, o Espírito sai da escravidão;
· pelo nascimento, entra para ela.

Na incerteza em que se vê o Espírito, quanto às eventualidades do seu triunfo nas provas que vai suportar na vida, tem o Espírito uma causa de grande ansiedade antes da sua encarnação. Pois que as provas da sua existência o retardarão ou farão avançar (progredir), conforme as suporte.

Assim como, para o Espírito, a morte do corpo é uma espécie de renascimento, a reencarnarão é uma espécie de morte, ou antes, de exílio, de clausura. reencarnará, como o homem sabe que morrerá. Mas, como este com relação à morte, o Espírito só no instante supremo, quando chegou o momento predestinado, tem consciência de que vai reencarnar. Então, qual do homem em agonia, dele se apodera a perturbação, que se prolonga até que a nova existência se ache positivamente encetada. À aproximação do momento de reencarnar, sente uma espécie de agonia. Procede como o viajante que embarca para uma travessia perigosa e que não sabe se encontrará ou não a morte nas ondas que se decide a afrontar. O viajante que embarca sabe a que perigo se lança, mas não sabe se naufragará. O mesmo se dá com o Espírito: conhece o gênero das provas a que se submete, mas não sabe se sucumbirá.

Aproximando-se o momento de reencarnação, o Espírito reencarnante, comumente, entra em gradativo processo de redução psicossômica (lembrando o chamado fenômeno da ovoidização), o qual acontece concomitantemente com a diminuição da consciência de si. Para os Espíritos superiores dispensariam esse apagamento da consciência, pelo menos, até as fases finais. No momento da concepção do corpo que se lhe destina, o Espírito é apanhado por uma corrente fluídica que, semelhante a uma rede, o toma e aproxima da sua nova morada. Desde o instante da concepção, a perturbação ganha o Espírito; suas idéias se tornam confusas; suas faculdades se somem. No ato da reencarnação, as faculdades do Espírito não ficam apenas entorpecidas por uma espécie de sono momentâneo, todas, sem exceção, passam ao estado de latência.



... Túlio, algo melhor ante as promessas de futura assistência por parte daquela a quem amava tanto, concordou em matricular-se voluntàriamente no Instituto de Serviço para a Reencarnação (1), internando-se, de pronto, num dos gabinetes de restringimento, entregando-se aos aprestos necessários.
Antecedendo, porém, a medida, certa noite, em que Serpa se ausentara do lar, foi levado à presença de Vera, para familiarizar-se, de algum modo, com aquela que o receberia nos braços de mãe...
... Na base da verdade prometida, Túlio renasceria de Caio Serpa, absolutamente magnetizado pelo devotamento materno, a fim de se reaproximar do antigo adversário e metamorfosear ressentimento em amor, pela terapêutica do esquecimento...
... Toda construção lie há que ser dirigida. Primeiro, o projeto; em seguida, a execução...
· No plano físico, idealiza-se a continuação da vida, no mundo espiritual...
· No mundo espiritual, idealiza-se a correção, o reajuste, a melhoria e o polimento dessa mesma vida, no plano físico.
Somos viajores do berço para o túmulo e do túmulo para o berço, renascendo na Terra e na Espiritualidade, tantas vezes quantas se fizerem precisas, aprendendo, renovando, retificando e progredindo sempre, conforme as Leis do Universo, até alcançarmos a Perfeição, nosso destino comum...

(1) Organização do Plano Espiritual. — Nota do autor espiritual.
André Luiz


No momento de reencarnar, depende da esfera a que pertença. Se já está nas em que reina a afeição, os Espíritos que lhe querem o acompanham até o último momento, animam e mesmo lhe seguem, muitas vezes, os passos pela vida em fora.

Quando o Espírito tem de encarnar num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico, que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atraí por uma força irresistível, desde o momento da concepção. A medida que o gérmen se desenvolve, o laço se encurta. Sob a influência do princípio vito-material do gérmen, operispírito, que possui certas propriedades da matéria, se une, molécula a molécula, ao corpo em formação, donde o poder dizer-se que o Espírito, por intermédio do seu perispírito, se enraíza, de certa maneira, nesse gérmen, como uma planta na terra. Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior.

Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existindo, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos ao estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertação dos veículos carnais.


· Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispensam o nosso concurso.
· Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa que a exercida no caso de Segismundo.

André Luiz


Na reencarnação de Segismundo, Herculano - amigo do plano espiritual - permaneceu em definitivo junto a ele, na nova experiência, até que Segismundo atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo e orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em sentido mais distante. Sei que o devotado companheiro tomará todas as providências indispensáveis à harmoniosa organização fetal, seja auxiliando o reencarnante, seja defendendo o templo maternal contra o assédio de forças menos dignas; entretanto, peço-lhes muita atenção nos primórdios de formação do timo, glândula, como sabem, de importância essencial para a vida infantil, desde o útero materno. Precisamos do equilíbrio perfeito desse departamento glandular, até que se forme a medula óssea e se habilite à produção dos corpúsculos vermelhos para o sangue. Os diversos gráficos das disposições cromossômicas facilitarão os serviços dessa natureza.


André Luiz



Se é muito difícil explicar aos homens encarnados fatos rotineiros como os do alimento mental, a que nos referimos repetidas dezenas de vezes, durante cada dia de luta carnal, como informá-los, com exatidão e minúcias, quanto à ambientação do molde vivo para a edificação fetal na intimidade uterina? Precisamos esperar pelo concurso do tempo para conjugar as nossas experiências.

André Luiz


O trabalho completo de reencarnação, com a plena integração do espírito reencarnante nos elementos físicos, somente se verifica aos sete anos de idade.

André Luiz

Escolha das crenças ou cultos

Todos os Espíritos, reencarnando no planeta, trazem consigo a idéia de Deus, identificando-se de modo geral nesse sagrado princípio.
Os cultos terrestres, porém, são exteriorizações desse princípio divino, dentro do mundo convencional, depreendendo-se daí que a Verdade é uma só, e que as seitas terrestressão materiais de experiência e de evolução, dependendo a preferência de cada um do estado evolutivo em que se encontre no aprendizado da existência humana, e salientando-se que a escolha está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo, seja na viciosa tendência de repousar nas ilusões do culto externo, seja, pelo esforço sincero de evolutir, na pesquisa incessante da edificação divina.

Emmanuel - 1940


Oração de Druso (instrutor de André Luiz), antes de sua reencarnação.

Druso ergueu-se e rogou permissão para orar à despedida. Todas as frontes penderam silenciosas, enquanto a voz dele se elevou para o Infinito, à maneira de melodia emoldurada de lágrimas. - Senhor Jesus - clamou humilde - neste instante em que te oferecemos o coração, dera que nossa alma se incline, reverente, para agradecer-te as bênçãos de luz que a tua incomensurável bondade aqui nos concedeu em cinqüenta anos de amor... Tu, Mestre, que ergueste Lázaro do sepulcro, levantaste-me também das trevas para a alvorada remissora, lançando no inferno de minha culpa o orvalho de tua compaixão... Estendeste os braços magnânimos ao meu espírito mergulhado na lodosa corrente do crime. Trouxeste-me do pelourinho do remorso para o serviço da esperança. Reanimaste-me quando minhas forças desfaleciam... Nos dias agoniados, foste o alimento de minhas ânsias; Nas sendas mais escabrosas, eras, em tudo, o meu companheiro fiel. Ensinaste-me, sem ruído, que somente através da recuperação do respeito a mim mesmo, no pagamento de meus débitos, é que poderei empreender a reconquista de minha paz... E confiaste-me, Senhor, o trabalho neste pouso restaurador, com assistência constante de tua benevolência infinita, a fim de que eu pudesse avançar das sombras da noite para o fulgor de novo dia!... Agradeço-te, pois, os instrutores que me deste, a cuja devoção afetuosa tão pesado tenho sido, os companheiros generosos que tantas vezes me suportaram as exigências e os irmãos enfermos que tantos ensinamentos preciosos me trouxeram ao coração!... E agora, Senhor, que a esfera dos homens me descerrará de novo as portas, acompanha-me, por acréscimo de misericórdia, com a graça de tua bênção. Não permitas que o reconforto do mundo me faça esquecer-te e constrange-me ao convívio da humildade para que o orgulho me não sufoque. Dá-me a luta edificante por mestra do meu resgate e não retires o teu olhar de sobre os meus passos, ainda que, para isso, deva ser o sofrimento constante a marca de meus dias. E, se possível, deixa que os irmãos desta casa me amparem com os seus pensamentos em orações de auxilio, para que, no pedregoso caminho da regeneração de que careço, não me canse de louvar-te o excelso amor para sempre!... Calou-se Druso, em pranto.


André Luiz




Inversão de Sexo

Considerando-se que o sexo, na essência, é a soma das qualidades passivas ou positivas do campo mental do ser, é natural que...
· o Espírito acentuadamente feminino se demore séculos e séculos nas linhas evolutivas da mulher,
· e que o Espírito marcadamente masculino se detenha por longo tempo nas experiências do homem.
Contudo, em muitas ocasiões, quando...
· o homem tiraniza a mulher, furtando-lhe os direitos e cometendo abusos, em nome de sua pretensa superioridade, desorganiza-se ele próprio a tal ponto que, inconsciente e desequilibrado, é conduzido pelos agentes da Lei Divina a renascimento doloroso, em corpo feminino, para que, no extremo desconforto íntimo, aprenda a venerar na mulher sua irmã e companheira, filha e mãe, diante de Deus,
· ocorrendo idêntica situação à mulher criminosa que, depois de arrastar o homem à devassidão e à delinqüência, cria para si mesma terrível alienação mental para além do sepulcro, requisitando, quase sempre, a internação em corpo masculino, a fim de que, nas teias do infortúnio de sua emotividade, saiba edificar no seu ser o respeito que deve ao homem, perante o Senhor.
Nessa definição, porém, não incluímos os grandes corações e os belos caracteres que, em muitas circunstâncias, reencarnam em corpos que lhes não correspondem aos mais recônditos sentimentos, posição solicitada por eles próprios, no intuito de operarem com mais segurança e valor, não só o acrisolamento moral de si mesmos, como também a execução de tarefas especializadas, através de estágios perigosos de solidão, em favor do campo social terrestre que se lhes vale da renúncia construtiva para acelerar o passo no entendimento da vida e no progresso espiritual.

André Luiz



NATUREZA E REENCARNAÇÃO


A palavra "Reencarnação" significa que a nossa vida presente resulta de vidas anteriores, e que a nossa vida futura estará de acordo com as que já vivemos e a maneira como estamos agora vivendo. Tudo na natureza mostra os esforços repetidos neste sentido, com intervalos periódicos de repouso, entre os quais é assimilada a experiência adquirida que serve de base para um novo esforço. Os Budistas, Tibetanos e Hinduístas, todos acreditam que continuamos sempre a morrer e renascer. Todos vieram da morte e do renascimento. Eles acreditam que a reencarnação é um fenômeno da natureza e que tudo na natureza, obedece às leis perfeitas, cíclicas.
Todos os dias, o sol nasce e se põe. Ao dia sucede a noite, seguida por um outro dia; as estações, Primavera, Verão, Outono e Inverno, são seguidas invariavelmente por outras séries na mesma ordem. Todos os anos existem as quatro estações, as flores nascem e morrem. Da mesma forma, nós, seres humanos, fazemos parte também dos ciclos da natureza. Nascemos, crescemos, morremos e tornamos a nascer quantas vezes for preciso para purificar totalmente o corpo e a alma, desenvolvendo assim, nossa consciência.
A cada 28 anos o sol completa seu ciclo. A cada 19 anos a lua completa seu ciclo. A cada 25.550 anos (período conhecido como “Grande Ano de Platão”) tem-se um volta completa no espaço das estrelas com relação à Terra, e que se equivale à média de respirações que homem tem durante um dia.
O Homem é submetido à mesma Lei universal, e, portanto espiritual, vai seguindo fielmente as flutuações de nascimento, juventude, maturidade, velhice e morte, para renascer com um corpo novo, moldado talvez para um desígnio melhor do que foi possível no corpo anterior.
Água sobe para o céu, muda de forma e volta a terra, num eterno ir e vir. Por que nada permanece idêntico a si mesmo? De onde vêm os seres? Para onde vão, quando desaparecem? Por que se transformam? Por que se diferenciam uns dos outros? Mas também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, a noite; depois da noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão, depois deste, o outono e depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propício à navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens.
O calor leva as águas para o céu e as traz de volta pelas chuvas. Ninguém nasce adulto ou velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho. Foram perguntas como essas que os primeiros filósofos fizeram e para elas buscaram respostas.
Sem dúvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam aos que interrogavam sobre as causas da mudança, da permanência, da repetição, da desaparição e do ressurgimento de todos os seres. Haviam perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava conhecer a verdade sobre o mundo.


http://www.guia.heu.nom.br/reencarnacao.htm

















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